Rússia Não Pressionou Brasil Por Rompimento Com Ucrânia em Alcântara
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado hoje (10/04)
no site da “Gazeta Russa” destacando que a Rússia não pressionou Brasil por
rompimento com Ucrânia em Alcântara.
Duda Falcão
Política
Rússia Não Pressionou Brasil Por
Rompimento Com Ucrânia
em Alcântara
Fonte do Roscosmos e analista espacial comentam
reportagem
da Folha de S.Paulo e negam informação de que Rússia
teria
pressionado o Brasil para cancelar acordo bilateral com a
Ucrânia
para lançamento de foguetes da base de Alcântara.
Por Marina Darmaros,
Sergio Maduro,
Vassíli Krilov,
Viktória Zaviálova,
Gazeta Russa
10/04/2015
Foto: AP
Roscosmos negou informação de que a Rússia teria
pressionado o Brasil
para cancelar um acordo bilateral com a Ucrânia para
lançamento
de foguetes da base de Alcântara.
|
Em
resposta a reportagem da Folha de S.Paulo veiculada
nessa quinta-feira (9), uma fonte da agência espacial russa Roscosmos negou
informação de que a Rússia teria pressionado o Brasil para cancelar um acordo
bilateral com a Ucrânia para lançamento de foguetes da base de Alcântara, no
Maranhão.
"A
Roscosmos almeja a ampliação das relações de cooperação, mas isso não significa
que façamos qualquer pressão e limitemos as possibilidades de relações entre
nossos parceiros e outros países. A Roscosmos, pelo contrário, está pronta a
cooperar com todos os países que possam garantir o cumprimento das obrigações
tomadas", disse à Gazeta Russa a fonte da agência espacial russa, que
não quis ter seu nome divulgado.
O
diretor do Instituto de Políticas Espaciais, Ivan Moisseev, também emitiu
opinião similar sobre a informação divulgada.
"Não
sei que mecanismos se podem usar para pressionar o Brasil, e não estou certo de
qual seria o objetivo de exercer essa pressão. O Cyclone-4 é um porta-foguetes,
não um satélite. E a Rússia não tem projetos de instalar porta-foguetes no
Brasil. Ela poderia propor a produção conjunta de um foguete, como foi no caso
da Coreia do Sul, mas esse é um processo muito longo e sem perspectivas
comerciais claras", disse Mosseeiv.
A
anulação do contrato, segundo o jornal, ainda não foi comunicada a Kiev. Porém,
segundo apurou a Gazeta Russa, já era esperada nos círculos internos da astronomia
brasileira.
O
astronauta Marcos Pontes, único brasileiro a viajar ao espaço, disse à Gazeta
Russa que o cancelamento "já estava pendente pelos dois lados há muito
tempo".
"Acredito
que agora seja o momento adequado para estabelecermos um acordo mais eficiente
com a Rússia e/ou EUA, como queríamos inicialmente e foi, de forma política, e
não técnica, barrado no Congresso Nacional no começo da década de 2000",
acrescenta.
Fonte da Agência Espacial Russa Roscosmos
"Devido
aos acontecimentos já conhecidos na Ucrânia, muitas indústrias do nosso vizinho
acabaram em uma situação difícil. Não é de se surpreender que é justamente o
setor de construção de máquinas que passa pelo momento mais duro, já que para
trabalhar normalmente precisa de tecnologias científicas sérias e investimentos
intensivos, pessoal altamente qualificado e equipamentos atualizados.
A
Rússia colabora ativamente no espaço com diferentes países. A Roscosmos
trabalha com agências espaciais dos EUA, da União Europeia, do Japão, da Índia
etc., atua na Estação Espacial Internacional, e conduz acordos sobre novos
projetos de conquista do espaço. Além disso, sempre cumprimos com nossas
obrigações. E nossos parceiros tem em alta estima esse modo de lidarmos com a
cooperação.
Agora,
é outra assunto se a parceria estiver sob risco de negligência dos prazos de
realização dos projetos e queda de qualidade. Nesse caso, as relações podem se
desenrolar de diversos modos, até mesmo com o rompimento dos contratos, revisão
das prioridades e troca de parceiros. É possível que justamente isso esteja
acontecendo nas relações entre Brasil e Ucrânia. Mas isso é assunto só da
Ucrânia e do Brasil.
