Startups Espaciais BR - Expectativas Para 2022 e Além - Parte 2
Olá leitores e leitoras do BS!
Por Duda Falcão
Na madrugada do dia 11/01, estando
sem sono e ainda extasiado com o feito da Pion e o lançamento do seu PION-BR1 (veja aqui), levantei
cedo da cama sem ter nada pra fazer e pensei comigo: " 'Cara pálida', deixe
de preguiça, se mexa, tá na hora de você dar inicio a segunda parte do artigo 'Startups
Espaciais BR - Expectativas Para 2022 e Além' (reveja aqui a primeira parte). Afinal amigos leitores, já de viajem marcada pra Santa Catarina,
o meu tempo era bem curto e minha ideia era postar este artigo antes de viajar,
pois só voltarei para minha bela Salvador no final de janeiro.
Diante disto amigos leitores do BS, sem ainda ter exatamente uma
noção do que faria, comecei então a pensar quantas e quais Startups eu deveria
abordar nesta segunda parte do artigo e resolvi escolher cinco delas,
todas ligadas a esta grande iniciativa conjunta denominada de 'Aliança das
Startups Espaciais Brasileiras (ASB)' (https://sites.google.com/view/aliancaespacial),
uma organização formada por pequenas, dinâmicas e eficientes empresas espaciais
do país que estão lutando para mudar a cara desta velha senhora, obesa, preguiçosa,
oportunista e incompetente. Afinal amigos leitores, quando um barco está a
deriva, novos lideres se fazem necessário, e assim a ASB surge como uma
alternativa privada que diferentemente dos players governamentais, está
realmente comprometida em mostrar resultados concretos para Sociedade
Brasileira.
Assim sendo, enquanto as ações em prol do 'News Space' no Brasil
do tal ministro astronauta e do seu escudeiro, o inexpressivo e marqueteiro
presidente da nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), ficam limitadas
a entrevistas cheias de fantasias e de relatar fatos ligados ao que já ocorre
nesta área mundo a fora, startups como a 'CRON Sistemas e Tecnologia LTDA'
(link: https://www.cronsistec.com.br)
uma empresa de São José dos Campos-SP (em minha modesta opinião uma outra ‘joia’
do setor de startups espaciais do país), vem trabalhando firme no
desenvolvimento de novos produtos, sendo esta a primeira das startups que
escolhi para abordar nesta segunda parte do nosso artigo.
Criada em Maio de 2015 para o desenvolvimento de missões espaciais com o
uso de cube e nano satélites, por profissionais oriundos do Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA) e do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), todos eles com grande experiência
em projetos de tecnologia nestas instituições e em seu gerenciamento e relações
industriais, a CRON iniciou suas atividades se dedicando a especificar
subsistemas, plataformas, estações de solo e contratos para lançamentos de
cubesats nacionais. Nesta época atuou em parceria com a empresa holandesa de
cubesats ‘ISISpace’, através de sua representante no Brasil, a ‘Alpha South
America’, com quem a ‘ISISpace’ tem um acordo de cooperação tecnológica e de
quem a CRON é parceira até os dias de hoje.
Dr. Otávio Durão |
Em 2019 um terceiro profissional, também oriundo do INPE, veio a se
associar com à empresa, e como os demais, também com grande experiência no desenvolvimento
satélites, como os primeiros Satélites de Coleta de Dados SCD-1 e 2, bem como
os primeiros satélites do Programa CBERS, além também de cubesats, tendo
participado ativamente de missões deste tipo de satélite no INPE (NanosatC-Br1,
Br2 e CONASAT – este não lançado) bem como em cooperação com outras instituições,
como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no projeto do nanossatélite ITASAT-1,
e novamente com o ITA e a NASA, no projeto do nanossatélite SPORT, este com
previsão de lançamento em 2022.
