Pesquisadores da UNIVAP Estudam Explosões Estelares
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (24/04) no site do jornal
“O VALE”, destacando que pesquisadores da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
estudam explosões estelares.
Duda Falcão
REGIÃO
Pesquisadores da UNIVAP
Estudam Explosões Estelares
São José dos Campos
24 de abril de 2016 - 11:13
Fotos: Alan Collet/O VALE
Pesquisadores estudam explosão de estrelas supernovas.
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Estudo realizado na UNIVAP (Universidade do Vale do
Paraíba), em São José dos Campos, buscar medir grandes distâncias no universo
usando-se o brilho gerado por explosões de estrelas supernovas do tipo Ia, que
por sua vez são resultado de explosão de uma estrela anã branca (saiba no final
do texto).
A luz nestas explosões chega a ser 5 bilhões de vezes
mais intensa do que o Sol, permitindo usá-la como instrumento conhecido pelos
astrônomos como vela padrão. Com isso, a pesquisa ajudará a descobrir em que
escala de tempo o espaço tem aumentado de tamanho.
No estudo, os pesquisadores da UNIVAP têm acesso remoto
aos maiores observatórios do mundo, como o Soar e o Gemini, respectivamente no
Chile e no Havaí, o que impulsiona a análise das estrelas.
Segundo Alexandre Soares, pesquisador e professor da UNIVAP
que estuda as supernovas do tipo Ia, observa-se da Terra centenas de estrelas
brilhando no céu, mas é difícil precisar quais ainda estão acesas hoje.
Além disso, existem mais de 200 bilhões de estrelas só na
Via Láctea, com bilhões de outras galáxias no espaço, e nelas vivem distintas
estrelas. Soares explica que as supernovas do tipo Ia, em sua maioria, convivem
com outra estrela companheira.
Um fenômeno, ainda em estudo, transfere massa de um corpo para o outro
ocasionando um excesso de massa, dando origem a uma violenta explosão, gerando
uma luz muito intensa.
Esse brilho é utilizado para determinar a que distância
estão outros objetos espaciais.
"Isso acontece porque as anãs brancas, que são estrelas que já chegaram ao
fim de suas vidas, sugam a massa de outra estrela que está ao lado", diz
Soares, que já foi residente do observatório Soar, no Chile.
"Há um limite de massa que uma estrela suporta,
chamado de limite de Chandrasekhar. Ele é de 1,4 vezes a massa do Sol. Quando
esse limite é alcançado, a estrela explode. A conclusão de que o universo está
em expansão acelerada foi baseada nas explosões deste tipo de supernovas",
completa.
O estudo em desenvolvimento na UNIVAP busca entender
quais tipos de estrela dão origem às supernovas do tipo Ia. Atualmente, os
pesquisadores da universidade têm garantidos 30% do tempo para utilizarem o
Soar e 6%, para o Gemini. O Brasil é sócio nos consórcios que construíram ambos
os observatórios.
Segundo Soares, são em torno de 370 horas para trabalhar
no Soar em um semestre, o que equivale a mais de US$ 240 mil. "Daqui da UNIVAP,
é possível utilizar remotamente, via computador, os telescópios e fazer as
observações. Os alunos participam disso e já desenvolvem seus projetos",
conta o pesquisador.
"Tudo demora muitos anos para acontecer na
astronomia, por isso é importante que esses futuros astrônomos estejam em
contato permanente com essa realidade", afirma.
Supernovas
Objetos celestes com luz extremamente intensa e com
duração de apenas alguns meses
Tipo Ia
Subcategoria de supernova resultado de violenta explosão
de estrela anã branca
Anã branca
Resíduo de estrela que completou o seu ciclo de vida normal
e cessou sua fusão nuclear
Soar
Telescópio no Chile com espelho principal de 4,1 metros
de diâmetro que pode captar luz visível e raios infravermelhos
Gemini
Observatório no Havaí com dois telescópios gêmeos, com
espelhos primários de 8 metros de diâmetro, que operam no óptico e no
infravermelho
Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 24/04/2016
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