Há 10 anos, o Brasil Inteiro Acompanhava Seu Primeiro Cosmonauta no Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (30/03) no site em
português do "Sputniknews” tendo como destaque os 10 anos da Missão Centenário.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Há 10 anos, o Brasil Inteiro Acompanhava
Seu
Primeiro Cosmonauta no Espaço
Sputnik News
00:49 30.03.2016 - 00:49
Atualizado 30.03.2016 - 13:22
© Sputnik/ Sergey Kazak
Há 10 anos, o Brasil inteiro acompanhava
pelos noticiários os momentos do primeiro cosmonauta brasileiro a ir ao espaço.
No dia 29 de março de 2006, o Tenente-Coronel Marcos Pontes integrava a
tripulação da Soyuz TMA-8, formada ainda pelo comandante russo Pavel Vinogradov
e pelo astronauta americano Jeffrey Williams.
Pontes integrava a chamada Missão Centenário, fruto de um
acordo firmado em 2005 entre a
Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa
(Roscosmos). Pontes, que era tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB),
estava se preparando há alguns anos para integrar as missões dos ônibus
espaciais americanos, mas a explosão da Columbia em 2003 fez a Agência Espacial
Americana (NASA) interromper todos os seus programas.
A Missão
Centenário recebeu este nome em referência à comemoração do centenário do
primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis, de Santos Dumont, em Paris,
em 23 de outubro de 1906. Com o acordo firmado entre Brasil e Rússia, Marcos
Pontes passou por treinamento na Cidade das Estrelas, complexo de formação e
preparação de cosmonautas situado a cerca de 50 quilômetros de Moscou.
Os três
cosmonautas decolaram do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 29 de março
de 2006, às 23h30min (horário de Brasília), tendo como destino a Estação
Espacial Internacional, onde acoplou no dia 1.º de abril. Lá os cosmonautas
realizaram diversos experimentos científicos. Entre os realizados por Pontes
estavam estudos sobre o efeito da microgravidade na cinética das enzimas,
minitubos de calor, germinação de sementes em ambiente de microgravidade,
alguns dos quais foram acompanhados por alunos de escolas de São José dos
Campos (SP) através da internet. A tripulação voltou à Terra no dia 8 de abril.
Dez anos
depois, Pontes faz um balanço da experiência e conta aos leitores da Sputnik os
pontos altos dessa missão:
Queria
agradecer por todo o carinho que tenho recebido por ocasião dos 10 anos da
Missão Centenário, um marco na minha vida. Uma honra muito grande poder
representar o Brasil, poder conhecer amigos que tenho até hoje na Rússia e que
mantenho com muito carinho, e poder realizar um sonho não só meu, mas de uma
nação inteira. Toda vez que você decola carregando a bandeira de uma nação
carrega consigo também os sonhos, as expectativas e as vontades de um
país inteiro. E dez anos passaram bem rápido, e muita coisa aconteceu nesse
período.”
A experiência
no espaço deixou frutos que estão sendo colhidos até hoje graças à persistência
do cosmonauta e ao seu empenho em contribuir com projetos de desenvolvimento de
educação.
“Tudo o que eu
pude fazer para incentivar, promover as atividades espaciais, a ciência e
tecnologia e principalmente a educação no Brasil eu fiz, até criei fundação
para isso, como a Fundação Astronáutica Marcos Pontes. Agora no domingo, dia 3
de abril, vamos ter um evento muito bonito em Bauru (SP), onde a gente espera
reunir entre 40 e 50 mil pessoas – no ano passado foram 40 mil – justamente em
torno de educação, ciência e tecnologia.”
Apesar do
entusiasmo, no entanto, Pontes diz que o cenário no Brasil deixa ainda muito a
desejar.
“O fato é que,
do ponto de vista federal, do apoio ao programa espacial e de outras áreas de
ciência e tecnologia no Brasil, infelizmente as notícias não são boas. Não
sei o que se passa na cabeça das nossas autoridades, mas certamente é distante
do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O que a gente vê é uma redução
de investimentos, leis que atrapalham bastante o desenvolvimento, a conexão
operacional entre as universidades públicas e as empresas privadas,
os centros de pesquisa, as parcerias no país. A gente precisa mudar essa
proa, para que se tenha um país desenvolvido através da ciência, da tecnologia
e da educação.”
