Olá, leitor!
Segue abaixo a notícia "Projeto do nanossatélite SPORT entra em fase final de testes", publicada no site da AEB, no dia 11/12/2020.
E pensar que em 2016/2017, quando o projeto foi levado a AEB, pois a Nasa exigiu que o envolvimento da nossa Agência, a antiga gestão da AEB, com a sua fixação em não deixar faltar recursos para o CBERS, criou as maiores dificuldades para apoiar o projeto...
O interessante é ver vários bajuladores da antiga gestão da AEB, que aplaudiam as sabotagens dentro da Agência ao projeto, inclusive para assumir funções de chefia na referida autarquia, posando na carona do projeto.
Parafraseando o ditado: "Filho feio não tem pai, mas filho bonito tem até duas mães".
Se não fosse a atuação resiliente e obstinada do Dr. Loures, que já havia sofrido algo parecido com o ITASAT-1, talvez esse importante projeto não tivesse chegado ao ponto em que está.
Boa sorte ao SPORT e parabéns àqueles que lutaram para trazê-lo para o Brasil.
Saudações!
Rui Botelho
(Brazilian Space)
Projeto do nanossatélite SPORT entra em fase final de testes
O CubeSat de aproximadamente seis quilos servirá a estudos sobre a formação de bolhas de plasma na região da atmosfera situada entre 50 e 600 quilômetros
Coordenação de Comunicação Social
11 de Dezembro de 2020 às 09h59
Fonte: www.gov.br/aeb
A missão SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task), que foi selecionada entre projetos apresentados à Nasa para financiamento, é uma iniciativa do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - os dois últimos autarquias vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A missão contempla o projeto de um CubeSat 6U e entra em sua fase final de testes com o ensaio do Modelo Térmico, que tem como objetivo validar o projeto térmico do satélite representado numericamente.
Este modelo é composto pela estrutura real do satélite, alguns equipamentos reais do Modelo de Engenharia e alguns dispositivos de aquecimento, que simulam o comportamento de equipamentos termicamente mais relevantes. O modelo segue, então, para o centro de uma câmara de termovácuo, onde são simuladas as condições do ambiente espacial em termos de temperatura, pressão, carga térmica e radiação absorvida pelas superfícies do satélite. O teste será realizado no Laboratório de Integração e Testes do INPE.
A câmara de termovácuo funciona com vários sensores que são ligados por cabos. Estes cabos são ligados em várias partes do modelo e levados para fora da câmara, onde são feitas as medições por dispositivos eletrônicos. Em seguida, é realizado um alto vácuo na câmara, expondo o modelo a temperaturas que podem variar entre -196°C a 150°C, representando, assim, as diferenças climáticas do espaço provenientes do aquecimento do Sol e quando o equipamento se encontra em penumbra.
Por fim, o modelo é submetido ao ciclo térmico, quando é exposto a condições de temperatura variável, que representam a operação do satélite em órbita. Durante todo o ensaio, os dados de temperatura são coletados, tanto internamente nos equipamentos, quanto na superfície do modelo, que serão depois comparados com o modelamento térmico já realizado pelo ITA.
“O satélite SPORT é extremamente complexo, talvez o pequeno satélite mais completo do mundo nesta área de clima espacial pelo número de medidas que irá realizar simultaneamente. Além disso, a quantidade das medidas que estarão sendo enviadas para a Terra por segundo constituiu um grande desafio, tanto em termos de fornecer a solução técnica para que este fluxo de dados ocorra, como pela energia que é requerida para suprir o satélite para isso. O SPORT pode ser pequeno, mas é extremamente avançado”, ressaltou o professor Doutor Luís Loures, gerente da participação brasileira no projeto e professor no ITA.
Esta fase de testes deve ser finalizada em meados de 2021, com a realização de uma revisão de projeto (Flight Readiness Review) e o envio do satélite para a Nasa, sendo o próximo passo a colocação em operação da estação de comando terrestre do projeto. O lançamento do SPORT está previsto para o final de 2021 ou início de 2022.
Qual o objetivo do CubeSat?
Bolhas de plasma são também conhecidas como bolhas ionosféricas devido à área espacial de ocorrência, a ionosfera - região da atmosfera que abrange o início da mesosfera e o final da termosfera (entre 50 e 600 quilômetros). São as principais fontes de falhas na transmissão de ondas eletromagnéticas usadas nas telecomunicações via satélite.
Essas bolhas são regiões onde ocorre grande refração do plasma ionosférico, o que provoca a interferência nos sinais dos satélites de telecomunicações, sendo uma anomalia típica da região tropical e mais forte sobre a região brasileira.
Fonte: www.gov.br/aeb
Olá Prof. Rui Botelho e leitores do BS!
ResponderExcluirComo já havia dito em um de meus comentários, tá aí a notícia oficial. Isto comprova a seriedade de como este projeto está sendo conduzido pelos players envolvidos (ITA / INPE / NASA e algumas universidades americanas) além de servir como exemplo pra NASA de que é possível no Brasil conduzir um projeto internacional conjunto com compromisso e dentro que foi acordado. Que bom, quero aqui parabenizar a todos envolvidos nesse projeto. Avante Sport.
Duda Falcão
Este é um exemplo de quando sonhar alto vale a pena, foram muitos os que contribuíram desde os primeiros contatos em 2014 com uma visita a convite do NASA ao Dr. James Spann no Marshall Space center em Huntsville Alabama até a parceria firmada com pesquisadores, universidades o ITA e INPE sendo essencial a resiliencia de seus coordenadores em cada instituição para construir esta parceria do SPORT entre Brasil e EUA na pesquisa de clima espacial, parabéns a todos, orgulho de ter feito parte da equipe com tantos pesquisadores visionários e entusiastas como o Dr Loures em 2014 e 2015, o sucesso da missão será um farol para outras pesquisas e pesquisadores de nossas instituições. Abraços Duda parabéns pelo seu trabalho de divulgação e informação científico espacial!
ExcluirSe não fosse a atuação resiliente e obstinada do Dr. Loures, que já havia sofrido algo parecido com o ITASAT-1, talvez esse importante projeto não tivesse chegado ao ponto em que está.
ResponderExcluirBoa sorte ao SPORT e parabéns àqueles que lutaram para trazê-lo para o Brasil.
Esse é um exemplo claro de quando sonhar alto vale a pena, foram muitos os que contribuíram desde os primeiros contatos em 2014 com uma visita ao Dr. James Spann a convite da NASA no Marshall Space center em Huntsville Alabama até a parceria firmada com pesquisadores do INPE, ITA , NASA, universidades americanas, sendo essencial a resiliencia de seus coordenadores em cada instituição para construir esta parceria do SPORT entre Brasil e EUA na pesquisa de clima espacial, parabéns a todos, orgulho de ter feito parte da equipe com tantos pesquisadores visionários e entusiastas em 2014 e 2015, o sucesso da missão será um farol para outras pesquisas e pesquisadores de nossas instituições. Parabéns a todos!
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