Série Espaçomodelismo: Entrevista Com o Sr. Carlos Cassio Oliveira do CEFAB
Olá leitor!
Dando sequencia a série com profissionais ligados a educação e ao Espaçomodelismo brasileiro, trago agora para você outra importante
entrevista desta série tendo o como objetivo divulgar as ações
de profissionais que nas ultimas décadas tem contribuído efetivamente para
a educação de jovens e para o desenvolvimento do Espaçomodelismo no país.
Desta vez leitor o profissional em destaque é o Sr.
Carlos Cassio de Oliveira, ex-piloto comercial da antiga empresa
aérea VASP, líder e criador do Centro
Experimental de Foguetes Aeroespaciais da Bahia e um dos pioneiros do Espaçomodelismo no Brasil.
O Sr. Carlos
Cassio Oliveira é uma daquelas pessoas agitadas, elétricas, positivas e extremamente
comunicativas, e no auge de seus 58 anos
ativa e também muito comprometida com o que faz, outro daqueles indivíduos que
o Blog comumente taxa de ‘GENTE
QUE FAZ’, fantásticos profissionais que apesar do universo cultural que os
cerca, buscam efetivamente o desenvolvimento da educação e da cidadania
transformando dificuldades em soluções, bem diferente desses vermes sanguessugas
vendedores de ilusões que infelizmente infestam a Sociedade Brasileira, se é que a mesma pode ser taxada desta forma.
Nesta interessante entrevista este conquistense
nascido na bela e fria cidade baiana de
Vitória da Conquista nos faz um relato sobre sua trajetória profissional,
bem como nos fala sobre as suas atividades no CEFAB e a sua expectativa para o futuro do nosso patinho feio (PEB) e do Espaçomodelismo no país.
O Blog
BRAZILIAN SPACE aproveita para agradecer publicamente ao Sr. Carlos Cassio Oliveira pela atenção
dispensada ao nosso Blog e pela disposição
e boa vontade de participar desta nossa série
de entrevistas, bem como também aproveita para parabeniza-lo por tudo que
fez e ainda fará pelo Espaçomodelismo Brasileiro.
Duda Falcão
Sr. Carlos Cássio Oliveira |
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Cassio Oliveira,
pensando naqueles leitores que ainda não o conhecem e ao seu trabalho, nos fale
sobre o senhor, sua idade, formação, onde nasceu?
SR. CARLOS CÁSSIO OLIVEIRA: Em primeiro lugar, saúdo a todos os BRASONAUTAS efetivos, com abundantes assiduidades com os
compromissos que abraçaram,
e muitas responsabilidades a luz
do discernimento e da sabedoria.
Este ano completei
58 anos de idade, e em 23 de outubro próximo, 40
anos de dedicação
ao grupo CEFAB,
confesso que em
meio ao tempo
insalubre, diante dos compromissos
da minha profissão,
residindo em outros
estados, como piloto, conduzir
de forma procrastinada
e não usual, as minhas
atividades e compromissos
com o meu grupo,
que tanto foi
penalizado com minha
ausência.
Nasci no dia 15 de Maio de 1958, na cidade
de Vitória da
Conquista ( BA), justamente a
6 meses e 11
dias, após o lançamento
( Tri...Dva...Odin...Natchina !!!), do primeiro satélite artificial
da terra, o “Sputnik-1” . E
o que mais me
chamou a atenção, se
não me falhe á memória, foi
a utilização do
sábio uso do
símbolo do “ pequeno
companheiro”, como logotipo do
importante grupo CEGAPA, presidido
pelo amigo do peito de
longas datas, o futuro
Engº Paulo Gontran
Ramos.
Após as perdas
de meus país
aos 5 anos
de idade, vim
morar em Salvador,
onde resido até
a presente data.
Dos 10 aos 17
anos, passava horas
e horas, sonhando em
conquistar o espaço
sideral, era o paliativo
que encontrava para
superar a falta da
minha parentela perdida tão enfaticamente. Aos 18
anos, prestei vestibular para
Engenharia Civil, para minha surpresa
passei de primeira,
mesmo contrariando os
meus desejos em
ser um Engenheiro
Aeroespacial, que era
difícil e inexistente
na época, como primeira
opção, ou Piloto de
Caça da FAB, como opção secundária. O
nó da questão, residia em
um único sentimento
com relação a
minha aprovação no vestibular, como enfrentar
um curso que não
tinha nenhuma aptidão !
Após a matrícula
e os primeiros
inícios das aulas,
achava-me como um
“estranho no ninho”,
fora da minha
realidade, antes mesmo de
completar 1º semestre,
de forma decisória ,
abortei o curso
de Engº Civil.
Foi difícil
decisão, mais aprendi de
que o homem
é do tamanho
do seu desejo profissional, tive a coragem de
resolver naquele momento,
a hora de
parar e iniciar com
coragem e determinação,
a realização de
um sonho já
formatado, e não um modelo
padrão em dar
satisfação para os
outros, inclusive de familiares.