PROJETOS EM CURSO
NanoMirax/CRON-1
Atualmente a CRON vem se dedicando a dois projetos principais, sendo o
primeiro deles o de um nanosatélite científico denominado de ‘NanoMirax/CRON-1’. Este projeto é na
realidade a continuação do projeto que foi financiado anteriormente pela FAPESP
através Programa PIPE. Neste exato momento, a empresa vem se dedicando a
finalizar o ‘Nanomirax/CRON-1’,
tendo como objetivo lançá-lo até maio de 2023. No entanto, ainda será
necessário adquirir os painéis solares de uma empresa nacional, bem como as
antenas de bordo, para assim poder integrar o satélite ao que já foi
previamente desenvolvido. Além disso, o grupo de Astrofísica Instrumental do INPE vem realizando melhorias na carga
útil em função dos testes de qualificação realizados até aqui. Também todos os
subsistemas da plataforma serão desenvolvidos para o ‘modelo de voo’ com os
parceiros já participantes do projeto, bem como o software de bordo e solo.
Testes funcionais do NanoMirax – fonte de raios X sobre a folha branca e emissão detectada e visível pelo monitor. |
Vale lembrar leitores que o ‘NanoMirax/CRON-1’
é uma missão científica para detecção de raios X e gama e uma prova do grande do
sucesso no uso dos cubesats. Originalmente esta missão chamava-se ‘Mirax’, e seria realizado por um
satélite científico de cerca de 500 kg e com um custo estimado em dezenas de
milhões de reais, mas que nunca veio a se materializar por causa deste enorme
custo. Depois se resolveu criar um balão estratosférico para voar uma gôndola
com a carga útil do ‘Mirax’, mas que
por dificuldades semelhantes também não voou. Agora e por um custo dezenas de vezes
menor, esta missão está muito próxima de ser realizada e com o seu orçamento já
garantido. Esta missão do ponto de vista científico é de grande valia para a Astrofísica
Brasileira e mundial, pois emissões de raios gama estão associados à
localização da origem das ondas gravitacionais na abóboda celeste. Para
finalizar amigos leitores, o ‘NanoMirax/CRON-1’
é um cubesat do tipo ‘2U’, com ‘1U’ dedicado à plataforma e seus subsistemas, e
o outro ‘U’ para uso exclusivo desta carga útil astrofísica, sendo o seu
projeto gerenciado financeiramente pelo INPE com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Sistema Inercial
Já em dezembro de 2020 a CRON,
como parte de um consórcio de empresas de alta tecnologia do setor espacial
brasileiro, assinou contrato com a AEB
para participar da 1ª Etapa do desenvolvimento de um ‘Sistema Inercial’, sendo este o segundo projeto que a empresa vem
se dedicando atualmente. A contratação para este projeto foi do tipo Encomenda
Tecnológica (ETEC), no que a empresa acredita ter sido a primeira do tipo feita
no Brasil, porém muito usada no exterior em projetos de alta tecnologia e inovação
que incluem riscos na sua concretização em virtude de sua complexidade.
Nesta nova iniciativa a CRON contou com o suporte de outras instituições
interessadas no sucesso desta modalidade de contratação no país (como o TCU,
AGU e FINEP), que participaram da definição das regras da ETEC e de seminários
abertos a empresas nacionais interessadas, junto com a contratante e o seu Ministério.
Vale dizer que nesta modalidade empresas isoladamente ou em consórcio, poderão
ser contratadas diretamente por órgãos da administração pública para a solução
de problema técnico específico ou obtenção de produto inovador. Já em dezembro
de 2021, dando sequencia ao processo, a CRON e as mesmas empresas e consórcios,
assinaram novo contrato com a AEB, agora para a 2ª Etapa de desenvolvimento
deste projeto.
