UFABC Participará de Missão Espacial Brasileira

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (05/10) no jornal “Metro ABC” destacando que a Universidade Federal do ABC (UFABC) participará de Missão Espacial Brasileira ao asteróide triplo 2001-SN263.

Duda Falcão

UFABC Participará de
Missão Espacial Brasileira

Viagem interplanetária será primeira do país,
em parceria com a Rússia Universidade da região
fará dois aparelhos para ida a asteróide

VANESSA SELICANI
vanessa.selicani@metroabc.com.br
Jornal Metro ABC
05/10/2010

O ABC participará da primeira viagem interplanetária do país. A UFABC (Universidade Federal do ABC) será responsável por dois instrumentos de navegação da sonda espacial não tripulada que visitará o asteróide triplo 2001-SN263. A instituição tem até 2015 para planejar e construir um altímetro laser, que auxiliará na navegação da sonda e no mapeamento topográfico do alvo, e um espectrômetro, que analisará a radiação infravermelha irradiada pelo asteróide para determinação da sua composição. A sonda irá demorar cerca de três anos para chegar até os asteróides. O objetivo da missão é encontrar indícios sobre o surgimento do universo e testar aparelhos produzidos no Brasil.

R$ 33 mi
é o valor estimado da
parte brasileira da
missão. Os aparelhos
desenvolvidos pela
UFABC terão custo de
cerca de R$ 1 milhão

A viagem tem parceria russa. Eles serão responsáveis pelo lançamento, comunicação e pela carcaça da sonda. O Brasil terá de equipar o experimento. Unesp e a Unicamp também estão no projeto. Na universidade do ABC, dez alunos e professores participam inicialmente. A missão irá alavancar a qualificação de mão de obra no país para o setor aeroespacial. “Estar neste projeto é um grande passo para a UFABC. Vamos preparar nossos alunos para a área e participar de uma viagem inédita”, afirmou um dos professores participantes, Israel da Silveira Rêgo. A primeira fase para a elaboração dos aparelhos é o desenvolvimento do projeto, que será avaliado por agências de fomento à pesquisa, como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Estrutura

Faltam Laboratórios

André Américo/Metro ABC
Cursos de engenharia utilizam laboratório
multiuso para as aulas práticas

Os pesquisadores da UFABC (Universidade Federal do ABC) terão que utilizar laboratórios da Unicamp para o desenvolvimento dos aparelhos. A universidade da região ainda não tem laboratórios para pesquisa. Eles serão montados no campus São Bernardo, que ainda está em construção. A previsão é que o campus fique pronto em 18 meses e abrigue 3 mil alunos de graduação e pós-graduação. Os dois primeiros prédios da universidade em Santo André ficaram prontos com atraso.

A UFABC foi inaugurada em 2006, utilizando prédios provisórios. Os primeiros alunos passaram por pelo menos três endereços. O Bloco B ficou pronto apenas no final de 2008. Já o Bloco A foi entregue no mês passado, um ano e meio depois do prazo previsto.


Fonte: Jornal “Metro ABC” - pág. 06 - 05/10/2010

Comentário: Como eu disse em meu comentário anterior é preciso cautela com esse tipo de notícia, pois no atual estágio que se encontra o programa espacial (sem comando, sem direção, sem propósito concreto, sem apoio político, um verdadeiro barco sem rumo) notícias como essa geram grandes expectativas na comunidade científica e nos amantes do tema que esperam há anos por algum resultado realmente significativo de nosso programa espacial. Antes de qualquer coisa é preciso que o governo através do MCT/AEB aprove a missão e a inclua no Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). E mesmo assim, não é uma garantia de que a missão venha a ser realizada, já que no Brasil na esfera pública, o que hoje é azul pode-se transformar em vermelho num inacreditável espaço de tempo, e exemplos não faltam no PNAE. Várias missões de espaço profundo (todas em parceria com os Russos) e inclusive uma missão lunar, foram apresentadas ao governo LULA anteriormente e não aprovadas. A mais conhecida delas foi o MCE (Monitor de Clima Espacial) que chegou ao conhecimento público através dos jornais e acabou em alguma gaveta esquecida da burrocracia governamental. Portanto leitor, apesar da inegável importância científica, tecnológica e política da Missão ASTER para o Brasil é melhor ficar com a barba de molho.

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