O Sr. Carlos Cássio Oliveira com o Sr. Paulo Gontran Ramos durante a realização do 1ª R.N.C.E. no CTA em 1974. |
O
Sr. Carlos Cássio Oliveira aos 18 anos de idade, junto ao foguete LUNA-1, em 1976. |
Tinha plena consciência
de que o 1º
sonho era praticamente
impossível, optei então na realização da
2ª opção. Como exímio
autodidata, estudei o necessário para passar nas
provas exigidas pelo antigo
DAC, hoje atual ANAC. Em
fim, conseguir com muito esforço habilitar-me como Piloto Comercial, realizando inicialmente
o curso de simuladores
das aeronaves Bandeirantes (EMB-110) , na própria
EMBRAER por duas vezes
consecutivas em São José
dos Campos (SP). E
para corar a
minha maior vitória, alguns anos após, passei
nas provas eliminatórias
para ingresso na
VASP, coronado com
êxitos os cursos
internos do Ground
school, CPT, e também
nos simuladores da
empresa, por fim,
tendo o maior
prazer de pilotar
os majestosos Boeing´s
( 737-200), durante quase 4
anos, cruzando os céus
do Brasil. Em 2009
aposentei-me com um somatório
de horas voadas, perfazendo um
total de mais
de 15.000 horas, entre todas ACFT´s
voadas.
Nenhum obstáculo será
tão grande, se tua vontade
de vencer for
maior. Para testemunharem
meus últimos voos
na VASP, e na Abaeté Linhas Aéreas, digite no
YouTube : “ Vasp 737200 voo Manaus Brasilia VP 4235” e “
Ex-Vasp “Cassio”- Painho Opr Ala
Emb-110”.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, o
senhor é junto com outros que já apresentamos aqui nesta série um dos pioneiros
no Foguetemodelismo no Brasil. Conte-nos com começou a sua história nesta área?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: O céu para mim, sempre
será uma fonte
inesgotável de desafios
a pesquisa. Desde
os tempos de
criança, observava pasmo as
estrelas. Desvendar seus segredos
e suas leis, aumentavam ainda
mais, o intuito
de praticar a
nossa atividade. A preocupação
maior, residia na
constante indagação! Como iniciaria
com as mãos vazias,
sem nenhum recurso
didático, ou instrumental, a construção
de um foguete, pelo
menos artesanal. Naquela época
era tudo mais
difícil, não existia como hoje,
a facilidade de
compra pela internet
de componentes eletrônicos e
até mesmo, livros
e apostilas expressivos. Lembro-me de
que os questionamentos referentes
as questões da astronáutica e
astronômica, pairavam com bastante
contundência e dúvidas, em
buscas de respostas
logicas.
A biblioteca do
meu bairro, localizada a
mais ou menos
de 8 km
da minha residência, era o ponto intermediário
referencial na busca de
respostas, dos meus
questionamentos. Para minha surpresa
e uma dose
de desânimo, sobre a
busca de assuntos pertinentes
a construção dos foguetes,
nada foi
encontrado. Para suprir os
meus desejos, folheava
horas e horas
o livro: “ De La Terra
à La Lune”
escrito pelo gênio
literário, Júlio Verne, contentava-me também
lendo outros clássicos
da época.
O maior momento
desta busca implacável
pelo conhecimento foi
quando tinha 11 anos
de idade, testemunhando em
frente de um
monitor de uma
televisão preto e branca, pertencente ao
vizinho, que era na
época, um artigo
de luxo. A chegada
do homem á
Lua, em 1969,
momentos sublimes, que
nunca me esquecerei, quando
o Astronauta Neil
Armstrong proferiu ao
deixar suas marcas,
no solo lunar, dizendo sobre
a Eagle: - “ Houston , aqui, base
Tranquilidade. A águia pousou! “.
O Sr. Carlos Cássio Oliveira ao lado do Cap. Basílio
Baranoff, Cláudio
(CEFAB) e do Prof. Felix Santana (CEFEC), em 1992, durante a
apresentação do Foguete VLS no Auditório do INPE.
|
O Sr. Carlos Cássio Oliveira em 1992 na apresentação do
projeto do
Foguete SHN-1" durante a realização do “IIIº SEBAE” no
auditório do INPE.
|
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, quando o senhor começou quais eram as suas expectativas
e objetivos nesta área?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Antigamente para se
fazer pesquisa, era muito
complicado. Para complicar a situação,
não existia o advento da
WEB, programas Space CAD 5, impressoras
3D, pacotes offices, Solid Works,
etc. A única saída
era os correios,
a sensação avassaladoras
de expectativas na
espera de uma
correspondência, levava dias
e dias para
chegar até a
nossa residência, era uma
eternidade sem precedentes.
Por incrível que
pareça, ainda hoje,
sou considerado no meios
dos velhos amigos, o
eterno “ PROFESOR PARDAL ALOPRADO”,
personagem de ficção, um
galo antropomorfo, criado em
1952 por Carl Barks
para a Walt Disney
Company. As pessoas naquela
época, nos viam
como seres distantes, vivendo
24 horas
numa redoma mágica, restrita aos
laboratórios ulta-secretos, no
fundo dos quintais ou
em áreas especificas
de nossas cidades, especificamente rotuladas
como Clubes de Bolinha, onde trabalhavam
com outros entusiastas
contaminados com o vírus espacial, seres assépticos e
imunes as paixões
humanas. Acreditem! Nada
mais falso, este
conceito antiquado de críticas.
Os meus objetivos permanecem ainda
mais evidentes, com o
intuito de congregar
todos os participantes deste
empreendimento cientifico,
desenvolvendo foguetes e
cargas úteis mais
criativas, zelar pela plena
liberdade do exercício de
nossa atividade e
HOMOLOGAÇÃO imediata dos
nossos estatutos, inclusive o que diz
respeito a SEGURANÇA,
estimulando as pesquisas
nos ensinos: Fundamentais, ensino
médio e universitário. Aplicado e agregando, todos os fundamentos
básicos para á
construção de Foguetes a
Água Pressurizada, Foguetes Sondinha
II e III
e projetos experimentais.
