Pesquisadores Colombianos Desenvolvem Motor-Foguete Líquido Para Veículo de Apogeu Estratosférico
Olá leitor!
A expectativa dos pesquisadores da PUA é de que o desenvolvimento e a otimização de seu próprio propelente líquido servirão como base para missões posteriores com maior apogeu, até que consiga consolidar um veículo capaz de colocar um objeto na órbita da Terra. Saiba mais lendo ‘paper’ pelo link acima.
Pois é leitor, enquanto o Brasil patina em sua própria estupidez, falta de visão e incompetência, mais um país sul-americano entra na briga na área de foguetes, visando com isto no futuro ter o seu próprio lançador orbital. É claro que os colombianos ainda estão no começo de um trabalho que precisará de muitos anos ainda para obter resultados significativos, porém demonstra com isso já ter uma chama acessa entre seus pesquisadores.
Quem sabe esse artigo possa interessar a diretoria da nossa Brazilian Association of Rocketry (BAR) a ponto dela fazer um convite oficial ao pessoal do "Proyecto Uniandino Aeroespacial (PUA)", para que eles participem de alguma forma do próximo Festival Brasileiro de Minifoguetes 2019.
Visitando a página da “7th European Conference For Aeronautics and Space Sciences (EUCASS 2017)” descobrir um interessante ‘paper’ apresentado nesta conferencia pelos pesquisadores
colombianos Florián
Andrés (Engenheiro Mecânico da Universidade de los Andes), Urrego P.J.
Alejandro (Professor Associado da Universidade de San Buenaventura) e Rojas Fabio (Professor Associado da Universidade de los Andes), todos eles de Bogotá, na Colômbia e ligados
ao “Proyecto
Uniandino Aeroespacial (PUA)” da Universidade de los Andes.
Pois é então o tal ‘paper’ em questão
foi intitulado “Design, Manufacture, Assembly and Testing of a Liquid (LOX and Gasoline) Rocket Motor For a Vehicle With Stratospheric Apogee in Colombia: The SUA II Engine”, ou seja, esses
pesquisadores colombianos estão trabalhando no desenvolvimento e teste de um motor-foguete
líquido denominado de “SUA II” movido a oxigênio líquido (LOX) como oxidante e
gasolina como combustível, para fazer parte de um mix de vários
estágios de um veículo com apogeu estratosférico de propulsão sólida e líquida,
fabricado e montado com um orçamento muito limitado e usando métodos locais, recursos
e indústrias disponíveis na Colômbia.
Ainda segundo o ‘paper’, este Motor-Foguete SUA II
é um motor líquido de segunda geração, projetado para fazer parte do primeiro
estágio de um foguete de combustão química (o AINKAA VI), que consiste em duas etapas, sendo um motor de
propulsão sólida e um motor de propulsão líquida respectivamente, e que está em
processo de desenvolvimento, estudo e construção desde 2011 pelo “Projeto Uniandino Aeroespacial (PUA)”. Apesar
deste foguete está em um estado bastante avançado de design e construção, ainda
há muitos problemas pendentes a serem resolvidos em telemetria, controle,
condicionamento, testes e lançamento de uma possível missão, neste caso com
alcance estratosférico. Sendo assim, é neste cenário quando surge a necessidade
de reprojetar uma otimização do estágio líquido do AINKAA VI, o que resulta na necessidade do desenvolvimento desse Motor-Foguete
SUA II.
Vale dizer que o Motor- Foguete SUA II
de segunda geração foi desenvolvido a partir do Motor-Foguete PUA-1L-6S-2000N que foi projetado e construído pela primeira vez
em 2011 por pesquisadores de PUA e, posteriormente, devido a falhas
e problemas de design, diferentes projetos de pesquisa propuseram mudanças construtivas.
AINKAA VI
O Motor-Foguete SUA II foi projetado para ser o
primeiro estágio do foguete AINKAA VI,
foguete este de dois estágios com alcance estratosférico (+12 km a.s.) em desenvolvimento desde 2011 pelo PUA. O segundo
estágio deste veículo será composto por um motor
de combustível sólido (tipo candy) Kappa Delta Uniandes, desenvolvido pelo
mesmo grupo de pesquisa.
O AINKAA VI é proposto
como um veículo de baixo custo desenvolvido e montado completamente com técnicas
e métodos de fabricação disponível no mercado colombiano. Este veículo também
pretende tornar-se o primeiro foguete de propulsão líquida colombiano a atingir
uma altitude estratosférica.
Renderização gráfica do foguete AINKAA VI com seus dois
estágios.
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A expectativa dos pesquisadores da PUA é de que o desenvolvimento e a otimização de seu próprio propelente líquido servirão como base para missões posteriores com maior apogeu, até que consiga consolidar um veículo capaz de colocar um objeto na órbita da Terra. Saiba mais lendo ‘paper’ pelo link acima.
Pois é leitor, enquanto o Brasil patina em sua própria estupidez, falta de visão e incompetência, mais um país sul-americano entra na briga na área de foguetes, visando com isto no futuro ter o seu próprio lançador orbital. É claro que os colombianos ainda estão no começo de um trabalho que precisará de muitos anos ainda para obter resultados significativos, porém demonstra com isso já ter uma chama acessa entre seus pesquisadores.
Quem sabe esse artigo possa interessar a diretoria da nossa Brazilian Association of Rocketry (BAR) a ponto dela fazer um convite oficial ao pessoal do "Proyecto Uniandino Aeroespacial (PUA)", para que eles participem de alguma forma do próximo Festival Brasileiro de Minifoguetes 2019.
Duda Falcão
Oi Prof.Marchi.
ResponderExcluirEssa idéia do Duda é muito boa.
Pense nela e abraços !
Gontran