Sirius Vai Contribuir Para Atrair Pesquisadores Estrangeiros ao Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado hoje (10/04) no site da “Agência
FAPESP” destacando que o Projeto Sirius vai contribuir para atrair
pesquisadores estrangeiros ao Brasil.
Duda Falcão
Notícias
Sirius Vai Contribuir Para Atrair
Pesquisadores Estrangeiros
ao Brasil
Por Elton Alisson,
de Buenos Aires
10 de abril de 2015
(Foto: LNLS)
Agência
FAPESP – Os pesquisadores
da Argentina são atualmente os maiores usuários estrangeiros da atual fonte de
luz síncrotron, em operação desde 1997, no Laboratório Nacional de Luz
Síncrotron (LNLS), em Campinas, no interior de São Paulo, e a única existente
na América Latina.
Com o
lançamento do Sirius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron, a participação
de pesquisadores argentinos e de outros países como usuários estrangeiros dos
aceleradores de partículas brasileiros deve aumentar significativamente.
Instalado em uma área contígua ao síncrotron atual, no campus do Centro
Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), também em Campinas, Sirius
deverá entrar em operação em 2019.
A avaliação
foi feita por Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS, durante uma
mesa-redonda sobre grandes colaborações científicas realizada na FAPESP
Week Buenos Aires.
Realizado pela
FAPESP em parceria com o Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y
Técnicas (Conicet), o evento reúne até sexta-feira (10/04), em Buenos Aires,
pesquisadores do Estado de São Paulo e de diferentes instituições de ensino
superior e de pesquisa da Argentina, com o objetivo de discutir o aumento da
colaboração científica entre os dois países.
“Os
pesquisadores da Argentina representam hoje 14% do total de, aproximadamente,
20% de usuários regulares estrangeiros da atual fonte de luz síncrotron do
LNLS”, contou Roque da Silva.
“Com o Sirius,
o interesse de pesquisadores não só argentinos, mas também de diversos outros
países, em utilizar o novo acelerador de partículas tenderá a aumentar em razão
de o novo equipamento estar projetado para ser muito competitivo mundialmente”,
avaliou.
De acordo com
Roque da Silva, o Sirius deverá ser, juntamente com o Max 4, em construção na
Suécia, uma das primeiras fontes de luz síncrotron de quarta geração no mundo.
A atual fonte
de luz síncrotron do LNLS é de segunda geração, e os equipamentos mais modernos
usados hoje no mundo para produzir radiação de alto brilho e amplo espectro –
do infravermelho e ultravioleta até os raios X – são de terceira geração.
Uma das
diferenças de uma fonte de luz síncrotron de quarta geração para o atual
acelerador de partículas do LNLS, por exemplo, é a emitância de feixe de
elétrons, que influi no brilho e na fração coerente de radiação, comparou Roque
da Silva.
Como o Sirius
está sendo projetado para ter uma das menores emitâncias de feixe de elétrons
entre as fontes de luz síncrotron existentes no mundo, a radiação de alto
brilho gerada pelo equipamento será muito maior. Dessa forma, será possível
realizar uma série de experimentos com materiais orgânicos e inorgânicos
utilizando diferentes técnicas.
“Há uma série
de experimentos que hoje são impossíveis de serem feitos no país, com impactos
diretos em nanotecnologia, biotecnologia, biologia molecular, fármacos,
agricultura e outras áreas, como paleontologia e arqueologia, que poderão ser
realizados com o Sirius”, estimou.
“Por ser um
equipamento com tecnologia pioneira no mundo, com maior brilho e condições
experimentais de fronteira,o Sirius deverá ter impacto positivo na atração de
pesquisadores de diversas áreas do conhecimento para o Brasil e contribuir para
o aumento da internacionalização da ciência brasileira”, avaliou.
Em razão da
menor emitância, o Sirius rodará com energia de 3 bilhões de elétrons-volts (3
GeV), enquanto o acelerador atual opera com energia de 1,37 bilhão (1,3 GeV),
comparou Roque da Silva.
Dessa forma,
será possível estudar a estrutura de materiais mais densos, como aço e rocha.
Hoje é difícil estudar a estrutura desses materiais com a atual fonte de luz
síncrotron em razão da dificuldade de os feixes de fótons emitidos pelo
acelerador penetrá-los, explicou o diretor do LNLS.
“A nova fonte
de luz sincrotron deverá emitir fótons de muito mais energia e, com isso,
abrirá a possibilidade de realização de um amplo espectro de experimentos que
não são possíveis de serem feitos hoje com o acelerador atual”, avaliou.
Projeto Brasileiro
O diretor do
LNLS destacou que o Brasil participa de diversas colaborações internacionais,
em diferentes áreas, mas que o Sirius, a exemplo da atual fonte de luz do LNLS,
representa um dos grandes projetos científicos internacionais em que a
liderança é genuinamente brasileira.
Todo o projeto
conceitual e científico, além de uma fração significativa da instrumentação e
das soluções tecnológicas para o projeto, está sendo desenvolvidos no país,
ressaltou.
“A construção
do Sirius já foi iniciada. A expectativa é que, em 2017, iniciemos a montagem
dos aceleradores para obter, em 2018, o primeiro feixe emitido pela fonte de
luz”, previu.
A FAPESP apoia micro,
pequenas e médias empresas paulistas interessadas em participar como
fornecedoras no projeto de construção da obra.
A Argentina
também tem interesse em participar da construção de linhas de luz onde os
experimentos do acelerador de partículas serão realizados, contou Roque da
Silva.
“Hoje os
pesquisadores argentinos participam como usuários do LNLS por meio de um acordo
com o Conicet, que custeia a vinda dos pesquisadores do país para o Brasil”,
disse. “Mas há interesse da comunidade de pesquisa argentina em participar da
construção de linhas de luz”, afirmou.
Apresentações
feitas na FAPESP Week Buenos Aires e mais informações sobre o simpósio estão
em: www.fapesp.br/week2015/buenosaires.
Fonte: Site da Agência FAPESP
Comentário: Bom leitor o Projeto Sirius, ao lado do Projeto
do Reator Multipropósito, do PROANTAR, do Programa Nuclear da Marinha, e
evidentemente do nosso abandonado Programa Espacial, entre outros mais, são
extremamente necessários para o desenvolvimento de nossa ciência e de nossa
imagem internacional como uma nação contribuinte para o avanço do conhecimento
humano nas áreas da ciência e tecnologia. Disto não há a menor dúvida. Agora, o Sirius sairá do papel? Esta é uma
outra questão que só mesmo no final desta gestão desastrosa da “Ogra” que
poderemos responder, mas diferentemente do que diz o diretor do LNLS, a minha aposta é que o projeto do mesmo será usado como
propaganda e tocado em Banho Maria por esses energúmenos, como alias ocorre com o PEB. Enfim... vamos
aguardar os acontecimentos.
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