Simpósio de Observação da Terra Promove Troca de Conhecimento Sobre Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada ontem (12/06) no site da “Força
Aérea Brasileira (FAB)” destacando que o “Simpósio de Observação da Terra”
promove troca de conhecimento sobre satélites.
Duda Falcão
TECNOLOGIA ESPACIAL
Simpósio de Observação da Terra Promove
Troca de Conhecimento
Sobre Satélites
O evento reúne militares e civis interessados no
setor espacial
Por Aspirante Carlos
Balbino
Revisão: Maj Alle
Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 12/06/2018 20:30
Fotos:
Cabo Feitosa/Cecomsaer
Compartilhar conhecimento, trocar
experiências, gerar cooperação e sinergia na área espacial. Isso foi o que
motivou a realização do Simpósio de Observação da Terra, iniciado nesta
terça-feira (12) no Grupamento de Apoio do Distrito Federal (GAP-DF), em
Brasília (DF).
O evento, que vai até esta
quarta-feira (13) e é organizado pela Airbus Space, teve como convidados
militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força
Aérea Brasileira (FAB), além de civis integrantes de instituições
governamentais interessadas na implantação de projetos de sensoriamento remoto
ótico.
Durante dois dias os participantes
terão a oportunidade de analisar o panorama nacional das capacidades de
sensoriamento remoto ótico, comparar a situação do país com o restante da
América do Sul, analisar os benefícios da aquisição de um satélite nacional
para o monitoramento de imagens e esclarecer dúvidas relacionadas à
viabilização do projeto.
A abertura do simpósio contou com a presença do
Ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, que participou da
implementação do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) quando ainda
integrava o Ministério da Defesa. O Ministro falou sobre a importância de se investir
em um sistema de sensoriamento remoto ótico de alta definição no Brasil. “Esse
sistema, a exemplo do SGDC [Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
Estratégicas], tem que ser dual, ou seja, tem que ser militar e civil. Essa é a
fórmula que gera resultados e que permite uma utilização plena da capacidade e
possibilidade de um equipamento tecnológico como esse”, defendeu.
Ao garantir apoio ao desenvolvimento do projeto, Raul
Jungmann lembrou que a falta de um sistema como esse causa impacto financeiro
no país. Segundo ele, atualmente, o gasto anual com a importação de imagens de
alta definição feitas no exterior é de cerca de 100 milhões de dólares. “Se nós
observarmos pelo prisma que seria a aquisição de um sistema como o Carponis-1
isso teria um custo inicial de aproximadamente 80 ou 90 milhões de reais”,
complementou.
Autoridades do setor aeroespacial
apontaram, além da economia, outros benefícios como a qualidade das imagens e o
sigilo de informações, essenciais para a garantia da soberania nacional. O
Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar que preside a Comissão de
Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), no entanto, frisou que
o projeto necessita de parcerias para que se torne viável. “Hoje não temos um
satélite bom para imagem. É preciso que haja entendimento dos demais órgãos
públicos da importância dessa tecnologia para inverter o processo: fornecer a
imagem e não comprá-la”, afirmou.
Experiências Internacionais
Para exemplificar as vantagens do uso
do sistema, durante as palestras, a experiência de outros países na exploração
de satélites de monitoramento de imagens foi compartilhada por integrantes de
agências espaciais internacionais, que já investem no uso da própria
tecnologia. O representante da Agência Espacial Francesa (CNES), Henri
Roquefuil, destacou as características do satélite usadas para subsidiar áreas
que envolvem serviços de segurança e organizações nucleares. “O programa dual
ajudou a compartilhar custos e ter economia em escala. É um instrumento também
de cooperação e permite integrar tecnologias”, explicou.
Para o representante da Agência
Espacial Peruana (CONIDA), Gustavo Henriquez Camacho, a tecnologia empregada no
sistema satelital peruano, provavelmente, é o que há de mais
avançado no país. “Usamos as imagens para detectar deslizamentos de terras,
para identificar locais vulneráveis em rodovias, simular a atividade de
vulcões, identificar áreas de cultivo. Tudo isso gera um impacto social. Houve
muitos questionamentos durante a implementação pela falta de informação, mas,
ao explicarmos o funcionamento do satélite, 99,1% das pessoas ouvidas em
pesquisas encomendadas reconhecem que o uso é muito importante”, garantiu.
A previsão é de que o satélite ótico
brasileiro entre em operação em 2021. O acesso ao banco de dados será gratuito.
Apenas 10% das imagens serão de uso restrito.
Durante o evento, os participantes
tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Operações Espaciais (COPE),
unidade onde futuramente ficarão as instalações definitivas de controle e
monitoramento dos novos satélites.
Carponis-1
O Carponis-1 é o primeiro satélite de
sensoriamento remoto de alta resolução espacial brasileiro. O Brasil pretende
colocá-lo em órbita entre 2021 e 2022. O satélite faz parte de uma das constelações
do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa
Espacial Brasileiro.
Atualmente, o Brasil dispõe de
imagens providas pelo satélite sino-brasileiro CBERS-4, no qual o melhor
instrumento a bordo é uma câmera chinesa que pode somente prover imagens preto
e branco com resolução máxima de cinco metros. O satélite Carponis-1 tem capacidade
de gerar imagens coloridas com resolução igual ou menor a um metro. Isso quer
dizer que o equipamento tem capacidade para gerar imagens com mais qualidade,
nitidez e precisão. Imagens de alta resolução são essenciais para atender as
demandas de diversos órgãos públicos brasileiros que, por vezes, devem recorrer
a aquisição de imagens de satélites comerciais estrangeiros de maneira
individual.
Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)
O satélite Carponis-1 tem capacidade de gerar imagens coloridas com resolução igual ou menor a um metro. Isso quer dizer que o equipamento tem capacidade para gerar imagens com mais qualidade, nitidez e precisão.
ResponderExcluirno campo de Satélites o Brasil está bem e vem melhorando cada vez mais, o que está muitíssimo atrasado é em relação aos nossos lançadores de Satélites, esperamos que o nosso VLM-1 venha nos presentear com o nosso 1° Lançador com sucesso.