PROJETOS VINDOUROS
A CRON pretende continuar se dedicando a projetos e missões com
cubesats. Entretanto a empresa pretende também criar produtos e serviços
ligados às missões espaciais e seus dados. E dentre estes, três já se destacam com
atividades em andamento. São eles:
Plataforma Cubesat
Como um desdobramento natural da missão ‘NanoMirax/CRON-1’, a CRON
pretende oferecer ao mercado uma plataforma 2U onde o 1U dessa plataforma será
ocupado pelos subsistemas de serviço, enquanto o outro U (10cmx10cmx10cm) ficará dedicado ao experimento ou carga
útil. Este produto, como no projeto
com a FAPESP e no modelo de voo do ‘NanoMirax/CRON-1’, terá a participação
das empresas parceiras. Na visão da
empresa, esta plataforma poderá ter boa aceitação para missões científicas com sensores in situ e de universidades. Ainda
segundo a empresa, algumas destas missões para uso deste produto já estão em discussão, inclusive em suporte a
missões científicas com satélites de maior porte e em cooperação internacional. E eventualmente poderá ser
disponibilizado, em um cubesat 3U, duas unidades
(2U) para uso pela carga útil, permanecendo a plataforma de serviço inalterada.
Porém isto dependerá dos requisitos
de potência da carga útil.
Contratação e Suporte ao Lançamento de Cubesats
Com base na experiência anterior dos fundadores da CRON nesta atividade,
a empresa possui relacionamento com
diversas empresas no exterior e com diferentes tipos de lançadores. Isto a capacita a adequar a reserva do
lançamento e a sua contratação de acordo com os requisitos da missão (órbita, altitude, duração etc) e com o seu
cronograma de desenvolvimento, o que
minimiza riscos de penalização por atrasos na entrega do cubesat para o
lançamento e mesmo multas por obrigar a substituição do cubesat por massas
inertes compensatórias (dummies).
Além disto, a CRON oferecerá também todo o suporte técnico e logístico ao lançamento, o que envolve
o plano de testes para atendimento ao lançador contratado, suporte à preparação da documentação, suporte aos
testes, orientação para obtenção da
coordenação de frequência, bem como aspectos ligados à participação no lançamento.
Comunicação de Dados Por Satélites
Com o objetivo de explorar constelações de diferentes tipos em
desenvolvimento, constituição e já em operação, a CRON está desenvolvendo
capacidade para utilizar estas constelações em diferentes aplicações em tempo
real ou não, de acordo com os requisitos do cliente em SatIoT, gestão de agronegócio,
meio ambiente e monitoramento de parâmetros em solo. A CRON está em
entendimentos com representantes destas operadoras para firmar cooperação com a
utilização de seus produtos e serviços. A prioridade é para constelações de
nano satélites, mas haverá flexibilidade para maiores capacidades de fluxo de
dados e menores latências.
Pois então, a segunda das empresas escolhidas por mim para ser abordada,
é a 'EMSISTI Sistemas Espaciais & Tecnologia' (http://emsisti.com.br),
empresa esta locada em Franca-SP, que é outra joia deste setor espacial e que vem
se destacando muito nesta área de sistema espaciais.
O jovem Marcelo Essado |
Atualmente ainda nesta área de nanosats, a empresa vem trabalhando ao lado
das startups brasileiras HORUSEYE TECH
e USIPED como uma das fornecedoras do
projeto do ‘NanoMirax/CRON-1’, um nanossatélite
científico da área astrofísica que esta sendo desenvolvido pela startup espacial
brasileira 'CRON Sistemas e Tecnologia LTDA' em parceria com o Grupo de Astrofísica do INPE, bem como também no
seu primeiro projeto de cubesat, ou seja, a ‘EMSISTI Nanosatellite Platform
(Plataforma de Nanossatélites EMSISTI)’, na verdade uma plataforma espacial
para aplicações no ‘Agronegócio’, ‘Internet das Coisas’, ‘Experimentos
Científicos e Tecnológicos’ e ‘Carga Úteis para uso dual’, que recentemente
teve completado o seu ‘Teste Mecânico’, teste este que contou com o apoio
da ‘FAPESP’, da ‘Suportech Consultoria & Informática’, da ‘Atlas
Software’, e das startups espaciais brasileiras ‘Acrux Aerospace
Technologies’ e ‘USIPED Ferramentaria’.
