Brasil Começa a Produzir Tanque de Combustível Para Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma noticia muito interessante postada hoje
(19/06) no site “Inovação Tecnológica” destacando que através do esforço de
engenheiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Brasil começa a
produzir tanque de combustível para satélites.
Duda Falcão
ESPAÇO
Brasil Começa a Produzir Tanque
de Combustível Para Satélites
Redação do Site Inovação Tecnológica
19/06/2018
[Imagens: IPT/Divulgação]
A chapa sendo inserida na prensa de conformação
superplástica a quente. O gás argônio é injetado de
baixo para cima, fazendo a
chapa conformar-se ao
molde (parte superior).
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Propulsão de Satélites
Engenheiros do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas),
em São Paulo, estão ajudando a desenvolver os primeiros protótipos de tanque de
combustível daquele que poderá se tornar o primeiro sistema de propulsão de
satélites totalmente fabricado no Brasil.
O projeto, financiado pela FINEP, é fruto de uma proposta
da Agência Espacial Brasileira (AEB) e está sendo realizado pelo IPT e
pela startup Fibraforte, uma empresa emergente do setor
aeroespacial sediada na cidade de São José dos Campos (SP).
A FINEP e a AEB selecionaram, em 2015, cinco empresas
brasileiras em diferentes áreas de conhecimento para transferência de
tecnologia pela empresa vencedora da concorrência internacional para fornecer
o Satélite
Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), a Thales
Alenia Space. A Fibraforte foi uma delas, dentro de um contrato na área de
propulsão para satélites.
Um satélite é composto tipicamente de um corpo básico
(também conhecido como bus), no qual se encontram as baterias, os
painéis solares, os circuitos de telemetria e a parte de propulsão, e a carga útil,
composta pelos equipamentos que compõem a missão, como câmeras, sensores e
experimentos científicos. O projeto da Fibraforte se concentra no bus.
Tanque de Titânio
O subsistema de propulsão de um satélite é composto de
uma série de elementos, como motores, válvulas, sensores, transdutores de
pressão e o tanque de propelente líquido - esta é a seção que está sendo
aprimorada agora.
O tanque é o reservatório de armazenamento embarcado no
satélite, projetado para uma capacidade volumétrica de acordo com a missão
programada. É um dos componentes mais sensíveis do sistema porque ele deve ser
o mais leve possível e aguentar a maior pressão para uma determinada carga.
A equipe já conseguiu chegar a um tanque que usa apenas
3,3 quilogramas (kg) de titânio, abaixo dos 4 kg previstos no projeto - o
titânio foi selecionado por ser o material mais usado pela indústria
internacional.
"O tanque proposto deve armazenar 30 quilogramas de
combustível com um volume total de 40 litros: o objetivo é construir um modelo
que suporte altas pressões, mas tenha paredes muito finas e pouco peso,"
explicou André Ferrara Carunchio, pesquisador do IPT.
Hemisfério do tanque já pronto, depois de retirado o
molde.
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Os dois hemisférios do tanque esférico estão sendo
construídos pelo método de conformação superplástica. E o IPT já possui os
equipamentos para isso. "Antes do início da produção dos modelos no Núcleo
de Estruturas Leves, estávamos empregando uma técnica desenvolvida na própria
empresa, mas que demandava muito tempo para finalização das peças: cada casca
demorava uma semana para ser fabricada," contou Luis Felipe Pini, da
Fibraforte.
Agora, até quatro modelos estão sendo construídos por
dia.
"Após a chapa ser inserida na máquina, aplica-se o
gás argônio sob pressão na sua face inferior, o que a força ao encontro de uma
matriz fêmea, conformando a peça," explicou André. A pressão deve ser
controlada para garantir uma taxa de deformação constante, fazendo com que o
processo ocorra em regime superplástico - isso torna possível atingir grandes
deformações sem a ruptura do material.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Bom leitor, se esta noticia não estiver sendo
dourada em excesso como de costume, especialmente pela mesma esta sendo ligada
ao projeto do inseguro trambolho francês SGDC-1, realmente é uma noticia muito
bem vinda, já que toda tecnologia espacial desenvolvida no país é sempre uma
benção, apesar do farto histórico no PEB de desprezo dessas tecnologias em
favor da tecnologia estrangeira (vide o Projeto SIA refletida no agora Projeto
Alemão do VLM-1), seja por estupidez, falta de visão ou mau caratismo.
Entretanto se verdade for como diz a matéria acima, é realmente um avanço muito
bem vindo.
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