Agência Espacial Brasileira Quer Exportar Veículos Lançadores de Microssatélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma entrevista com o presidente da AEB, Sr.
José Raimundo Braga Coelho, postada hoje (24/10) no site do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), onde o mesmo diz que a
AEB quer oferecer serviço de lançamento através de lançadores de microssatélites.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Agência Espacial Brasileira Quer Exportar
Veículos Lançadores de Microssatélites
Para o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, projeto
atende a demanda
atual por satélites de menor porte. Equipamento deve ser
testado no fim de 2018.
"Teremos fila de interessados em enviar satélites no
nosso lançador."
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 24/10/2016 | 15:55
Última modificação: 24/10/2016 | 16:03
Crédito: Ascom/MCTIC
José Raimundo Braga Coelho também destacou a importância
do desenvolvimento da indústria espacial brasileira.
|
A Agência Espacial Brasileira (AEB) está desenvolvendo o
Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), uma espécie de foguete adaptado a
pequenos satélites. A atenção da AEB para o projeto tem motivo.
"Hoje em dia, grande parte das missões envolve pequenos satélites.
São verdadeiras constelações de pequenos satélites. Se um deles falhar, é só
mandar outro de pequeno porte para substituir. Não precisa mandar um
equipamento de seis toneladas", explicou o presidente José Raimundo Coelho
em entrevista ao Portal MCTIC.
Segundo ele, o primeiro teste do VLM está projetado para
o final de 2018. "Certamente, teremos uma grande fila de espera de
interessados em enviar seus satélites no nosso lançador a partir do Centro de
Lançamento de Alcântara", previu.
Na entrevista, José Raimundo Coelho também falou sobre a
importância do Programa Espacial Brasileiro, o desenvolvimento da indústria
aeroespacial e o trabalho da AEB para atrair jovens para as carreiras ligadas
ao setor. "O Programa Espacial Brasileiro precisa, primeiro, convencer a
população da necessidade de estabelecer uma indústria espacial forte e
sustentável. Espero que possamos, daqui a alguns anos, ouvir que temos um
grande programa espacial que se preocupa em atender ao que a população
requer", afirmou.
MCTIC: Um dos principais projetos do Programa Espacial
Brasileiro é o desenvolvimento de um veículo lançador de pequenos satélites.
Por que esse projeto é tão importante?
José Raimundo Coelho: Temos o compromisso de
utilizar todo o conhecimento que adquirimos ao longo dos anos para desenvolver
um lançador de médio porte exclusivo para pequenos satélites. A ideia desse
lançador, chamado VLM, responde à realidade atual. Hoje em dia, grande
parte das missões envolve pequenos satélites. São verdadeiras constelações de
pequenos satélites. Se um deles falhar, é só mandar outro de pequeno porte para
substituir. Não precisa mandar um equipamento de seis toneladas. Hoje, são
utilizados satélites de até um quilo. O custo é muito menor. O primeiro teste
do VLM está projetado para o final de 2018. Certamente, teremos uma grande fila
de espera de interessados em enviar seus satélites no nosso lançador a partir
do Centro de Lançamento de Alcântara.
MCTIC: Quais são os principais parceiros do Brasil no
Programa Espacial Brasileiro?
José Raimundo Coelho: Temos dois parceiros
considerados estratégicos para o desenvolvimento do Programa Espacial
Brasileiro. Um na área de satélites, que é a China, e outro voltado para o
desenvolvimento de veículos lançadores, que é a Alemanha. Com os chineses,
estamos comemorando 30 anos de parceria em 2016. E com os alemães temos 40 anos
de trabalho conjunto. Essas parcerias são baseadas em dois princípios que
consideramos fundamentais. Primeiro, que o objetivo tem que ser de utilidade
mútua. Segundo, que permita o desenvolvimento conjunto. E temos isso com a
China e a Alemanha.
MCTIC: Outro projeto importante para o Brasil é o
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
José Raimundo Coelho: É verdade. O Satélite
Geoestacionário é uma questão de soberania nacional, de termos o controle das
nossas comunicações estratégicas. Tínhamos esse sistema instalado no Brasil por
meio de contratos com satélites estrangeiros. E, por meio de uma iniciativa do
então Ministério das Comunicações – agora MCTIC – foi sugerida a criação de uma
empresa para desenvolver o projeto de um satélite que fornecesse comunicações
estratégicas e que provesse banda larga para todo o nosso território. E foi
criada uma empresa integradora, a Visiona, que é a associação da Embraer com a
Telebras. Cabe a ela integrar todo o sistema do satélite e também integrar a
nossa base industrial que trabalha sob demanda para o SGDC. São empresas de
pequeno porte e que carecem de um ordenamento desse tipo, até para sua
sustentabilidade. Isso demonstra o fortalecimento do Programa Espacial
Brasileiro.