Vale também registrar que em maio
de 2020 a EMSISTI tornou-se a
primeira empresa brasileira a obter junto a AEB a licença de ‘Operador’
para atividades de lançamento no novo ‘Centro
Espacial de Alcântara (CEA)’, uma grande conquista para esta jovem startup
espacial brasileira.
Vale ressaltar também que, segundo me foi passado pelo CEO da empresa, o jovem Marcelo Essado, a EMSISTI há anos vem trabalhando na internacionalização da empresa com
parcerias estabelecidas e contratos em negociação em países da América do Sul, Europa e Ásia. Veja
abaixo alguns exemplos dessas iniciativas sem ordem de data:
Além disso, o departamento de EPDI
(Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da empresa vem
realizando Projetos de P&D
apoiados pela FAPESP e pelo FINEP, projetos estes alguns já concluídos
e outros em curso, e que podem ser acessados pelo link abaixo:
E para finalizar, o BS foi informado de forma exclusiva pelo CEO da empresa, de que a EMSISTI
estará formando em breve um Grupo Empresarial
(GRUPO EMSISTI) com as empresas ‘SuporTech
Tecnologia da Informação e Comunicação’ e a ‘Aerolab Educação’, certamente um grande passo para o seu futuro
promissor nesta área espacial.
Dando sequencia ao relato sobre startups ligadas a ASB que
diferentemente de sua ineficiente, gorda e incompetente prima AEB
(rsrsrsrs), fazem a diferença nas atividades espaciais do país, apresento agora
a terceira startup a ser abordada, ou seja, a 'USIPED Ferramentaria' (www.usiped.com.br), esta locada na cidade de Caçapava-SP e ligada a área de estruturas para nanossatélites e quem sabe, em um futuro próximo, também em
estruturas para satélites maiores e até mesmo para plataformas espaciais (este
apenas um desejo confesso deste que vos fala).
O Sr. João Batista Sousa |
Devido à grande formação na Área Mecânica
do seu fundador e CEO, o Sr. João
Batista Sousa, bem como pelo seu carinho e competência por serviços de
precisão, a USIPED acabou participando de inúmeros projetos na Área de Micro
Usinagem, como por exemplo, a relojoaria do Submarino Nuclear Brasileiro para
Marinha do Brasil, no projeto do primeiro carro elétrico brasileiro,
equipamentos hospitalares, etc.
Já atuando no setor espacial, a USIPED começou a desenvolver estruturas
de nanossatélites (1U, 2U, 4U, etc), bem como outros dispositivos espaciais
diversos, participando do Projeto
NanoMirax, Projeto Aldebaran,
Projeto Floripa SAT 2, Projeto Educacional EMSISTI, Etc.
“As expectativas para o ano de 2022 e os
próximos, demostram que o Brasil deverá ter um crescimento nos serviços
espaciais, e quem deve mostrar esta demanda para as três esferas do Governo e
também para o setor privado somos nós da ASB (Aliança das Startups Espaciais
Brasileiras) e outras startups do país. Se ficarmos esperando o setor privado e
o Governo sentir essa demanda, sinto muito, mas
perderemos mercado para empresas de outros países em nosso próprio quintal.
Continuo acreditando que temos condições de atender ao Governo e a iniciativa
privada com inúmeros projetos, mas uma união de esforços e confiança por parte
todos, será necessária para fazermos as atividades espaciais brasileiras
mudarem de patamar” disse (em minha opinião) com grande sapiência o CEO da USIPED.
Já a quarta empresa abordada neste artigo, é uma startup diretamente
ligada à área de Sistemas de Bordo e de Sistemas de Navegação e Controle. Estou
me referindo a ‘HORUSEYE TECH’, nome fantasia da ‘HORUSEYE TECH
Engenharia de Sistemas LTDA’ (http://www.horuseye.com.br), uma das duas
empresas aqui apresentadas que estão localizadas na cidade de São José dos
Campos e que já vem há tempos realizando um exemplar trabalho nesta área.