Logo do CEFAB. |
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, já é
de conhecimento publico que o desenvolvimento de suas atividades nesta área o levou
a criar o Grupo CEFAB (Centro
Experimental de Foguetes Aeroespaciais da Bahia), um dos três grupos pioneiros independentes
(pelo menos que tenho conhecimento) ainda atuantes no Brasil (os outros são o
CEFEC e o CEGAPA). Como surgiu essa ideia e quando o grupo foi criado?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: O grupo CEFAB, é uma
organização sem fins
lucrativos, formada por um
pequeno grupo atual de
idealistas. A data de fundação foi
formalizada em 23 de
Outubro de 1976. O leque
de prioridades das
pesquisas, eram a
principio voltadas para os projetos
de envergadura educativa,
experimental, e dentro
da utopia natural, os veículos
espaciais, utilizando os conceitos
da propulsão híbrida e “
Full” liquida.
A ciência
nunca se resolve
um problema, sem criar pelo
menos outros mais
dez, eis a grande
questão.
Todo o
contexto produtivo do
CEFAB, tem uma história
de conquista embasada
nos próprios preceitos
do grupo CEFEC , e para conseguir
explorar as ideias
deste bem maior, a
existência do seu presidente, foi
necessário sair literalmente de
nossa cidade, considerada
pacata ilha de poucos
“Kow-How” . Saindo do
abstrato, inúmeras vezes,
desloquei-me até ao polo de
conhecimentos, na cidade de Carpina,
no intuito de
realizar vários cursos
de capacitação técnica, a qual devo imensamente ao “
Pai da
pesquisa espacial do
Nordeste”, o mentor e
Prof. José Felix de Santana. Até
hoje, após muito
tempo de transferência de
ensinamentos ao CEFAB, usando
o sistema de
beneficiamento educativo elucidativo
diante as questões
formuladas, o avanço ainda esta
sendo gratificante e
bastante expressivo, sobe os
pontos de vistas
das metodologias aplicadas
na preparação dos
envelopes motores, relativos a : Manipulação da
pólvora especial para
foguetes educativos; a base
de açúcar ( knox e Teleflite);
os motores Micrograin. E acima de tudo, os mais
requisitados por todos,
angariar a tecnologia
necessária para a
produção dos envelopes motores
COMPOSITE ( Aqua-flame e Dual ), além dos
conhecimentos relativos aos Bancos Estáticos
Análogos e por
último, a permuta
para Digital. E tantos
outros inúmeros projetos e
assuntos relacionados aprendidos, com relação a
Aerodinâmica ( Cálculos de
relações de massa), sistema de ignições, Recuperações, trajetória, C.P e
C.G.,etc.
E o mais
gratificante foi ampliar o “
NETWORKING”, com outras pessoas que ajudaram
de forma crucial o
meu aprendizado, destaco os
senhores Engenheiros: Milton de Souza Sanches; Maj Hélio da
Costa Sôlha; José
Bezerra Pessoa Filho; Cel. Av.
Piva; Ten. Cel. Liborio José de Farias; Engº Barros; Cel. Alberto Albano do
Amarantes; Mauro de Melo Dolinsky. Em especial
as lembranças do
Cap. Basílio Baranoff e Engº Paulo Moraes em memórias. Desculpo-me com veemência,
de tantas outras plêiades de
educadores procedentes do
CTA-IAE , não lembradas no momento.
Reunião dos associados na sede do CEFAB, em 1998. |
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, quais são atualmente os projetos em
andamento no CEFAB?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Não a especulação ! Lindas palavras de
promessas, não tornam um grupo
eficiente, assim como um
embrulho bonito de
um presente simples, que são
descartados.
O risco não está
no que faz, mais
no controle inadequado no
que se promete, sobre o
que se pretende fazer, mesmo conscientemente sabedor,
que não tem as
mínimas condições de
realização, sejam elas
financeiras no momento ou
técnicas de formação.
Por isso não
quero me antever
a descriminar tais
projeto internos, que ainda estão
esperando a sua
vez de realizações, após, é claro! As
concretizações principais
dos projetos em
conjuntos com o CEFEC
e CEGAPA, de maiores relevâncias.
Os anos que
antecederam 2016, foram
caóticos e desafiadores
para a maioria
dos grupos. Para nos,
só expectativas de
melhorias nas arrecadações
de cifras cruciais
e determinantes para
qualquer entretenimento.
Na última reunião
realizada na sede com o
grupo, envolvendo os Sr.
Engenheiro Eletrônico : Marcio Figueiredo Garcia ( Supervisor Técnico do CEFAB); Paulo R. A.
da Costa( Gerente de Estruturas e Tornearia)
; Dênis B. S. Rodrigues( Gerente
de Elétrica e Pirotécnica) ; Sr. Sergio Roberto Souza ( Gerente de
Propulsão Líquida) e Sr. Luciano F.
Machado ( Gerente de Segurança), firmou-se
um acordo coletivo de
extrema responsabilidade, cujo o
lema significativo além
de inovar, revitalizar, assiduidade, segurança, e informações..
