Nanosatélite SERPENS-1 Cumpre Missão e Desintegra na Atmosfera
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota da postada hoje (06/04) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Nanosatélite SERPENS-1 cumpriu
sua missão e se desintegrou na atmosfera.
Duda Falcão
Nanossatélite SERPENS Cumpre
Missão e Desintegra na Atmosfera
Coordenação de Comunicação Social (CCS)
06/04/2016
Foto: Divulgação/Universidade de Vigo
Local estimado da reentrada. |
Durante seis meses no espaço, tempo programado para
cumprir sua missão, o nanossatélite transmitiu dados ambientais, como
temperatura, umidade e velocidade dos vento.
O satélite nacional de pequeno porte SERPENS, sigla para
Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites,
apoiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) desintegrou-se completamente ao
reentrar na atmosfera da Terra, sobre o Oceano Atlântico na madrugada do dia 27
de março.
Os últimos sinais do SERPENS foram recebidos pela equipe
da Universidade de Vigo na Espanha, parceira internacional do projeto, que
também foi a última a decodificar os sinais do satélite, um dia antes da
reentrada na atmosfera. Em seis meses de operação, o nanossatélite forneceu
mais de 150 mil pacotes de telemetria, mais de 700 acessos de comunicação e fez
mais de três mil voltas ao redor da Terra.
Em órbita, o satélite realizou sua missão, ou seja,
coletou dados ambientais em uma plataforma de baixo custo desenvolvida com a
participação de estudantes brasileiros. O principal objetivo do projeto SERPENS é capacitar recursos humanos e consolidar os novos cursos de engenharia
aeroespacial brasileiros.
O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, afirmou
que o SERPENS é um dos principais projetos apoiados pela a AEB, o qual busca
incentivar a atuação de jovens na área espacial. “A construção de pequenos
satélites é um excelente laboratório educativo que procura formar profissionais
capacitados para trabalharem em institutos e universidades do país, conforme o
Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) ”, explicou.
De acordo com a professora Chantal Cappelletti,
coordenadora do projeto pela Universidade de Brasília (UnB), o desenvolvimento
do pequeno satélite foi de extrema importância para o aprendizado dos
estudantes. “A prática de construir um nanossatélite é uma experiência que
amplia o conhecimento dos estudantes, pois eles serão profissionais que
contribuirão com o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro”, ressaltou.
O processo de desenvolvimento do satélite de pequeno
porte foi coordenado pela Universidade de Brasília (UnB), em consórcio formado
pelas universidades federais do ABC (UFABC), de Santa Catarina (UFSC), de Minas
Gerais (UFMG) e do Instituto Federal Fluminense (IFF). Do exterior, a principal
parceira foi a Universidade de Vigo, como também a Sapienza Università di Roma
(Itália) e as norte-americanas Morehead State University e California State
Polytechnic University.
Para o engenheiro mecatrônico e bolsista da AEB, Gabriel
Figueiró, que participou do desenvolvimento do nanossatélite, o ponto positivo
do projeto foi a absorção de conhecimento e a troca de experiência com as
parcerias internacionais. “A oportunidade de trabalhar em conjunto com
universidades estrangeiras, como a Universidade de Vigo, ao lado de engenheiros
experientes, foi fundamental para o sucesso da primeira missão”, destacou.
Trajetória - O modelo de voo do CubeSat (em Inglês
– cubo e satélite), foi integrado e testado no Laboratório de Integração e
Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José
dos Campos, São Paulo, entre fevereiro e março de 2015.
Enviado em julho ao Japão, o satélite partiu em agosto
rumo à Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês). No dia 17 de
setembro, do ano passado, o SERPENS entrou em órbita a partir da ISS pelo
módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) operando o deployer CubeSat JSSOD.
Os sinais do nanossatélite foram captados por
radioamadores do país e do mundo. O radioamador Edson Pereira (PY2SDR – código
de chamada), integrante da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (LABRE),
da cidade de Pardinho, no interior paulista, foi o primeiro a receber as
captações do satélite de pequeno porte.
A próxima missão do SERPENS será coordenada pela UFSC,
com o auxílio das universidades participantes do consórcio. A alternância na
coordenação permite a participação de todas as universidades no desenvolvimento
do nanossatélite.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Realmente uma vitória grande dos jovens estudantes
que participaram do desenvolvimento deste satélite, especialmente se levarmos
em conta que tudo levava a acreditar que o mesmo seria um estrondoso fracasso,
graças à desastrosa coordenação inicial do projeto, mas felizmente os jovens
envolvidos tomaram a frente e conseguiram dar a volta por cima. Vamos torcer
que sob a coordenação da UFSC o projeto do próximo satélite seja coordenado com
mais competência e não tenha de enfrentar os graves problemas que este primeiro
nanosatélite do Programa SERPENS teve de enfrentar.
Comentários
Postar um comentário