Eng. Valter Ricardo Schad |
A ‘HORUSEYE TECH’ já vem prestando consultorias, e comercializando
sistemas de navegação e controle para o uso geral e em projetos de CUBESATS,
desenvolvidos sempre sob a especificação dos seus clientes. A empresa neste
momento também está se preparando para dar início ao plano de comercialização
independente dos produtos já desenvolvidos pela empresa, bem como de novas
versões miniaturizadas desses sistemas.
Além disso, vale registrar que a empresa já desenvolveu subsistemas para
Plataforma de Instrumentação para CUBESATS, como por exemplo, a placa de
determinação e controle de atitude, e a placa de geração e gerenciamento de
energia, que serão usadas no projeto do Cubesat CRON-I, desenvolvido pela empresa CRON (já
abordada aqui neste artigo), e que deverá ser lançado com apoio da AEB e do INPE
tendo abordo o experimento astrofísico NANOMIRAX. Esses subsistemas vem sendo
também negociados com universidades brasileiras envolvidas com desenvolvimentos
de CUBESATS, através de uma parceria comercial com a própria CRON. A ‘HORUSEYE
TECH’ também já possui desenvolvimentos próprios de sistemas de navegação inercial
e GNSS miniatura, além de participar em consórcio no desenvolvimento de
sistemas para aplicações espaciais.
A empresa também já desenvolveu gateways IoT multi-constelações de
satélites e comunicação terrestre, em parceria com a CRON, e agora a empresa
pretende se estabelecer como uma forte fornecedora de tecnologia avançada na área
de sistemas de localização, monitoramento e de navegação, para múltiplas aplicações
terrestres e espaciais.
Finalizando, trago agora informações sobre a quinta Startup a ser
abordada neste artigo, ou seja, a ‘CRIAR Space Systems’ (https://criarspacesystems.com.br/site), uma empresa que
atua no seguimento solo, realizando um serviço exemplar em sua área e se
preparando para novos desafios.
Fundada em 2018, a ‘CRIAR Space’ faz
parte de um conglomerado de empresas que é denominado de ‘GRUPO CRIAR’, grupo
este com mais de 30 anos de experiência dedicados ao desenvolvimento de
soluções e de sistemas inteligentes aplicados às áreas de trânsito, transporte,
segurança, educação a distância e comunicação.
Com sede própria localizada na cidade de Ribeirão
Preto-SP, e desde 2017 também em Portugal, o GRUPO CRIAR nasceu da primeira
incubadora de empresas do Brasil, a Parq-Tec, e foi pioneiro na criação de
provedores de internet no país, no desenvolvimento de sistemas de gerenciamento
dos processos que envolvem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH),
principalmente a divisão equitativa dos exames médicos e avaliações
psicológicas e o monitoramento de aulas teóricas e práticas, no desenvolvimento
de aplicativos de prestação de serviços à população e na educação a distância
relacionada ao trânsito.
Com mais de 160 (cento e sessenta)
Colaboradores, escolhidos por seu comprometimento, competência e
responsabilidade, o GRUPO CRIAR, desde 2010, ampliou seus negócios lançando sua
fábrica onde começou a desenvolver e montar hardwares associados aos softwares
que comercializa, especialmente para os Sistemas e-TÉORIKA (Monitoramento de
Aulas Teóricas), e-PRÁTIKA (Monitoramento de Aulas Práticas) e EVE (Exame
Veicular Eletrônico).
Sr. Sérgio da Silva Soares |
Segundo o CEO da empresa, a CRIAR SPACE tem como valor fundamental se
manter no estado da arte com relação às tecnologias para comunicação com
diferentes tipos de satélites, e tem como premissa o desenvolvimento de
produtos aeroespaciais de custo relativamente baixo que possibilitem:
* Comunicação de dados terra-ar-terra-ar;
* Ground Station para rastreamento, telemetria e controle (TCC) ;
* Sistemas para computador de bordo com reconhecimento e gerenciamento
de falhas;
* Análise de dados de imageamento;
* IoT utilizando comunicação satelital para ambientes remotos.