Dentro em breve,
se ocorrer positivamente como
planejado financeiramente, devo
deslocar-me até o
CEFEC , para concluir as
últimas etapas do
modulo do “
Curso de Capacitação
e Inovação Técnica – REFRESMENT” , incluindo os
desenvolvimentos científicos para
o desenvolvimentos das
planilhas dos cálculos, relacionados
para o segmento de
construção dos envelopes
motores “ FULL LÍQUIDO”
e “ HÍBRIDOS”.
Além das múltiplas
discussões quanto as
divisões financeiras e
das tarefas especificas
dos Subprojetos , relativos a
construção do nosso
potencial Foguete padrão, de nível 3
.
“ Feliz são aqueles
mestres, que transferem o
que sabem, esperam
resultados, e aprende
o que ensina”. Está sempre
foi a base
de filosofia dos
ensinamentos do prof. Felix.
Ao lado do Prof. Felix Santana durante a aula pratica de
Motores
Sólidos realizada no Laboratório do IAA-CEFEC em Carpina-PE.
|
O Prof. Félix Santana ao lado do Sr. Paulo Gontran Ramos
durante
a apresentação final do "Curso de Capacitação em
Bancos Estáticos" no auditório do IAA- CEFEC-Carpina-PE.
|
BRAZILIA N SPACE: Sr. Carlos Oliveira,
recentemente publicamos no Blog uma notícia sobre o CANSAT (veja aqui) que o
CEFAB recebeu a título de apoio do “Galway
– Mayo Institute of Technology (GMIT)” da Irlanda. Como ocorreu toda esta
história?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: O destino não é
uma questão de
oportunidade, é uma questão
de se ter
sorte na escolha
das pessoas predispostas
em ajudar a sua
causa cientifica, dos institutos
federais certos, das universidades
certas, das agências certas, das
empresas certas, e dos
grupos recíprocos que
comunguem a mesma
necessidade para uma
ajuda mútua.
O CEFAB está
diante de novos
desafios e passa
por uma fase
de reposicionamento. Ao longo
dos anos de
inúmeras batalhas e
constantes esperas para
realizar o nosso
humilde trabalho cientifico.
Não basta saber, é
preciso aplicar os conceitos
e conhecimentos como
manda as regras
de gestão, não
basta querer, é preciso
fazer, e fazer
o melhor e
bem feito com toda a segurança.
É nesse conceito
de que o
Prof. Felix, lançou a proposta
desse importante e potencial
empreendimento, a idealização
do nosso 1º projeto
amador á nível
espacial , veículo propelido a
propulsão Híbrida. Com a
mesma filosofia de
pensamento, procuraremos a todo
custo oferecer ao nosso
mentor, a possibilidade
de participação efetiva
na área de
sistema de recuperação
( REC ), sobre o
crivo de suas
analises e determinações.
Eu e o
futuro Engº Paulo Gontran, aprendemos com
este expoente e
outros engenheiros do
CTA-IAE, que não
seria fácil sobreviver
a tantas instabilidades realizando
esse tipo de
atividade, porém gratificante e
compensativa. Para responder
por que as
coisas são assim, tão
difíceis neste Brasil, é
preciso navegar por diferentes
campos minados sobre
a Edge da
não desistência.
Assim, a construção
de nosso Foguete
com essa diversidade
de aspectos mecânicos
simples, se conjuga
com outra: A
necessidade de uma
Carga Útil , que suprisse
a nossa Baía
de Instrumentos. Além do
mais, como duas cabeças
pensam melhor que
uma só, relativo ao
nosso incansável mentor, não o
deixaria sobrecarregado. Não tinha
a certeza ! Mais
desconfiava de que
o professor tinha
mais um coelho
na cartola, para
solucionar definitivamente está
questão Instrumental. Resolvi
por conta própria,
antecipar essa problematização,
jogando com a
sorte, que incrivelmente deu
certo, justamente de onde
jamais acreditei em
ser correspondido. Em
janeiro deste ano, com
toda a munição
de fé disponível,
enviei uma correspondência explicando
toda a situação
da falta de
apoio governamental, inclusive
de que todos
os eventos científicos
nacionais, eram atribuídos
aos esforços dos
professores universitários e para
os grupos autônomos, as
despesas eram assumidas
pelas caixinhas colaborativas
dos associados. Todos os
assuntos questionados pela
Engenheira Eletrônica,
Doutora Emer Cahill , do Instituto
GMIT- ESA Europa, da Irlanda, foram expostos
com descrição e democracia. Ao passo
que após alguns
messes de expectativas, o Sedex,
finalmente bateu a
minha porta, entregando-me de
forma vitoriosa, o
KIT Completo do
“CANSAT”, ( Payload
Beautiful and Necessary).
Kit do CASAT do GMIT da ESA recebido pelo CEFAB. |
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, quais
são agora os planos do CEFAB para este CANSAT e o mesmo já foi nomeado?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Se a
curiosidade existe, porque não
utiliza-la para a formação
de mais grupos
de pesquisas ? Foi assim
que surgiu em 1927, no
auge desta fantasia
e aventura, num subúrbio de Berlim,
a ( VERIN FUR
RAUMSCHFFAHRT –VFR), a Sociedade
para Viagens Espaciais. Formada por
um grupo de
nomes famosos entre
os alemães, e por um
talentoso e desconhecido garoto de 15 anos
de idade, o nosso ícone
maior, Dr. Wernher Von
Braun.
