Pesquisadores Fazem Nanotubo de Carbono Executar Tarefa Computacional
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (12/09) no site da
“Agência Gestão CT&I” destacando que um grupo de pesquisadores com a
participação do físico brasileiro Diogo Volpati, fizeram Nanotubo de Carbono executar Tarefa Computacional.
Duda Falcão
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Pesquisadores Fazem Nanotubo de Carbono
Executar Tarefa Computacional
Por Agência Gestão CT&I,
Com informações da FAPESP
Seg, 12 de Setembro de 2016 09:26
Imagem: Internet
Uma técnica computacional, inspirada na biologia
evolutiva, possibilitou que nanotubos de carbono, dispersos em cristal líquido,
fossem rearranjados por meio de sinais elétricos, de modo a desempenhar o papel
de um nanocircuito, capaz de executar tarefas computacionais simples. O
experimento teve a participação do físico brasileiro Diogo Volpati e foi
divulgado no artigo científico “Evolution of Electronic Circuits using Carbon
Nanotube Composites”, publicado na revista Scientific Reports, do Grupo Nature.
“Em vez de criar um circuito elétrico passo a passo
utilizando componentes discretos [capacitores, resistores etc.], nós
'treinamos' uma quantidade de material para que ela desempenhasse o papel do
circuito e executasse a tarefa computacional de separação de conjuntos de
dados. Esse treinamento foi feito por meio de um algoritmo evolutivo, baseado
em conceitos da biologia”, disse Volpati.
No experimento, os nanotubos foram dispersos em uma
matriz de cristal líquido. E uma gota, da ordem de grandeza do microlitro, foi
colada sobre um conjunto de eletrodos, que forneceram os inputs e outputs para
o sinal elétrico. Sem o sinal, os nanotubos ficaram “desorientados”, isto é,
posicionaram-se no meio de forma aleatória. Com o sinal, eles se
reposicionaram, movendo-se no cristal líquido de acordo com as linhas de força
do campo elétrico. Os pesquisadores testaram diferentes concentrações de
nanotubos em matriz de cristal líquido.
“Basicamente, o experimento consistiu em modificar as
características morfológicas e as propriedades elétricas do material [o
compósito de nanotubos de carbono com cristal líquido] utilizando sinais
elétricos. O objetivo da mudança foi ‘treinar’ o material para executar uma
tarefa computacional dentro da rede de eletrodos”, resumiu Volpati.
A tarefa computacional realizada, a separação de dois
conjuntos de dados, é extremamente simples. Mas o objetivo do experimento não
era a realização de uma tarefa complexa. E, sim, apresentar a prova de
princípio de que um material podia ser “treinado”. Para isso, os sinais
elétricos destinados a rearranjar os nanotubos foram aplicados de acordo com um
algoritmo evolutivo.
“Tínhamos dados misturados pertencentes a duas classes
distintas. E ‘pedimos’ ao material que os separasse. Cada vez que o erro na
separação se mostrava grande, promovíamos a ‘evolução’ do material, fazendo
passar novamente o sinal elétrico entre diferentes eletrodos. E esse processo
de treinamento e realização da tarefa foi repetido várias vezes, até os erros
serem reduzidos ao mínimo aceitável”, detalhou o pesquisador.
De acordo com Volpati, no longo prazo, as possibilidades
são inimagináveis. A pesquisa definiu todo um novo campo de estudos a ser
explorado. “Nossa abordagem mostrou que uma pequena quantidade de material pode
substituir um complexo circuito elétrico. Basta ‘treinar’ o material para que
ele execute a tarefa desejada. Assim como um organismo biológico evolui e
executa tarefas, mostramos que um material não biológico também pode evoluir”,
conjecturou o pesquisador.
O artigo “Evolution of Electronic Circuits using Carbon
Nanotube Composites”, publicado na Scientific Reports, pode ser acessado neste link.
Fonte: Site da Agência Gestão CT&I -
http://www.agenciacti.com.br
Comentário: Os
Nanotubos de Cabono é uma tecnologia usada nas atividades espaciais, e creio
que esta notícia seja do interesses dos pesquisadores brasileiros.
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