Projeto da Empresa
DATASAT
Com essa iniciativa se pretende criar uma
rede de estações terrenas equipadas com a ADA
(Antena Direcional Automática), uma solução de baixo custo comparada com
outras opções do mercado, que juntamente com suas outras unidades formarão a DATASAT. Composta por módulos que se conectam
utilizando coordenadas de azimute e elevação, a antena recebe e processa os
sinais de satélites inicialmente nas frequências VHF e UHF.
Objetiva-se que a ADA seja instalada em locais distribuídos pelo mundo, em
instituições de pesquisas e de ensino, a partir de parcerias formadas com a DATASAT. A partir daí as
instituições de pesquisa e de ensino escolhidas serão as que possuírem cursos e
disciplinas relacionadas à engenharia aeroespacial, à engenharia aeronáutica,
às telecomunicações, ao controle e automação, à comunicação por rádio, à
astronomia, à astrofísica, entre outros. E nos momentos
em que as antenas não estiverem sendo utilizadas pelos cursos, a DATASAT então utilizará os seus
recursos para captar sinais dos satélites que estejam em órbita favorável para
a operação. Saibam maiores informações sobre este projeto pelo link: http://datasat.space
Premiações e Participação em Eventos
Com o projeto DATASAT, a CRIAR Space Systems teve a oportunidade de participar de grandes eventos espaciais no
Brasil e fora do país, sendo o seu projeto premiado em alguns deles. Foram
eles:
- Inclusão do projeto nos Anais do 72nd
International Astronautical Congress (IAC 2021);
- Inclusão do projeto na 2° edição do
Catálogo da Indústria Espacial Brasileira (2021);
- 3º Lugar no Desafio de Inovação
promovido pelo evento Paris Space Week 2021;
- 2º Lugar no Desafio SERFA 2020;
- 2º Lugar no 71st
International Astronautical Congress (IAC) 2019;
- Anais do II Congresso Aeroespacial
Brasileiro (II CAB) - 2019;
- Antena Direcional Automática é premiada
no 2º Fórum da Industria Espacial Brasileira (2018) como uma das melhores
soluções do evento.
O Sr. Sérgio Soares, CEO do
GRUPO CRIAR, durante apresentação no 2º Fórum da Indústria Espacial Brasileira
(2018). |
Em 2021, a empresa teve a oportunidade de apresentar seu Projeto DATASAT (Rede de Antenas Dorecionais Automáticas) para representantes do Ministério da Ciencias, Tecnologia e Inovações (MCTI), bem como também de participar da '18ª
da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT)', na qual teve o stand da empresa visitado pelo Ministro do MCTI, Marcos Pontes, que conheceu o funcionamento da Rede DATASAT, formada pelas ADAs.
O Sr. Sérgio Soares, CEO do GRUPO CRIAR, Durante apresentação para representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (2021). |
Colaboradores do GRUPO CRIAR recebendo no stand da empresa a visita do Ministro da MCTI, Marcos Pontes, durante a realização da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (2021). |
Bom leitores e leitoras do BS, assim finalizo esta segunda parte deste
artigo e convido a todos vocês a ficarem atentos, pois em meados de fevereiro,
quando retornar de minhas férias, publicarei a terceira e última parte deste
grande relato sobre a exitosa história e sobre as expectativas futuras dessas
magnificas startups espaciais brasileiras.
excelente e esclarecedora reportagem que nos enche de esperança
ResponderExcluirum dia tudo vai se juntar e somar, é previsível.
demora mais que devia
mas sabemos como fazer, onde ir
dai temos que agradecer um ita, iae , inpe e tantos outros institutos e faculdades
que por mais engessados e evidentemente lentos formaram essa galera inconformada
que corre atras com recursos tão escassos
temos a alma dos portugueses descobridores e exploradores
sem Ufanismo exagerado chegaremos lá
que Santos Dumont nos guie.
Bom dia Luiz Chaves!
ExcluirGostei muito do seu comentário, parabéns, esse é o espírito e quiçá o mesmo venha se manifestar de forma plena por todo o universo das atividades espaciais brasileiras.
Duda Falcão
nice
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