Quantas “
VFR`s” existem no
Brasil que praticam
essa empolgante atividade?
Sempre será uma
ferramenta de natureza
singular, e seus
desdobramentos aprendidos
para os
estudantes e professores,
é capaz de propiciar
uma compreensão integrada, de
todas as sínteses
de conhecimentos.
Convém
lembrar de que
esse importante instrumento é
de todos nos
Brasonautas pesquisadores do
Brasil, que futuramente, após cumprir
sua missão primaria, nos
nossos centros ( CEFEC e
CEGAPA). E como missão
secundária, a sua
disponibilização, para outros
grupos universitários, se assim
o desejarem.
O “ CANSAT” com
já foi mencionado,
será uma ferramenta
singular. É de se
notar de
que a maioria
da coletividade da
ABmf ( BAR), estão ociosos
para serem mais
ativos nos seus
respectivos grupos ! Em
detrimento a essa
condição, que provoca um
desânimo natural já
acometido, e de fácil
superação . O CEFAB
estudará, junto ao
CEFEC e CEGAPA, a possibilidade
em promover uma “
CORRIDA COM BASTÃO DE
CONHECIMENTOS ” , onde o protagonista
será o nosso
“ CANSAT”. Nesse futuro revezamento, entre as
equipes universitárias e
institutos técnicos federais, deverão cumprir
cada um deles , um
período de permanência
do “CANSAT” em
seus laboratórios, para
estudo e levantamento
técnico de todos
os seus componentes
disponíveis. Ao término
de sua missão,
o mesmo será
devolvido para o
CEFAB integralmente, do
grupo companheiro que
penúltimo nos sucederá. O
êxito desta maratona
científica , dependera de quatro
fatores principais: A extrema
responsabilidade na preservação
da integridade de
sua parte física,
a precisão precisa
das datas de
entregas, a interação entre
os órgãos, e o
principal, o sincronismo da
entrega da passagem
deste bastão para
aos mãos dos
gerentes responsáveis em
gerenciar seus estudos
e levantamentos técnicos, em
tempo pré-determinado.
Quando se pensa
na NASA, vem
á cabeça o
calado de um
navio, navegando por uma
constelação de estrelas, cruzando sua
razão social. Uma boa logomarca
de um importante produto, passa imediatamente
a imagem que
o grupo tem, ou quer
fazer crer que possui. É a
minimização da personalidade
do grupo, daí sua importância. Devido a
essa peculiaridade o
grupo CEFAB, devido a
importância do nosso
grande aliado, o
blog de Duda
Falcão, futuro Portal baiano,
nomeamos o nosso “CANSAT”, por
unanimidade absoluta , o batizando
de: “ CANSAT BRAZILIAN SPACE”.
Quem sabe, no futuro, o nosso portal, possa lançar um prêmio na
área da pesquisa
educativas e capitalizar esses bons
fluidos para sua
imagem.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, o
CEFAB tem alguma pretensão em realizar eventos educativos na Bahia junto a
escolas de ensino fundamental é médio? E caso sim, quais seriam esses eventos e
como um escola interessada poderia entrar em contato com este objetivo?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Claro que sim!
A escola é
um dos nossos
alvos pretendidos, no
segmento de um
dos segmentos propostas
dos trabalhos do
plano diretor interno.
É “ OBRIGAÇÃO
“ juramentada , o investimento
dos : Governos Federais,
Estaduais, Municipais, MEC, AEB,
Universidades, Institutos, e principalmente as
Mídias Televisivas, a disponibilização de 10
% do
tempo, em investimentos
de entretenimentos na
divulgação de programas, em
horários nobres , de documentários, produções de filmes científicos, workshop, feiras
de ciências, e
exposições no intuito de
despertar entre os
jovens a importância
e exercício participativo
da tecnologia espacial.
A nossa ideia
complementar do programa,
é agregar a
introdução de um
“Curso Básico de Introdução
as Atividades Espaciais ” , para a
formação de professores e
alunos, e assim, fechar a primeira
parte do ciclo
evolutivo do programa
de recuperação e
revitalização, que tanto
desejamos.
Baseando-se
no completo programa
educativo do CEFEC,
creio que em
breve, estaremos aptos também
em nosso estado, propor junto
a Secretária de
Educação, a introdução
nas escolas realmente
interessadas, este curso preparatório.
A principio o
CEFAB não tem as
condições estruturais e financeiras, para garantir
as realizações de
grandes eventos. No máximo
de nossas limitações,
seminários elucidativos e após
lançamentos preliminares de
foguetes a água
pressurizada, como exercício
principal, o lançamento
do Foguete Sondinha- II.
O modelo de
educação exigida, dentro dos
preceitos dos ensinamentos
do professor Felix,
é baseada em
nove pilares do
aprender fazendo: Teorias
especificas do assunto, dentro
das matérias de
Matemática, física e
química, problematização, contextualização, investigação, construção, testes
e lançamentos.
1ᵒ Seminário de Atividades Espaciais Educativas
realizado pelo CEFAB em outubro de 2008 na Bahia
O Sr. Carlos Cássio Oliveira em 2014 no Campo de
Lançamento da
CETREL, preparando ao lado Sr. Luciano (supervisor de
segurança
do CEFAB) o lançamento do foguete a água pressurizada: " Bezerra-1". |
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, e
quanto à parceria com grupos universitários ou amadores, existe alguma
pretensão do CEFAB neste sentido?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Futuramente Sim! Sem
sombra de dúvida.
