O 'Projeto Phoebus' da ESA Avança nos Testes de Tanques de Hidrogênio Compostos Para o Foguete Ariane 6

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Credito: Space Daily
Ilustrativo.

Pois então, no dia 17/10, o portal Space Daily noticiou que a Agência Espacial Europeia (ESA), em colaboração com a ArianeGroup e a MT Aerospace, está avançando com o Projeto Phoebus, que busca substituir os tanques criogênicos metálicos do estágio superior do Foguete Ariane 6 por tanques de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP). A iniciativa pode reduzir a massa de lançamento em várias toneladas, mas traz desafios complexos para manter a integridade estrutural em condições criogênicas extremas.
 
De acordo com a nota do portal, o hidrogênio, a menor molécula do Universo, precisa ser resfriado a -253 °C para ser usado como combustível de foguete, o que representa um grande desafio em termos de materiais. Compostos de carbono normalmente se tornam frágeis e propensos a microfissuras nessas temperaturas tão baixas. A equipe do Phoebus, portanto, teve que desenvolver novos métodos não apenas para o design dos tanques, mas também para medir taxas de vazamento de hidrogênio — já que nenhum equipamento existente conseguia detectar vazamentos com precisão sob essas condições criogênicas extremas.
 
Tanques demonstradores iniciais de 60 litros já comprovaram a capacidade do CFRP de conter hidrogênio líquido sem vazamentos. Com base nesse marco, os engenheiros agora estão construindo um protótipo maior, com capacidade de 2.600 litros e dois metros de diâmetro. O vaso de pressão interno foi concluído na MT Aerospace, em Augsburg, Alemanha, em setembro de 2025, com a produção completa prevista para dezembro. A ArianeGroup será responsável pela próxima fase de testes, incluindo o projeto e a montagem da instalação de testes especializada.
 
Os testes começarão em abril de 2026 no local da ArianeGroup em Trauen, na Alemanha, onde o tanque cheio de hidrogênio será gradualmente pressurizado e resfriado até os limites operacionais extremos. O objetivo é se aproximar do ponto de fissuração sem falha estrutural total, permitindo que os engenheiros mapeiem com precisão o início do estresse no material. Múltiplos ciclos de teste gerarão dados sobre pressão, temperatura e deformação, ajudando a aprimorar os projetos dos futuros tanques criogênicos leves.
 
O projeto Phoebus opera no âmbito do Programa de Preparação para Lançadores Futuros (FLPP) da ESA, que financia inovações em estágio inicial para sistemas de lançamento de próxima geração. Ao investir em tecnologias de alto risco e alto retorno, como tanques criogênicos de CFRP, o FLPP busca reduzir os riscos de desenvolvimento da futura infraestrutura europeia de transporte espacial.
 
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