Conferência Apresenta Resultados do INCT Para Mudanças Climáticas
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (23/09) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que Conferência
apresenta resultados do INCT para Mudanças Climáticas.
Duda Falcão
Conferência Apresenta Resultados
do INCT Para Mudanças
Climáticas
Sexta-feira, 23 de Setembro de 2016
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva será a
palestrante da cerimônia de abertura da Conferência Internacional do INCT
para Mudanças Climáticas, que será realizada de 28 a 30 de
setembro, em São Paulo. O evento tem como objetivo apresentar os resultados
finais desse projeto, no âmbito dos institutos nacionais de ciência e
tecnologia do governo federal. A programação da
Conferência inclui apresentações de pesquisadores nacionais e
internacionais, além de sessões de pôsteres.
No dia 28, serão apresentados resultados nas áreas de
Observações e atribuição de causas da variabilidade e extremos climáticos;
Monitoramento de Gases de Efeito Estufa; Zonas Costeiras e Oceanos; Desastres
Naturais; e Biodiversidade. Ao final da programação, será apresentada a
Terceira Comunicação Nacional Terceira Comunicação Nacional do Brasil (TCN) à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
No dia 29, três conferências magnas precedem os seguintes
temas que serão abordados por pesquisadores do INCT para Mudanças Climáticas:
Segurança Energética (Luiz Pinguelli Rosa, da UFRJ); Segurança Hídrica (José
Galizia Tundisi, do IIE) e Segurança Alimentar (Antonio Márcio Buainain, da
Unicamp). Ao final da programação, será apresentado o Plano Nacional de
Adaptação à Mudança do Clima, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
No dia 30, Ursula Oswald Spring, da Universidade Nacional
do México, apresenta conferência magna sobre Interface Ciência-Políticas
Públicas em Mudanças Climáticas. Carolina Vera, da Universidade de Buenos
Aires, apresenta conferência magna sobre Modelagem do Sistema Terrestre.
Encerrando as atividades, Carlos Nobre (CEMADEN),
coordenador do projeto, anuncia a nova fase do INCT para Mudanças Climáticas.
Rede de Pesquisas Ambientais
Com ampla participação do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), o INCT para Mudanças Climáticas foi criado visando à
implantação e desenvolvimento de uma abrangente rede de pesquisas
interdisciplinares em mudanças climáticas. Inicialmente, embasou-se na
cooperação de 76 grupos de pesquisa nacionais de todas as regiões e 16 grupos
de pesquisa internacionais. Durante a vigência do projeto, chegou a 108
instituições, sendo 17 delas internacionais, da África do Sul, Argentina,
Chile, EUA, Japão, Holanda, Índia, Reino Unido e Uruguai. Envolveu, na sua
totalidade, cerca de 300 pesquisadores, estudantes e técnicos e constituindo-se
na maior rede de pesquisas ambientais já desenvolvida no Brasil.
Mais de 900 publicações, entre livros, capítulos de livro
e artigos em revistas nacionais e internacionais foram geradas, junto com
dezenas de apresentações em eventos científicos e para público amplo.
Espelhando-se na estrutura do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC), o projeto se organizou em três eixos científicos
principais (base científica das mudanças ambientais globais;
impactos-adaptação-vulnerabilidade; mitigação) e incluiu também esforços de
inovação tecnológica em modelos do sistema climático, geossensores para medir a
concentração de gases de efeito estufa, e sistema de prevenção de desastres
naturais. Esta temática científica foi organizada em 26 subprojetos de
pesquisa.
O INCT para Mudanças Climáticas vinculou-se estreitamente
a pelo menos duas outras redes de pesquisa em mudanças climáticas. Em primeiro
lugar, esteve diretamente associado à Rede Brasileira de Pesquisas sobre
Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC), cobrindo todos os seus aspectos científicos e
tecnológicos de interesse, além de fornecer articulação, integração e coesão
científica à Rede. Em contrapartida, mecanismos financeiros existentes para a
Rede Clima forneceram financiamento suplementar para a implementação
bem-sucedida deste INCT. Ele igualmente esteve associado ao Programa FAPESP
Mudanças Climáticas Globais.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
abrigou as Secretarias Executivas do INCT para Mudanças Climáticas e da Rede
Clima e recursos físicos e computacionais que apoiaram as pesquisas dos dois
programas. Atualmente, o INPE mantém a Secretaria Executiva da Rede Clima em suas
instalações.
O INCT para Mudanças Climáticas se propôs ainda a
promover a formação de algumas dezenas de mestres e doutores em suas linhas
temáticas, no intervalo de 5 anos. Foram concluídos 332 mestrados, 230
doutorados e 104 pós-doutorados, além de 153 iniciações científicas. Espera-se
que a geração de novos conhecimentos e a capacitação de recursos humanos
permita reforçar o papel do Brasil na definição da agenda ambiental em âmbito
global. Outrossim, espera-se gerar conhecimentos e informações cada vez mais
qualificadas, para que as ações de desenvolvimento social e econômico do país
se deem de forma ambientalmente sustentáveis.
No importante quesito das políticas públicas, o INCT para
Mudanças Climáticas, em parceria com a Rede Clima e com programas estaduais e
internacionais de pesquisas em mudanças climáticas, contribuiu como pilar de
pesquisa e desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Também
apoiou os trabalhos científicos relevantes para a elaboração do Plano Nacional
de Adaptação as Mudanças Climáticas. Forneceu subsídios científicos úteis para
a preparação do Quinto Relatório Científico do IPCC (IPCC AR5) e do Painel
Brasileiro de Mudanças Climáticas PBMC - ambos publicados em 2014 - e para os
estudos de impactos das mudanças climáticas e análise de vulnerabilidade
setorial para a preparação da Terceira Comunicação Nacional (TCN) do Brasil na Convenção
Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCC), apresentados na
Conferência das Partes (COP-20) em Lima, em 2014.
Em resumo, o desenvolvimento da agenda científica
proposta forneceu condições ótimas ao país para o desenvolvimento de excelência
científica nas várias áreas das mudanças ambientais globais e sobre suas
implicações para o desenvolvimento sustentável, principalmente quando se leva
em consideração que a economia de nações em desenvolvimento é fortemente ligada
a recursos naturais renováveis, como é marcantemente o caso do Brasil.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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