Alta Concentração de CO2 na Atmosfera Pode Reduzir Impactos do Clima na Amazônia
Olá leitor!
Segue agora uma notícia postada hoje (20/09) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que Alta Concentração
de CO2 na Atmosfera pode reduzir Impactos do Clima na Amazônia.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Alta Concentração de CO2 na Atmosfera
Pode Reduzir Impactos do Clima na Amazônia
Projeto Amazon Face, do Ministério da Ciência,
Tecnologia,
Inovações e Comunicações, investiga em que medida o gás
carbônico da atmosfera pode compensar o aquecimento
global e evitar a "savanização" da floresta.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 20/09/2016 | 08:30
Última modificação: 19/09/2016 | 19:47
Crédito: UNESP
Cientistas querem saber se o efeito do aumento do gás
carbônico na
atmosfera ajuda a floresta amazônica a resistir ao aquecimento
global.
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No meio da floresta amazônica, um grupo de cientistas
está empenhado em responder uma questão considerada decisiva para entender os
impactos das mudanças climáticas sobre a Amazônia. Qual é o efeito do aumento
do gás carbônico (CO2) da atmosfera sobre o funcionamento da floresta?
"Não é uma questão trivial", já adianta o pesquisador David Lapola,
coordenador do projeto Amazon Face, que o Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC) criou em 2014 para investigar em que medida o
CO2 ajuda a floresta a resistir ao aquecimento global.
Ele explica que o dióxido de carbônico absorvido da
atmosfera é o "alimento básico" para que as plantas façam a
fotossínteses. Se a oferta desse alimento aumenta, as plantas produzem mais
biomassa, o que compensaria o aumento da temperatura e as alterações no regime
de chuvas, provocados pelas mudanças climáticas.
"Queremos saber se o CO2 é o fiel da balança. Mas,
se essa compensação não existir, teremos o pior cenário, que é aquilo que
chamamos de ‘savanização' da Amazônia. Isso significa que grande parte da
floresta dará lugar à vegetação seca e de menor porte, como é a do
Cerrado", afirma o pesquisador, que é doutor em Modelagem do Sistema
Terrestre pelo Max-Planck-Institut / Universität Kassel, da Alemanha, e
professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Para entender a "fertilização" das plantas,
causada pela maior oferta de CO2, simulações serão feitas num "pedaço de
floresta" localizado em uma estação experimental mantida pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) a 60 quilômetros de Manaus (AM). Ali,
a concentração de dióxido de carbono na atmosfera será aumentada em 50% por
meio de torres que farão a aspersão do gás.
Fases
Dividido em três fases, o Amazon Face recebeu R$ 1 milhão
do MCTIC para a coleta de dados e medidas antes de qualquer aspersão de gás
carbônico na floresta. O objetivo é comparar essas informações com a situação
das plantas após a oferta extra de CO2. Em 2017, começa a segunda fase do
projeto, com a construção das torres – um investimento de aproximadamente R$ 6
milhões. A última fase do projeto prevê a ampliação das torres para simulações
por um período de 10 anos.
Apoio Internacional
Para a fase de coleta de dados, o Amazon Face recebeu o
reforço de um grupo de pesquisadores da Inglaterra que trouxe para o Brasil um
equipamento de última geração capaz de fazer o mapeamento da floresta em
altíssima resolução. "Apenas seis grupos de pesquisa em todo o mundo
possuem esse equipamento. Ele funciona como uma espécie de scanner, gerando
imagens em 3D sobre a estrutura da floresta como nunca se viu", diz Lapola.
Os cientistas ingleses já estão na estação experimental
próxima a Manaus produzindo as imagens que serão usadas para comparar a reação
das plantas à atmosfera com elevada concentração de CO2.
Além disso, o Amazon Face prepara a segunda edição do
curso de campo com 18 alunos de graduação e pós-graduação sobre os efeitos do
aumento do gás carbônico na floresta no âmbito do acordo de cooperação firmado
entre o MCTIC e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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