Aluna do INPE Vence Prêmio CAPES de Tese na Área de Geociências
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (10/10) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que aluna do
instituto venceu Prêmio CAPES de Tese na Área de Geociências.
Duda Falcão
Aluna do INPE Vence Prêmio CAPES
de Tese na Área de
Geociências
Segunda-feira, 10 de Outubro de 2016
O trabalho de Ângela Machado dos Santos Valentim foi
eleito o melhor na área de Geociências do Prêmio Capes de Tese 2016. Os
vencedores foram anunciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES) nesta segunda-feira (10/10).
A premiada teve a orientação dos pesquisadores
Mangalathayil Ali Abu, Jonas Rodrigues de Souza e José Humberto Andrade Sobral,
da Coordenação de Ciências Espaciais e Atmosféricas do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
A tese "Campos elétricos e derivas do plasma na
ionosfera equatorial do setor americano durante tempestades magnéticas"
foi defendida por Ângela em 15 de abril de 2015 no âmbito do Programa de Pós-Graduação
em Geofísica Espacial do INPE.
O trabalho apresenta resultados importantes e inéditos
que ajudarão a aperfeiçoar o conhecimento sobre a eletrodinâmica das bolhas
ionosféricas e contribuirão para o desenvolvimento de modelos de previsão de
clima espacial.
A premiação é outorgada às melhores teses de doutorado
selecionadas em cada uma das 48 áreas do conhecimento reconhecidas pela CAPES
nos cursos do Sistema Nacional de Pós-Graduação. Concorreram nesta edição as
teses defendidas em 2015.
O documento que anuncia as teses premiadas, autores e
coautores em cada área de conhecimento está publicado no Diário Oficial da
União. Confira aqui.
Os vencedores recebem certificado, medalha e bolsa de
pós-doutorado. A cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá na sede da CAPES, em
Brasília, no dia 14 de dezembro.
Clima Espacial
A tese premiada pela CAPES em 2016, na área de
Geociências, enfoca a ionosfera equatorial e de baixa latitude sobre o
território brasileiro, região de características únicas, onde ocorrem
instabilidades como as bolhas ionosféricas.
As bolhas ionosféricas constituem grandes regiões
espaciais de rarefação de plasma que podem interferir em diversas atividades
tecnológicas da vida moderna, principalmente nas áreas de telecomunicações e de
navegação por satélites. As variabilidades desses fenômenos são elementos
importantes do clima espacial sobre a região brasileira.
O estudo investigou o fenômeno de inversão da deriva
zonal e a conexão entre as derivas zonal e vertical da ionosfera no setor sul
americano durante tempestades magnéticas, comparando dados experimentais e os
resultados obtidos por simulação através do sofisticado modelo da ionosfera
SUPIM-INPE (Sheffield University Plasmasphere Ionosphere Model at INPE),
modificado para esta finalidade.
O trabalho se destaca pelo seu complexo e inédito cálculo
dos efeitos na ionosfera causados pela penetração de campos elétricos de origem
magnetosférica, pela precipitação de partículas energéticas provenientes do
cinturão de radiação de Van Allen na região brasileira sob a Anomalia Magnética
do Atlântico Sul (AMAS) e pelos ventos termosféricos durante as tempestades
magnéticas.
A pesquisa utilizou um modelo realista da ionosfera de
baixas latitudes (o SUPIM-INPE) e exigiu uma complexa e difícil seleção de
dados, nacional e internacional, de alta qualidade e confiabilidade, que bem
caracterizassem o fenômeno estudado.
Pela primeira vez foi possível demonstrar
quantitativamente que a deriva zonal da bolha do plasma, juntamente com o
plasma ambiente da ionosfera, poderá sofrer grandes variações, inclusive a
brusca inversão da velocidade.
Os resultados da tese comprovaram também, de forma
inédita, que a geração das camadas E esporádicas com caraterísticas peculiares
observadas sobre a região de Cachoeira Paulista são uma forte evidência do
efeito de precipitação de partículas energéticas na região da AMAS. Este foi o
primeiro trabalho em que o efeito aeronômico da precipitação de partículas na
região da AMAS foi estudado por modelo matemático.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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