Um projeto futuro
de um foguete
padrão da ABmF bem elaborado
por todos, e um “HandBooK”
completo como referencias
standards, representará os interesses
e anseios da
coletividade que estão
se associando. Poderá
ser o nosso
norte verdadeiro, ao procurarmos
por soluções que
se encaixe em
cada necessidade, firmado na
rocha.
O que não
é cabível e
inquestionável a premissa
de que ainda existam
pessoas e grupos
autônomos, que trabalham
no anonimato , sem
as devidas condições
de segurança. Se Deus
é por todos,
quem será contra
aqueles que ainda
não pretendem se
alinhar. Os livramentos
dos acidentes vistos, e
não vistos, é
um ato divino
de que se
devemos agradecer constantemente.
Acima de tudo, o momento atual, e a
situação em que
vivemos, é critica. Sem uma
“REGULAMENTAÇÃO” apropriada
e “HABILITADA” judicialmente, deixa
o objetivo da
atividade frágil e
vulnerável. Devemos tomar
os devidos cuidados
com pessoas suspeitas, que agem
para o insucesso
das missões.
E por fim, romper
o estigma do
passado anterior, que prevalece
ainda inelegível o
espaçomodelismo. O termo
CLANDESTINIDADE designa a
situação atual, em
que os grupos
exercem funções sem
o alvará dos
órgão reguladores, que
coíbe a compra,
armazenamento e manipulação
de produtos químicos
controlados, dentre outros, os
lançamentos de foguetes
mais arrojados no
intuito de atingir
apogeu elevados, e aí
! Os
grandes projetos estão
surgindo, então como fica
as nossas questões
de legitimidade daqui pra
frente??
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, desde
2014 vem sendo realizado na capital paranaense o Festival de Minifoguetes de
Curitiba. Como o senhor enxerga esta iniciativa criada pela UFPR através da
visão e determinação do Professor Carlos Henrique Marchi?
SR CARLOS OLIVEIRA:
As causas educativas
referentes ao exercícios
do ramo puramente
espacial, são defendidas energicamente por
pessoas competentes e
comprometidas com a
nova geração. Méritos de
honras ao incansável
trabalho, dedicado do professor
Carlos H. Marchi e
sua nobre equipe. Essa
singularidade impõe uma gestão
de estratégicas diferenciada
dos demais grupos
participativos, aplicando atitudes
incentivadoras que está
demonstrando, de uma
forma ou de outra, vitoriosa
para o PEB.
A grandeza do
Festival de Minifoguetes
de Curitiba, é inquestionável e
potencialmente necessária,
futuramente creio que será
necessário, realiza-la também,
outras edições nos
outros estados que
desejarem assumir essa
responsabilidade.
Pensemos grande,
comecemos pequeno, e
andemos rápido para
superar os fantasmas
do abstrato e
do atraso que
está incrustrado na
nossa história. Iremos
todos rir futuramente, de algo
que já nos
faz chorar, testemunhando
a cada notícia
publicada no blog,
tantos desleixos, descasos
com o nosso
Programa Espacial Brasileiro – PEB.
É mudando esta
dimensão bizarra, para fazer
o certo, o melhor
para os jovens,
em direção do futuro,
é que nos
se fortalecemos e
seremos uma grande
nação, apta para conquistar
um pedacinho de
céu, ou quem
sabe! A lua, outros
planetas, e as estrelas.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, existe
a pretensão do CEFAB em participar da edição de 2017 deste festival curitibano?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Acompanho
assiduamente pelo blog e
pela mídia este importantíssimo empreendimento científico.
Somente as pessoas,
como prof. Carlos Machi, que
também o conheço de
longas datas, tem
na sua paciência
de fazer com
perfeição, as coisas simples
e que adquirem
a arte de
fazer com facilidade
os desafios difíceis.
Onde quer que
esteja sendo realizado
este evento, sob
o seu comando,
cabe a todos
nos, sob tudo, em
defesa das nossas
convicções científicas, na medida
do possível, estar
presentes, nas próximas edições .
Acima de tudo, existe um fator
preponderante, que
justifique a minha
não presença física nos
eventos anteriores, a
qual todos nos
estamos acometidos e
expostos a tais
limitações. Cada caso
é um caso
a parte, intitula-se
como “ indisponibilidade financeira
“, que na maioria
da vezes, onera
e castra os
nossos planos de
viagem.
Muitas vezes criticamos
o dinheiro malsinado -lhe, a sua
existência como um fator
preponderante em nossas
vidas, no entanto, é lícito observá-lo através da justiça,
de que a
tecnologia e o
logístico, não sobrevive sem
tais investimentos financeiros.
Para 2017 a
minha programação de
ida até o
festival é muito
remota. Caso inverta a possibilidade em
ser ressarcido, angariando
cifras a qual
estou esperando ser
creditado, para suprir
o meu transporte,
estadia e alimentação, a minha
presença é quase
certa.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, outra
competição de foguetes no Brasil já está em curso, ou seja, a COBRUF
(Competição Brasileira Universitária de Foguetes). Qual é a sua opinião sobre
esta nova competição universitária?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Com resultantes positivos,
os anos de
2015 e 2016,
foi um divisor
de águas turvas e
cristalinas na história
da atividade espacial
no Brasil. Nunca brotou
em terrenos férteis, inúmeras sementes
promissoras, tais como á: (
UFF, UVA, UES, PUC-RIO, IFRJ, IFF, UNB, IFG, Gdae-UFC, UEMA, UFPB, UFRN,
INPE, exemplar ITA, UFABC, UNICAMP,
Mackenzie, EP-USP, EESC-USP, UFMG, EPTA-UFU, UNIFEI, UFJF, GFRJ-UERJ,
GFRW-CEFET RJ, UFRJ, IME, UP, UTFPR-CTB, UTFPR-C.P., UTFPR-Londrina,
UTFPR-F.B., GFCS-UFPR, UFRGS, ECSEF-PUC-RS-UFRGS, UNIPAMPA e
finalmente UFSC) .
