Avião Espacial Chinês Fará Turismo Suborbital até 2025. E o Brasil?
Olá leitor! Olá leitora!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma matéria interessante publicada dia
(27/01) no site “Canaltech”, destacando que uma empresa chinesa (Space
Transportation) vem desenvolvendo um ‘Avião Espacial Suborbital’ para o Turismo
Espacial, que tem previsão de realizar o seu voo inaugural até 2025.
Fico eu aqui a me perguntar, porque as coisas acontecem
na China e em outros países do mundo, enquanto aqui no Brasil (quando as mesmas
ocorrem em raríssimas exceções) são a passo de tartaruga? Será pela falta de
uma política espacial de verdade no país? Será por incompetência? Será por um universo
legal de leis inadequadas que engessam o setor? Será por falta de recursos? De visão?
Será pelo excesso de egocentrismo de alguns? De compromisso com o futuro da nação? Ou por
falta de gestão como vive bem dizendo o Prof. Rui Botelho?
Bom caros amigos leitores e leitoras do BS, em minha modesta
opinião, construída em anos de acompanhamento do ‘Setor Espacial Brasileiro’, acredito
que seja por todas essas coisas juntas, além de outras coisitas escabrosas que sequer
valem a pena serem citadas, mas que, como defende o Prof. Rui Botelho, poderiam
ser equacionadas facilmente se houvesse seriedade, compromisso e gestão competente por parte do Governo e de seus órgãos ligados ao setor.
Vejam vocês amigos leitores que ao que parece esse futuro
avião espacial suborbital chinês pode já ser uma derivação da tecnologia hipersônica
que vem sendo desenvolvida na China há algum tempo, tecnologia esta que o
Brasil busca alcançar desde 2007, quando da criação por parte do DCTA/IEAv do
Projeto 14X, um protótipo de veículo hipersônico não tripulado que está em desenvolvimento desde estão no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), e que será equipado com um motor scramjet.
Vale aqui lembrar leitores do BS que o primeiro teste de voo real de um
experimento ligado a este Projeto 14X brasileiro, ocorreu no dia 14 de dezembro
do ano passado (2021), ou seja, 14 anos após a criação do projeto, através do bem
sucedido lançamento do experimento '14X S' da ‘Operação Cruzeiro’ (veja aqui),
mas que ainda terá um longo caminho a percorrer, até que este veículo possa realmente
fazer seu voo inaugural, e cá pra nós amigos leitores, da forma como as coisas são conduzidas no Brasil, com muito poucas chances de seguir um cronograma de desenvolvimento que traga benefícios aos país em tempo devido.
Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)
E vale também destacar caros leitores que, os três testes de vôos ainda previstos para este projeto (veja abaixo), já tiveram o seu cronograma inicial prejudicado em pouco mais de um ano, e isto devido a falta de compromisso do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) que não entregou a parte que lhe cabia na missão (o VAH - Veículo Acelerador Hipersônico - um espécie de foguete VSB-30 modificado) no tempo acordado com o IEAv, que teve assim de esperar o foguete ficar pronto.
Além disso caros leitores do BS, é preciso esclarecer que o 14X é na verdade apenas um veículo conceito de prova de tecnologia (um demonstrador tecnológico), bem diferente deste ‘Avião Espacial Suborbital Chinês’, mas que se baseia no mesmo conceito de uso tecnológico que levou o IEAv a partir em 2007 para este grande desafio, mesmo que primariamente visando os interesses de defesa da FAB.
Pois é caros leitores, não sou um especialista da área, mas fico aqui a me perguntar: Será que uma empresa como a EMBRAER não consegue enxergar a importância estratégica de investir numa pesquisa como essa, seja para a sua área de defesa, seja para sua área civil? Porque não fazer uma parceria com o IEAv, visando acelerar o desenvolvimento desta tecnologia, já tendo em pauta um projeto semelhante a este do avião espacial chinês? Pois é... e assim essa 'República das Bananas' vai seguindo a sua trajetória de 'Barco sem Rumo'.
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Avião Espacial Chinês Fará Turismo Suborbital até 2025
Por Wyllian Torres
Para: Website Canaltech - https://canaltech.com.br
Editado por Patrícia Gnipper
27 de Janeiro de 2022 às 18h30
Fonte: Space
Transportation, Via Space.com
A Space Transportation está desenvolvendo um avião
espacial que conseguirá realizar voos suborbitais velozes entre dois pontos da
Terra. Os primeiros testes da empresa chinesa começarão no próximo ano e o
primeiro voo tripulado deve acontecer em 2025.
O avião será totalmente dedicado ao transporte de ponto a
ponto a altas velocidades para clientes comerciais, e a Space Transportation
quer oferecer viagens mais baratas do que os voos tradicionais
(Imagem: Captura de tela/Space Transportation)
O avião espacial será lançado verticalmente por um
“foguete alado” e, quando alcançar determinada altitude, ele se desprenderá de
seu impulsionador, começando seu voo suborbital. Os primeiros testes em
solo estão previstos para 2023, o primeiro voo não tripulado para 2024 e o
primeiro com passageiros para o ano seguinte.
Em seguida, o objetivo da Space Transportation é
realizar o primeiro teste de um voo suborbital em escala global já em 2030.
Para isso, a empresa arrecadou cerca de US$ 46,3 milhões para desenvolver o
projeto, incluindo seus aviões hipersônicos Tianxing 1 e Tianxing 2,
recentemente testados.
Testes de Voos Suborbitais
Entre 2020 e 2021, a China Aerospace Science and
Technology Corporation (CASC) realizou testes secretos com veículos suborbitas
e orbitais a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. Ao que
tudo indica, fazem parte do programa que desenvolve aviões espaciais, mas
ainda não se sabe quais modelos.
(Imagem: Reprodução/Virgin Galactic)
Outras empresas estão conquistando o setor dos voos
comerciais suborbitais, como a Virgin Galactic, que, em julho do ano passado,
realizou seu primeiro voo comercial com o veículo VSS Unity (que
também é um avião espacial), no qual estava abordo Richard Branson, dono da
Virgin.
Já na semana passada, a norte-americana Radian Aerospace
anunciou o desenvolvimento do avião espacial Radian One, cujo veículo de lançamento será
reutilizável e contará com apenas um estágio.
Além disso, a CAS Space, braço da Academia Chinesa de
Ciências (CAS, na sigla em inglês), está trabalhando em um sistema de voos
suborbitais bem parecido com o já utilizado pela Blue Origin, no qual um foguete conduz a cápsula com passageiros até a fronteira do
espaço.
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