Brasil Envia Carga de Urânio Enriquecido Para Abastecer Reator Nuclear na Argentina
Olá leitor
Segue agora uma notícia histórica postada ontem (17/10) no
site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), destacando
que o Brasil exportou Urânio Enriquecido para abastecer reator nuclear na
Argentina.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Brasil Envia Carga de Urânio Enriquecido
Para Abastecer Reator Nuclear na Argentina
Contrato da estatal argentina com a INB soma US$ 4,5
milhões. É a primeira vez
que o país exporta urânio enriquecido. Operação foi autorizada
pela
presidência da República na última sexta-feira (14).
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 17/10/2016 | 17:50
Última modificação: 17/10/2016 | 17:57
Crédito: INB
Unidade de enriquecimento de urânio da INB em Resende
(RJ).
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O Brasil vai enviar para a Argentina 4 toneladas de pó de
dióxido de urânio (UO2) para o abastecimento de um reator localizado na cidade
de Lima, ao norte da capital Buenos Aires. É a primeira vez que o país exporta
urânio enriquecido. A autorização foi dada pela Presidência da República na
última sexta-feira (14). Pela carga, a empresa estatal Combustibles Nucleares
Argentinos (Conuar) pagou US$ 4,5 milhões às Indústrias Nucleares do Brasil
(INB), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações. O contrato foi assinado em junho de 2016.
"Essa é a primeira exportação de urânio enriquecido
no Brasil. Isso é um fato importante, porque coloca o Brasil num clube muito
peculiar, que é o dos exportadores de urânio enriquecido. Isso é muito
importante, dá uma relevância muito grande ao país e ao desenvolvimento
tecnológico que nós atingimos", ressaltou o presidente da INB, João Carlos
Tupinambá.
Segundo ele, toda a tecnologia utilizada no
enriquecimento de urânio na fábrica da INB em Rezende (RJ) foi desenvolvida
pelo Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo. Tupinambá explicou que o
urânio enriquecido pode ser em forma de gás (UF6) ou de dióxido de urânio
(UO2). O Brasil importa UF6 enriquecido e natural para fazer o enriquecimento
em Rezende.
"A parte de urânio que não é enriquecida no Brasil é
feita por países como Alemanha, Inglaterra, Holanda e França. O nosso projeto
para futuro é que a gente consiga fazer todo o enriquecimento no Brasil. Por
isso, a gente já está pensando na segunda fase do projeto de enriquecimento de
urânio, que daria conta do consumo da Angra 1,2 e 3. Esse é um projeto que se
iniciaria em 2019", explicou.
O presidente da INB destacou que está quase fechada a
negociação com a Argentina para uma nova exportação em 2017. "Nós temos
uma proposta, e eles vão definir efetivamente até o final deste ano, para ser
entregue no início do segundo semestre do ano que vem. Estamos muito
esperançosos, porque as sinalizações são positivas. Então, a gente deve fechar mais
um negócio."
"A Argentina é o parceiro preferencial, porque tem
toda essa facilidade de você conseguir transportar pela via terrestre e também
porque nós temos uma limitação na nossa capacidade de produção. Então, a
princípio, a gente está pensando só em consolidar essa posição junto à
Argentina, fazendo outras exportações. Esse é o nosso objetivo",
acrescentou.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Comentário: Notícia esta histórica e espetacular, não só
por ser a primeira vez que o Brasil exporta Urânio Enriquecido para um outro país, bem como é extremamente positivo para as
relações entre os dois países. Vale dizer leitor que em certas áreas da
Engenharia Nuclear a Argentina esta um pouco a nossa frente, mas em outras áreas
o Brasil está na ponta, sendo esta parceria extremamente benéfica e complementar para ambos os
países. Não podemos esquecer de que a Área Nuclear pode também contribuir para
as atividades espaciais do país, e no momento isto vem ocorrendo através do
Projeto TERRA (Tecnologia de Reatores Rápidos Avançados), projeto este de
vanguarda na área de propulsão nuclear espacial em desenvolvimento pelo Instituto
de Estudos Avançados (IEAv) sob a coordenação do Dr. Lamartine Nogueira Frutuoso Guimarães, e visa o desenvolvimento de um motor nuclear para ser utilizado no espaço.
uma notícia dessas é muito bom !, são mais divisas para a União , esperamos que o Governo , pegue esse dinheiro e Invista em Tecnologia , Universidades , ITA , DCTA , IAE , INPE , CLA , CLBI etc.
ResponderExcluirnão vamos nos esquecer de onde se extrai o Urânio, em Caetité , na Bahia , esperamos que a (INB), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, reserve de 1% a 3% desse capital recebido pela exportação do Urânio enriquecido para se investir em Caetité, na Bahia , em creches , escolas primária, 2° , faculdades , hospitais, segurança etc.
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