Vejam bem
senhores! É algo
que orgulho-me! Essa reação
em cadeia sincronizada dos
universitários, despertando sequencialmente de
um período hibernativo, no momento certo, na
hora certa, em que o
PEB está urgentíssimo
necessitando de uma
válvula “ BAY-PASS”.
A de se notar de
que essa erupção
contextual, é do
tamanho de um
sonho que esta
se expandindo, gradativamente para
outras instituições, tudo vale a pena,
quando as suas
almas não sejam
egoístas entre sí, ou simples
palha de fogo
momentânea, simplesmente
nadam e morrem
na praia.
Com esta atitude coletiva louvável,
habilitaremos a nossa
nação rumo ao
espaço. Parabéns a
todos os BRASONAUTAS, o juramento
sedimentado e a
responsabilidades individual de
cada um, de que
nunca recuarão, haja o que
houver.
Sucesso á todos !! Não
é triste mudar
de ideias, triste
é não ter
ideias para mudar
para melhor o
nosso Brasil.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, em sua
opinião ainda existe espaço para criação no país de novos eventos de Foguetemodelismo
e Espaçomodelismo, como por exemplo, eventos do tipo SPACECAMPS?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Evidentemente que
sim! Convém lembrar
que os SpaceCamps, realizados pelo
cientista , visionário, e
amigo Dr. Oswaldo Loureda, diretor
da renomada empresa
Acrux Aeroespace Technologis ,
testificou ser ainda mais,
um exímio empreendedor
da tecnologia espacial educadora.
Após os excelentes
resultados obtidos a
cada SPACECAMP, realizados anteriormente, fica
notoriamente aberto o
precedente, das possíveis
possibilidades de se
ampliar este evento
em outros estados, a
quem despertar com
responsabilidade e decência,
a continuação deste
marco essencial e
significativo. Com o
intuito de desenvolver
na prática, as experiências
que tantos jovens
anseiam em fazer.
Estes
importantes eventos, estimula
a criatividade, o raciocínio, através de
trabalhos em oficina
de montagens, motivando os
professores a participação
mais aprofundada, do
ensino de diversas
aplicações da ciência
espacial, nas suas
respectivas áreas se ensino, através de
um novo enfoque, constatando de
que a atividade
educativa espacial, enseja um
novo processo de
entretenimento de ensino,
altamente motivante , inclusive
para as turmas
de alunos que
contabilizam, as abstenções
nas salas de
aula.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, durante a realização do Festival de
Minifoguetes de Curitiba deste ano, os fogueteiros presentes deram um grande
passo na busca pela legalização Foguetemodelismo no país com a criação da
Associação Brasileira de Minifoguetes (ABMF) ou BAR (Brazilian Association of
Rocketry) na versão em inglês. Em sua opinião como esta nova iniciativa poderá
ajudar no desenvolvimento do Espaçomodelismo no Brasil?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: A tendência indica
de que a
nossa ABmf ( BAR), desenvolverá várias
atividades de caráter puramente científica,
estendendo á todos
os níveis envolvidos
em cada categoria, sejam elas
educativas, experimentais ou
futuramente espaciais, atuando como
geradora de recursos
humanos para o campo
espacial ( PEB).
Para mim, a
missão crucial e
desafiadora da associação, é
descobrir meios de
congregar mais instituições
profissionais, empresas privadas, comunidades
cientificas, a prática da
voluntariedade individual , de
um apoio potencial
e crucial, congregados
aos propósitos e
objetivos da associação,
que terá á
principio gastos elevados
na planilha de
custos, para manter
um programa de
divulgação, ajuda técnica didática
e instrumental ativos,
para todos os
associados, incluindo aqueles
indivíduos que estão iniciando esta
maratona de descobertas
cientificas.
Segundo Dr.
Theodore Schultz, prêmio Nobel
de 1979, afirma: - “ A educação é
o maior investimento do capital
humano. O valor
econômico depende predominantemente da
procura e oferta
da instrução, considerada como
aplicação. Afirma ainda, que
em nações de
alta renda, o que
constitui riqueza, é antes
de tudo a
habilidade do homem, sua formação
profissional, compromisso com o
futuro. No caso brasileiro,
a tal economia
exposta e degradada, não terá
salvação imediata, se não
houver pessoas qualificadas
para impulsionar a
dinâmica do desenvolvimento do país. De
imediato o capital
humano é um
excelente investimento, a longo
prazo” . É só
observar os americanos
e outros países
que detém a
tecnologia espacial,
investiram no passado,
acreditaram, e agora !
Estão colhendo os
frutos plantados numa
geração de jovens que
foram investidos, adubados naturalmente,
com as puras
tecnologias disponíveis.