MCTIC: Como é possível desenvolver a indústria
brasileira voltada para o setor espacial?
José Raimundo Coelho: É muito forte o nosso
compromisso de desenvolver a indústria espacial no Brasil. Ainda não
conseguimos fazer isso. Primeiro, precisamos criar demanda para o Programa
Espacial Brasileiro, que possa dar sustentabilidade à nossa indústria espacial.
A demanda que temos hoje é essencialmente do governo brasileiro.
Temos que ter a capacidade de estender essa iniciativa para outros
segmentos da sociedade, de tal maneira que tenhamos grandes empresas
necessitando de serviços de satélites do nosso programa espacial.
MCTIC: O Brasil tem recursos humanos para isso?
José Raimundo Coelho: Queremos capacitar o Brasil
com recursos humanos especializados na área espacial. Começamos esse trabalho
muito cedo, com crianças e jovens de 12 e 13 anos. Um dos instrumentos que nós
utilizamos é o AEB Escola, que fomenta essa busca pelo mistério que é o espaço.
Mais adiante, trabalhamos junto às universidades para que elas criem cursos de
graduação de engenharia aeroespacial. Hoje, já temos cinco cursos desse
tipo em universidades federais. É um passo importante.
MCTIC: A AEB está para inaugurar o CVT Espacial, no
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Como ele vai funcionar?
José Raimundo Coelho: O CVT é um instrumento do
nosso ministério que aproveitamos para desenvolver o entendimento da nossa
área. É um ambiente que construímos para atrair os jovens e dar a eles a
oportunidade de entender ou de iniciar o entendimento das atividades da área
espacial. Queremos que eles aprendam fazendo, solucionando problemas. Assim, eles
vão poder absorver o conhecimento e aplicar melhor o que aprenderam. Esperamos
que uma parte daqueles que passarem por lá sigam uma carreira no setor
espacial.
MCTIC: Qual é o futuro da AEB?
José Raimundo Coelho: O futuro, para mim, é o
presente. Acho que, se o Programa Espacial Brasileiro continuar se preocupando
com resultados parciais, em construir um passo de cada vez, chegará o momento
em que poderemos comemorar o resultado total. O Programa Espacial Brasileiro
precisa, primeiro, convencer a população da necessidade de estabelecer uma
indústria espacial forte e sustentável. Espero que possamos, daqui a alguns
anos, ouvir que temos um grande programa espacial, que se preocupa em atender
ao que a população requer.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Comentário: Na realidade leitor o titulo da matéria esta
truncado (a AEB não quer exporta lançador nenhum, e sim oferecer o serviço de lançamento do VLM-1 ao mercado nacional e internacional) demonstrando a falta de conhecimento do autor do texto, mas vamos
analisar o que foi dito pelo Sr. Braga Coelho. Primeiramente não há como lançar
o VLM-1 em 2018, há não ser que sejam adquiridas partes do foguete no exterior,
de outra forma não há como fazer isto. Alias o IAE já sinalizou nos bastidores
que este poderia ser o caminho a ser seguido, mas será????. Outra coisa, só mesmo
na cabeça desse Zé Mané Megalomaníaco irresponsável que o fato de termos o
VLM-1 qualificado gerará (de uma hora para outra) uma grande fila de espera de clientes interessados em enviar seus pequenos e microssatélites a partir do Centro de
Lançamento de Alcântara. Não é assim que a banda toca, no mercado comercial
internacional de lançamentos de satélites é preciso se levar em conta vários fatores,
como custo, logística, confiabilidade do lançador, disponibilidade, dentre
outras, e isto tudo leva tempo e muito trabalho, não cai do céu. Mas enfim,
esse irresponsável mais uma vez vem a publico para dizer inverdades, certamente
orientado pelo governo. Duvidam, 2018 é logo ali.
Duda, você soube de alguma novidade do SARA Suborbital? Abraços
ResponderExcluirOlá Everton!
ExcluirNão amigo, até agora existe um grande silencio sobre o assunto.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Há de fato uma grande ignorância nesta cronologia. Para ser lançado em 2018 o projeto já deveria estar pronto - não está. As partes principais já deveriam estar em ensaio de qualificação - não estão.
ResponderExcluirMesmo comprados no exterior, partes precisam ser testadas integradas às partes nacionais - que não existem.
Me pergunto se o Sr. Raimundo sabe que está sendo iludido ou se ele mesmo é um ilusionista...
Com a PEC 241, a AEB deverá ter muita política para conquistar recursos no governo Temer.
ResponderExcluirPois é Brehme, só dificultará ainda mais as coisas para o PEB.
ExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)