2018 - O Que Esse Ano Ainda Reserva Efetivamente Para o PEB ?
Olá leitor!
Muito de vocês leitores do Blog como eu também devem
está preocupados com o futuro do Programa Espacial Brasileiro (PEB), e diante
disto devem está se perguntando o que o ano de 2018 ainda reserva de concreto
para as atividades espaciais do país, né verdade?
Bom leitor como todos sabem, o país vive neste momento um
caos politico e econômico que não ajuda em nada as atividades espaciais
brasileiras graças a estes vermes populistas de merda que infestam a classe
politica deste Território de Piratas, espelho de sua própria sociedade,
corrupta, egocêntrica e hipócrita.
Nanosatélite ITASAT-1. |
Entretanto mesmo vivendo este caos, e tendo um órgão
pífio comandado por um tremendo banana incompetente, as expectativas das ações
governamentais do ano na área espacial no Brasil giram em torno do lançamento
do “Nanosatélite ITASAT-1”, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pela
empresa americana SpaceX, do lançamento do “Nanosatélite NanosatC-Br2”, por um
lançador ainda a ser definido (este um projeto do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais- INPE e da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM) e
por ultimo, na área de foguetes, a realização da tão aguardada “Operação
Mutiti”, que visa o lançamento de um foguete VS-30 da Base de Alcântara com
experimento científicos e tecnológicos.
Plataforma
de serviço e módulo de cargas úteis do NanosatC-Br2. |
Bom leitor quanto ao lançamento do “Nanosatélite
ITASAT-1”, o mesmo já se encontra pronto no ITA e no aguardo do sinal verde da
empresa SpaceX para ser embarcado para os EUA, e segundo o ultimo “United
States Commercial ELV Launch Manifest”, de 08 de junho de 2018, este lançamento
está previsto para ocorrer em Setembro deste ano através de um foguete Falcon
9, coisa que sinceramente não acredito.
Quanto ao lançamento do “Nanosatélite NanosatC-Br2”
leitor, fui informado em maio deste ano que finalmente a nossa pífia Agencia
Espacial de Brinquedo (AEB) liberou recentemente os recursos necessários para o
seu lançamento, lançamento este que deve ocorrer este ano através de um
lançador ainda a ser definido.
Já quanto à esperada e atrasada “Operação Muititi”
(deveria ser realizada em 2017) a expectativa do Instituto de Aeronáutica e
Espaço (IAE), segundo foi divulgado em maio passado em nota do Instituto de
Estudos Avançados (IEAv), é de realiza-la em julho deste ano. Porém caro leitor,
vale aqui lembrar uma máxima do PEB há décadas, ou seja, de que a “única coisa
certa no PEB é que não há nada certo”.
Esta operação consistia inicialmente no lançamento do CLA
do foguete VS-30 V14, e nesse voo seria levada pela primeira vez ao espaço a
carga útil PSR-01 (Plataforma Suborbital de Reentrada) que eu desconfio que seja a mesma Plataforma
Suborbital de Microgravidade (PSM) desenvolvida pela Orbital Engenharia e que tenha
mudado de nome, na qual seriam embarcados experimentos do ITA, do INPE, da UEL
e do IAE.
Entretanto leitor, segundo o “Relatório de Atividades
2016-2017” do instituto, em virtude do calendário e das limitações orçamentarias,
conhecidas e recorrentes no PEB, ficou decidido, pelos coordenadores das
diversas áreas envolvidas nesta missão, priorizar a utilização de componentes já
disponíveis no IAE e, na medida do possível, minimizar a contratação de
materiais e serviços. Porém assim mesmo, fazia-se necessária a contratação da
usinagem de alguns componentes do VS-30 e da PSR-01, bem como da manutenção da
infraestrutura necessária ao carregamento do motor S30.