Enfim, todos nos, juntos
aos objetivos da
ABmF ( BAR), entidade impar, tem
a obrigação fundamental
de congregar os
grupos espaciais brasileiros,
estimulando-os para desenvolver
um caráter educativo
científico, no intuito de
plantarmos também as
nossas sementes, e
garantir que no
futuro daremos bons
frutos em prol da
nação.
BRAZILIAN SPACE: Sr. Carlos Oliveira, para
todo fogueteiro a tecnologia espacial é algo especial que faz parte de sua vida
diária, e para brasileiros como o senhor não deve ser diferente. Como o senhor analisa
o atual estado de descaso governamental com o nosso Programa Espacial?
SR. CARLOS OLIVEIRA:
Eu, Sr. Paulo Gontran, professores
Felix e Carlos
Machi, já estamos
contidos há muito
tempo como tripulantes
efetivos, neste barco da
ciência. Temos plenas
consciências de que
nenhum vento sopra
a favor de
quem não sabe para
onde ir. Não podemos
saber e nem
prever o que espera
o futuro do
PEB, mas podemos
escolher a navegação
correta para fazê-lo
direcionar ao destino
do sucesso.
Por incrível que
pareça, esta semana, fui
acometido de um
questionamento que me
deixou tremendamente preocupado.
Imaginem bem! O problema
é mais sério
do que agente
pensa. A questão
está em volta
da lei 13278/16, que
inclui de forma
obrigatória, as disciplinas
de: Artes Visuais, Dança e Teatro
no Curriculum do ensino
básico. As regras
pressuposta pelo projeto
do governo anterior,
que foi exonerado
definitivamente do cargo, valem
tanto para escolas
públicas e futuramente
particulares, abrangendo os ensinos fundamentais
e médios. Como todas
as regras tem
exceções, sem dirimir as
unidades citadas. A
pergunta fica a
todos: Porque não introduziu nas
escolas, como matérias obrigatórias, os cursos de:
Astronomia, Astronáutica, Robótica,
Eletrônica ?
Como iremos traçar
uma nova rota
para a futura
geração, onde o
nosso país, não investe
corretamente na nova
formação de tendências
futurísticas tecnológicas, aos
professores e alunos?
Engenharia Espacial ! Que
palavras bonitas de
dizer, de exercer,
de projetar, mais
difícil em um
país sem as devidas tradições, onde as
possibilidades de trabalhos
ofertados, são diminutas. Será que a opção
é formar-se, e
após evadir-se para
outro país? Difícil
por que ? Quem são
os culpados? Os pais
e a maioria
da sociedade que
não se mobilizaram
contra o MEC ? Os
próprios estudantes que
ficam 24 horas
nos Whatsapp namorando, perdendo o precioso
tempo ? Ou os professores desatualizados com os antiquados
módulos de ensinos ? Em
fim, será que
a culpa é dos governantes
anteriores, que não investiram
em uma mudança de
visão politica no
intuito de revolucionar e
revitalizar o ensino ?
SIM !...SIM! Esse
sim ! são os
verdadeiros culpados.
Pois é assim,
que eu vejo,
a nossa cultura
em sentido oposto,
sem perspectivas imediatas que
revertam esse quadro
vicioso, a beira de um colapso educacional. Aqui fica
minha última lamentação
e pergunta: E
o futuro onde
fica ?
BRAZILIAN SPACE: Finalizando Sr. Carlos
Oliveira, o senhor teria algo a mais a acrescentar para os nossos leitores?
SR. CARLOS
OLIVEIRA: Sim! O brasileiro sempre se auto definiu, a partir da habilidade de
superar o impossível, a
vitória é uma
consequência, a luta
é constante. E nos contamos
esses momentos quando
se estar para
realizar um exercício
em Alcântara, na
Barreira do Inferno
ou nos campos de
lançamentos em nossos
estados. São os momentos em que
o Brasil, e os
seus pesquisadores, ousa
em mirar para a
direção correta, para o
espaço sideral, na eminência
de quebrar as
barreiras das especulações,
se vai consegui
lançar ou não. Acostumamos a
inúmeras explosões nas
rampas de lançamentos. Tentar romper a
gravidade, esta sendo
difícil e estressantes, quase impossível
em alcançar com os esforços das
próprias mãos. São os
desejos de realizações
das quais mais
orgulhamos de se concretizar, mesmo dos
insucessos, estimulamos a imaginação
de ambas gerações
do passado e
do presente.
Talvez, devamos contentar
por um breve
tempo, com as
proezas magnificas de
Santos Dumont, do
padre Bartolomeu de
Gusmão ou do
nosso astronauta Marcos
Pontes. Na qual ainda somos os
verdadeiros pioneiros de ser o
primeiro a voar com o
14-BIS, onde nossas maiores
realizações, não poderiam
ficar para trás
ou esquecidos no
tempo.
Veja abaixo as outras entrevistas da Série:
1 - Prof.
Alysson Nunes Diógenes da UP (Universidade Positivo de
Curitiba)
2 - Prof.
José Félix Santana do CEFEC (Centro de Estudos de
Foguetes Espaciais do Carpina-PE)
3 - Prof.
Carlos Henrique Marchi da UFPR (Universidade Federal do Paraná)
4 - Sr. Paulo Gontran Ramos do CEGAPA (Centro Gaúcho de Pesquisas Aeroespaciais)
4 - Sr. Paulo Gontran Ramos do CEGAPA (Centro Gaúcho de Pesquisas Aeroespaciais)
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