Agência Espacial Fala em 'Proteger Vida dos Cidadãos'

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (05/10) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando que a Agência Espacial Brasileira (AEB) na pessoa de seu presidente, Carlos Ganem, defende que precisa das terras dos quilombolas para proteger a vida dos cidadãos brasileiros.

Duda Falcão

Agência Fala em 'Proteger Vida dos Cidadãos'

Justificativa oficial é que lançamentos e previsão
meteorológica exigem a ampliação do projeto instalado na região

Tânia Monteiro, Rui Nogueira
Brasília / O Estado de São Paulo
05 de outubro de 2010 - 00h 00

BRASÍLIA - O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, defendeu a ampliação da área em Alcântara, alegando que os 8,7 mil hectares disponíveis hoje são "insuficientes" para a execução de todas as tarefas atribuídas ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) - como o lançamento de foguetes e rastreamento e previsão de condições meteorológicas.

Para Ganem, a atividade espacial tem de ser caracterizada como "atividade de Estado", para que os recursos não fiquem estritamente dependentes das decisões do governo.

"Ficar sem dados meteorológicos pode ser a diferença entre uma colheita virtuosa e uma completamente perdida, causando prejuízo de milhões aos agricultores e ao País. Além disso, as 108 mortes de Santa Catarina (em 2008), que tanto nos assustaram, poderiam ter sido evitadas ou minimizadas, se tivéssemos satélites desenvolvidos e lançados que nos repassassem essas informações preventivas", justificou Carlos Ganem.

"Proteger a vida de cidadãos que estão à mercê de condições previsíveis é questão de segurança nacional", acrescentou.

Benefícios - Segundo Ganem, a população de Alcântara está se beneficiando com a atividade econômica gerada pelo projeto.

A região, diz, poderá se tornar um pólo de desenvolvimento, como é hoje São José dos Campos, no interior de São Paulo, que virou um centro da indústria aeronáutica brasileira.

A própria Aeronáutica, que ocupa a região desde a década de 80, lembra que tem executado diversos projetos de apoio à população. O Centro de Lançamento foi responsável pela construção do porto flutuante de embarque e desembarque de passageiros na sede do município de Alcântara, em 2002.

Além disso, informa, gerou empregos diretos e indiretos com a operação do centro, incrementando a economia local em cerca de R$ 5 milhões anualmente. A prefeitura de Alcântara, por exemplo, recolheu R$ 350 mil com o ISS pago pelo centro.

Ao defender a adoção completa do projeto, o presidente da agência lembrou que, para cada dólar investido em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), são gerados outros US$ 4 na economia da região. Ele citou ainda que em Kourou, na Guiana Francesa, que é responsável por 52% dos lançamentos de veículos para cargas, como satélites e outros, a realidade da região mudou com os investimentos na preservação da cultura local.


Fonte: Site do Jornal O Estado de São Paulo - 05/10/2010

Comentário: Ora senhor Ganem, vamos parar com essa conversa mole de que o governo não lançou um satélite meteorológico até hoje por conta dessa confusão com os quilombolas ou que o sistema meteorológico do pais esta afetado por conta disso, uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que aconteceu em Santa Catarina foi incompetência e irresponsabilidade governamental pela falta de um sistema meteorológico mais confiável. Para tanto senhor Ganem, todo mundo sabe que é necessário um satélite que pode ser lançado de qualquer parte do mundo e não necessariamente de Alcântara. Vale lembrar que até o momento nem sequer um projeto de satélite concreto existe. Portanto, deixe de conversa fiada. Não resta dúvida e o blog BRAZILIAN SPACE reconhece e defende a necessidade da saída das comunidades quilombolas da região, desde que seja feita dentro da legalidade e da moral, sem truculência. Afinal antes de tudo deveria estar o respeito ao ser humano.

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