Pesquisador do INPE Desenvolve Estudos em Parceria Com Nobel de Física
Olá leitor!
Segue agora mais uma notícia postada ontem (14/10) no
site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tendo
como destaque a parceria do pesquisador do INPE, Dr. Enzo Granato, como o Nobel
de Física o britânico John Michael Kosterlitz.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Pesquisador do INPE Desenvolve Estudos
em Parceria Com
Nobel de Física
Trabalho conjunto começou em 1982, quando o brasileiro
Enzo Granato e o
britânico John Michael Kosterlitz se conheceram nos
Estados Unidos. Desde
então, os pesquisadores trocam experiências na área de
supercondutividade e
transições de fase em superfícies.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 14/10/2016 | 10:48
Última modificação: 14/10/2016 | 10:49
Um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Física, o britânico
John Michael Kosterlitz, realiza estudos sobre supercondutividade e transições
de fase em superfícies no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC). Junto com David J. Thouless, e F. Duncan M. Haldane, ele ganhou o
Nobel por descobertas teóricas das transições de fase topológicas e das fases
topológicas da matéria. O anúncio foi feito pela Academia Real Sueca de
Ciências em outubro.
Um dos parceiros de Kosterlitz no Brasil é o responsável
pelo Grupo de Pesquisa em Física da Matéria Condensada (MatCon) do Laboratório
Associado de Sensores e Materiais (LAS) do INPE, Enzo Granato. A parceria começou
em 1982, quando o físico orientou o brasileiro em sua tese de doutorado na
Universidade Brown, nos Estados Unidos.
"Inicialmente, a ideia era pesquisar sobre o efeito
Hall quantizado, mas o chefe dessa área já estava orientando outro aluno e não
quis me aceitar naquele momento. Depois, conversei com vários professores até
conhecer o Kosterlitz, que me convenceu a entrar na área da pesquisa teórica de
supercondutores. Ele foi bastante receptivo e me convenceu. Desde então temos
essa parceria", afirmou Granato.
De tempos em tempos, John Michael Kosterlitz vem ao
Brasil. A primeira visita foi em 1988. Na mais recente, em junho deste ano,
desenvolveu pesquisas com a equipe do LAS em transição de fases em filmes finos
supercondutores – chamada transição Kosterlitz-Thouless – e fez palestras para
cientistas brasileiros. Segundo Enzo Granato, a passagem pelo país ganha um
peso especial por ter sido justamente no ano em que o britânico
recebeu o Nobel.
"Foi um privilégio, ainda mais neste ano. Foi
realmente especial podermos ter essa oportunidade de ter um
ganhador do Nobel conosco. Ele já havia sido indicado em outros anos. A
comunidade científica da área sabia que esse trabalho desenvolvido nos anos
1970 tinha valor e teria aplicações no futuro", destacou o pesquisador do INPE.
John Michael Kosterlitz se mostrou surpreso com a
conquista. Em uma videoconferência com pesquisadores e representantes da
Universidade Brown, o físico relembrou o começo do trabalho ao lado de Thouless
e Haldane. "Quando começamos, era um exercício puramente teórico. Me
diverti muito fazendo isso. Acho que o impacto [da pesquisa] foi bastante
grande", afirmou.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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