Projétil de Nanotubo Vira Diamante Após Impacto
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada hoje (27/09)
no site “Inovação Tecnológica”, destacando que Pesquisadores Brasileiros e Norte-Americanos desenvolveram conjuntamente uma
nova técnica para produzir minúsculos diamantes (nanodiamantes) que poderão ser
utilizados em satélites e Naves Espaciais.
Duda Falcão
NANOTECNOLOGIA
Projétil de Nanotubo Vira Diamante Após Impacto
Redação do
Site Inovação Tecnológica
27/09/2016
[Imagem: Pedro
Alves da Silva Autreto]
Após o impacto em hipervelocidade, o carbono dos
nanotubos se
recristaliza, formando os pequenos diamantes.
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Nanodiamantes
Pesquisadores
brasileiros e norte-americanos desenvolveram uma nova técnica para produzir
minúsculos diamantes - nanodiamantes - disparando nanotubos de carbono em
hipervelocidade sobre um alvo de alumínio.
Embora
diamantes desse tamanho não tornem ninguém rico, uma porção deles recobrindo
uma superfície pode mudar a forma como são fabricados materiais de alta
resistência para uso aeroespacial.
"Satélites
e naves espaciais podem ser alvejados por vários projéteis destrutivos, como micrometeoritos
e lixo espacial. Para evitar esse tipo de dano, nós precisamos de materiais
leves, flexíveis e com propriedades mecânicas extraordinárias. Os nanotubos de
carbono podem oferecer uma solução real para esse problema," disse Sehmus
Ozden, da Universidade Rice, nos EUA.
Impactos de
Alta Velocidade
Curiosamente,
a busca de proteção contra o impacto de detritos no espaço levou a equipe a
usar o mesmo método para desenvolver os nanodiamantes.
Estudando em
detalhes o fraturamento dos nanotubos de carbono quando eles eram disparados em
alta velocidade, a equipe verificou que os impactos de alta energia fazem com
que as ligações atômicas dos nanotubos se quebrem, com o carbono se
recombinando em diferentes estruturas - eventualmente assumindo a estrutura
cristalina do diamante.
A uma
velocidade de 3,8 quilômetros por segundo (km/s), a maioria dos nanotubos de carbono permanece intacta. Alguns começam a se
converter em nanodiamantes a 5,2 km/s. A 6,9 km/s (24.840 km/h), porém, já é
difícil encontrar nanotubos intactos entre os nanodiamantes.
A equipe agora
pretende usar outros materiais como projéteis e ver o que conseguem produzir.
"Este
trabalho inaugura uma nova forma de fabricar materiais nanométricos usando
impactos de alta velocidade," disse Leonardo Machado, da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas). Outros dois brasileiros, Pedro Alves
Autreto e Douglas Soares Galvão, participaram do desenvolvimento da técnica.
Bibliografia:
Ballistic
Fracturing of Carbon Nanotubes
Sehmus Ozden, Leonardo D. Machado, Chandra Sekhar Tiwary, Pedro Alves da Silva Autreto, Robert Vajtai, Enrique V. Barrera, Douglas Soares Galvao, Pulickel M Ajayan
ACS Applied Materials & Interfaces
DOI: 10.1021/acsami.6b07547
Sehmus Ozden, Leonardo D. Machado, Chandra Sekhar Tiwary, Pedro Alves da Silva Autreto, Robert Vajtai, Enrique V. Barrera, Douglas Soares Galvao, Pulickel M Ajayan
ACS Applied Materials & Interfaces
DOI: 10.1021/acsami.6b07547
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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