Ainda segundo o relatório, os recursos necessários para
esta “Operação Mutiti" seriam provenientes da nossa Agencia Espacial de Brinquedo
(AEB), isto por meio de um “Plano Orçamentário” especifico para o desenvolvimento de veículos
suborbitais. No entanto, o corte no orçamento
ocorrido no primeiro semestre de 2017 reduziu em aproximadamente 44% os recursos
financeiros originalmente previstos.
Assim sendo, apesar deste cenário inegavelmente de total
descaso governamental, tentou-se obter recursos por meio do Convenio n°
001/2016 firmado entre o IAE e a FUNCATE que, previa o apoio da FUNCATE ao IAE,
por meio de recursos captados junto ao DLR alemão, mas infelizmente, a Controladoria
Geral da União (CJU) emitiu um parecer desfavorável ao uso desse Convenio.
Porém em dezembro de 2017, após uma série de dificuldades
que esta missão (em hipótese nenhuma) não deveria enfrentar, finalmente o IAE conseguiu
firmar o Convenio n° 001/2017 para assim ter o apoio da FUNCATE na gestão
administrativa e financeira da execução do projeto “Foguetes Suborbitais de
Pesquisa e Plataformas de Reentrada & Experimentos Científicos e Tecnológicos”,
para o qual então a AEB repassou recursos que permitirão a realização da “Operação
Mutiti“ em julho de 2018.
No entanto leitor é preciso dizer que diante da baderna
em que vivemos, cercado por incompetência, falta de brasilidade e mal caratismo
de alguns que militam em cargos gestores do programa espacial, as ações de
inteligência estrangeira dentro de São José dos Campos e de todas as
instalações de apoio logístico, científico e tecnológico do PEB, passa a se
tornar algo de realmente preocupante para esta nova missão brasileira, tanto
que talvez este tenha sido o fator responsável pelo insucesso das ultimas duas
missões realizadas em Alcântara, ou seja, a “Operação São Lourenço” da missão
do "VS40M/SARA Suborbital -1" que explodiu misteriosamente ainda na plataforma de
lançamento, e da “Operação Rio Verde”
que, apesar de ter obtido resultados parciais em alguns dos seus experimentos, em
outros (eram 8 experimentos científicos e tecnológicos abordo do foguete,
alguns deles ligados ao desenvolvimento de tecnologias sensíveis) não obtiveram
os resultados esperados, isto devido a falha do foguete VSB-30 que curiosamente
não atingiu o apogeu previsto.
Diante desta suspeita de ação estrangeira danosa que, é preciso salientar, não
é nada de estranho neste universo de alta tecnologia espacial, e que deveria
estar neste momento sendo combatida com eficiência por um sistema de
contra-inteligência, em minha opinião a “Operação Mutiti” passa a ser novamente
um possível alvo dessas ações de nações hostis aos interesses espaciais do
país, principalmente após a divulgação de que um dos experimentos que estará
abordo desta missão é de aplicação dual (civil e militar). Ou seja, trata-se do
experimento ACELERA (Unidade de Medição Acelerométrica), um laboratório
portátil, remoto e autônomo desenvolvido pelo do Instituto de Estudos Alcançados
(IEAv), e que na realidade é composto por três acelerômetros de fibra óptica,
um deles baseado em tecnologia de grades de Bragg em fibra óptica que é capaz
de medir acelerações em três eixos ortogonais, enquanto outros dois baseiam-se
em tecnologia de macrocurvatura em fibra óptica e, com diferentes topologias,
serão utilizados para medir aceleração no eixo longitudinal do foguete. Em
outras palavras leitor, tecnologias sensíveis que certamente chamará a atenção
das nações que não querem o desenvolvimento espacial brasileiro.
O experimento ACELERA do IEAv. |
Bom leitor, essas são as ações efetivas no PEB para este
ano de 2018, pelo menos assim se espera, porém sem esquecer aquela máxima já
citada neste artigo, até porque duas delas dependem de decisões estrangeiras e
uma de um governo nada comprometido.
Duda Falcão
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