Sobre o
momento mais marcante da Missão Centenário, Marcos elege um e se emociona ao
falar dele.
“Teve um
momento que congregou desde a parte emocional, com tudo que foi antes da
missão. Foi o momento em que chegamos ao espaço com o corte do motor e a
separação do último estágio da Soyuz. Foi um momento especial quando olhei para
a Terra e vi essa Terra azul, maravilhosa. Foi uma espécie de flash back de
todos esses anos de preparação, começando lá em Bauru”, recorda.
“Lembro que
naquela época, quando eu falava em ser piloto, os meus amigos de trabalho lá na
Rede Ferroviária falavam que era maluquice, que eu nunca iria conseguir fazer
isso. Eu tinha ali de 14 para 16 anos. Lembro que um dia cheguei em casa
chateado e minha mãe olhou para mim – ela era italiana, com aqueles olhos azuis
– e me disse: ‘Olha, não dê ouvido a esse tipo de coisa, porque você pode ser o
que quiser na vida desde que você estude, trabalhe e persista. Sempre faça mais
do que esperam de você.’ De repente, naquele momento, quando olhei a Terra,
lembrei da minha mãe falando exatamente aquilo. Acho que aquele momento foi o
mais marcante de toda a missão.”
Fonte: Site Sputniknews - http://br.sputniknews.com/
Comentário: Pois é leitor, a Missão Centenário apesar de ter
sido motivada por interesses nefastos desta pseuda legenda partidária de merda
(uma de tantas que temos no país), não há como negar que a mesma trouxe benefícios
ao PEB (sugiro ao leitor que leia o interessante
artigo “Missão
Centenário, Quais os Reais Resultados Para a Sociedade Brasileira?”, escrito que foi pelo jovem Oswaldo Loureda, CEO da startup brasileira Acrux Aerospace
Technologies) bem como também não há como negar de que apesar de positiva, se
esta iniciativa tivesse sido conduzida pelos motivos corretos e com a competência
necessária, o Brasil não se encontraria no atual estágio 10 anos depois.
Entretanto como o leitor poderá notar no artigo citado, mesmo sendo motivado
por interesses outros desses vermes que não valem nada, mesmo sendo conduzida
sem a competência necessária, mesmo o PEB enfrentando dificuldades herculanas
em diversas áreas, e mesmo a iniciativa sendo escrachada por parte da Comunidade
Espacial que ainda precisa entender que programa espacial se faz com união e
não com inveja e egocentrismo, os benefícios para o PEB foram concretos e até hoje gera consequências
positivas. Porém fica a pergunta: Até quando continuará gerando?
Vai me desculpar caro editor, pergunto quis benefícios essa "palhaçada" ( com o perdão da palavra) trouxe a nosso país ?
ResponderExcluirMandaram um turista nacional, em uma viagem extremamente cara e sem propósito científico algum.
Antes pegassem esse dinheirão investido nessa aventura espacial e nesse turista privilegiado, e investissem em programas que realmente trariam grandes benefícios para o país.
Assim como muitos programas que não trouxeram ou tragam benefícios algum para esse país, programas como ( SGDC, ACS etc..).
Más temos programas realmente nacionais que carecem de recursos e toda atenção que esses "astronauta" Brasileiro teve; programas como ( AMAZONAS-1,MISSÃO ASTER, MIRAX etc).
Caro Cléber Ferreira!
ExcluirLeia a artigo escrito pelo Oswaldo Loureda e entenderá melhor tudo que aconteceu. Não se deixe levar por notícias da imprensa. Enfim... se as verdades que estão neste artigo não lhe convencerem, nada o fará, pois já estará com a sua opinião formada baseada em inverdades. E neste caso, nada poderei fazer para convence-lo do contrário.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)