O
Roscosmos visa à ampliação das relações de cooperação, mas isso não significa
que façamos qualquer pressão e limitemos as possibilidades de relações entre
nossos parceiros e outros países.
O
Roscosmos, pelo contrário, está pronto a cooperar com todos os países que
possam garantir o cumprimento das obrigações tomadas."
Fonte: Site da Gazeta Russa- 10/04/2015 - http://br.rbth.com
Comentário: Bom
primeiramente ainda não há nada de oficial sobre esse rompimento, só notícias que
saíram na mídia de que isto irá acontecer. Será que vai, não sei,
prefiro aguardar para ver. Chamo a sua atenção leitor para o recado deixado
pelo russo: “O
Roscosmos, pelo contrário, está pronto a cooperar com todos os países que
possam garantir o cumprimento das obrigações tomadas.". Pois é, Sr. José
Raimundo Braga Coelho, programa espacial se faz com seriedade, competência e compromisso, e não
com promessas vazias e fantasias. Aproveitamos a oportunidade para agradecer ao
jovem leitor André Victor pelo envio desta notícia.
É evidente a inverdade deste artigo.
ResponderExcluirNa época houve uma batalha nos bastidores diplomáticos entre Russia e Ucrania.
Saiu vitoriosa a turma da Ucrania (R. Amaral). O Viegas dançou.
A Russia perdeu e aliou-se à França em Kourou.
E hj Alcantara está abandonada.
Um fiasco do Governo Brasileiro, que só faz merd@.
Parece que só tem imbecil nele.
Não é só PT não.
A estrutura do Estado Brasileiro é que parece podre.
Hummm!
ExcluirAgora sim Iurikorolev, você parece que começou entender com mais profundidade as coisas, parabéns.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Engano seu Duda. Sempre entendi..
ExcluirApenas diferente de você acho que para tudo há uma solução, até essa situação ridicula que está aí.
Inclusive já fui engenheiro dessa área. Conheço a prática.
Abrs
Olá Iurikorolev!
ExcluirE quem disse que eu não acho que não exista solução para o que esta aí? Só acho que esta solução esta bem longe de ser colocada em prática e que provavelmente (enquanto perdurar esta cultura política) jamais será.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Além do mais, não tenho a certeza de que com a Russia seria melhor. Desde Collor o governo trata este setor a pão e agua.
ExcluirPara mim esse é o maior problema. Se tivessem investido mais talvez até essa ACS aí já teria lançado alguns satélites e ganho alguma grana.
Duda, sinto que vc tem um grande amor pela área de espaço mas não tem conhecimento técnico nem vivência gerencial e de engenharia.
Abrs
Olá Iurikorolev!
ExcluirDiscordâncias parte, e achismos também, fora a sua capacidade extraordinária de analisar a minha pessoa, sugiro que continue nos acompanhando e se informado, quem sabe isto lhe ajude de alguma forma.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
hahahahaha.
ExcluirNão quis te ofender Duda, seu blog é de alto interesse público.
Mas vc não conhece a realidade do dia a dia dos institutos e empresas do Brasil nesta área.
Se conhecesse talvez fechasse o blog.
Se vc pensa que burrice no Brasil é só no Governo engana-se.
Aliás não só na área de espaço, mas em qualquer área tecnológica (tirando algumas áreas da biotecnologia) o Brasil ocupa a senzala da casa-grande no mundo.
Abrs
Caro Iurikorolev!
ExcluirOs problemas vividos por órgãos públicos no Brasil, seja em qual área for, são semelhantes e não há mistérios nisso. Burrice na administração pública ela existe sim como dissestes, mas na maioria das vezes ela é motivada e direcionada por interesses outros não tão nobres. A polifílica no Brasil é podre, e naturalmente isto reflete no desempenho da administração pública em todas os áreas, seja de gestão, seja de planejamento, seja de execução, e em todos os níveis, seja no Federal, Estadual, Municipal, Legislativo e Judiciário. e não há como fugir disto enquanto não houver uma profunda mudança cultural no seio da própria sociedade e principalmente no de sua classe dominante. O potencial do Brasil como Nação é enorme, mas com esta cultura de venha nós, com uma sociedade cheia de privilégios e uma classe política viciada e corrupta, jamais o Brasil será uma nação de verdade. O resto é conversa mole pra boi dormir
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Site Oficial da Bi-Nacional " ACS "
ResponderExcluir.
http://www.alcantaracyclonespace.com/pt/
http://www.alcantaracyclonespace.com/pt/noticias/286-acs-recebe-documenta-o-para-seu-s-tio-de-lan-amento
ResponderExcluirNOTÍCIAS
ResponderExcluirACS RECEBE DOCUMENTAÇÃO PARA SEU SÍTIO DE LANÇAMENTO
Notícias 07 Abril 2015
Foi concluída, em março de 2015, a entrega à ACS de toda a documentação de projeto e trabalho relativa aos equipamentos tecnológicos do Sítio de Lançamento Cyclone-4, possibilitando com que os especialistas da ACS se preparem para trabalhos de montagem e testes no Centro de Lançamento de Alcântara.
VEÍCULO DE LANÇAMENTO
ResponderExcluirlaunch vehicle 01
O foguete Cyclone-4 é a versão mais recente e poderosa da família de lançadores Cyclone, projetado pela Yuzhnoye e fabricado pela Yuzhmash, empresas ucranianas reconhecidas mundialmente com uma história de 60 anos. A Binacional Alcântara Cyclone Space é fornecedora exclusiva de serviços de lançamento do Cyclone-4.
Os Cyclones (Tsyklons) foram amplamente utilizados para injeção de satélites em órbitas, dentre os quais satélites de reconhecimento e de observação da Terra (sensoriamento remoto). A família de lançadores Cyclone foi utilizada para lançamento de cargas úteis científicas, tais como: satélites de observação do sol, tempo e comunicação. O ultimo lançamento do Cyclone-2 foi realizado em 2006 e do Cyclone-3, em 2009.
Ao longo de quarenta anos de operação, mais de 220 Cyclones foram lançados. A alta confiabilidade aliada ao lançamento automatizado em quaisquer condições climáticas oferece aos clientes, a um preço razoável, um serviço de lançamento altamente confiável adaptado às suas necessidades específicas.
A tabela abaixo apresenta os principais parâmetros do Cyclone-4:
Desempenho Peso
Capacidade de injeção de carga útil
LEO (circular-equatorial 200 km)
5685 kg
SSO (400 km)
3910 kg
GTO (com perigee de 170)
1600 kg
Precisão da injeção na SSO, melhor que
altitude
± 6...7 km
inclinação
± 0.05º...0.08º
Sobrecarga longitudinal máxima 6.8g
launch vehicle 02
A coifa espaçosa (1) permite um ajuste confortável da carga útil (2) em qualquer adaptador (3). O primeiro (8) e segundo (7) estágios são os mesmos dos Cyclones 2 e 3 (os primeiros dois estágios realizaram 227 vôos bem sucedidos de 228). O novo estágio superior (5) carrega 9 toneladas de propelente e traz um novo motor principal instalado no novo compartimento entre estágios (6).
launch vehicle 03
Estruturalmente, o bloco de coifa (apresentado acima) é composto por duas placas unidas por mecanismos de travamento nas superfícies de estabilização do foguete. Possui carcaça, sistema de separação vertical e horizontal, sistema de separação pneumática das placas, isolamento térmico interno, sistema de ar condicionado interno ao bloco da coifa, rede de cabos e elementos gerais montados. Há vários adaptadores para cargas e dispensers customizados, no entanto, os clientes poderão optar por utilizar sues próprios adaptadores/dispensers.
O Veículo Lançador Cyclone-4 constitui um sistema de transporte especial baseado em subsistemas altamente confiáveis com o melhor voo e desempenho operacional tradicionalmente inerente à família Cyclone:
capacidade melhorada de injeção de carga útil;
alta precisão de injeção;
segurança do pessoal devido aos procedimentos automatizados de pré-lançamento e lançamento;
período mais curto para a verificação e lançamento do foguete (de 8 a 12 horas);
equipe mínima para o lançamento.
Espera-se que a vasta experiência da Yuzhnoye, Yuzhmash, Khartron e das outras empresas envolvidas no projeto, desenvolvimento e fabricação do Cyclone-4, juntamente com o grande sucesso dos estágios 1e 2 do Cyclone-2 e Cyclone-3, garantam confiabilidade não inferior a 0.97 para o Cyclone-4.
Favor consultar o Manual do Usuário do Cyclone-4 (em inglês) para obter mais informações sobre o Veículo de Lançamento Cyclone-4.
http://www.alcantaracyclonespace.com/pt/sobre/veiculo-de-lancamento
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