Diretor da ACS Participa de Audiência da Câmara Federal
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (06/10) no site da “Agência Câmara” informando que o diretor-geral da parte brasileira da empresa bi-nacional “Alcântara Cyclone Space”, o senhor Roberto Amaral, participou nesta terça-feira de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara onde afirmou que o País não tem projetos estratégicos conseqüentes fora da área econômica.
Duda Falcão
Aconteceu
Burocracia Emperra Projeto Estratégico, Afirma Diretor de Alcântara
Reportagem - Rejane Xavier
Edição - Patricia Roedel
06/10/2009 - 19h50
Edição - Patricia Roedel
06/10/2009 - 19h50
Amaral criticou a atuação do Ibama, que cobra R$ 20 milhões pelo licenciamento
O diretor da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, afirmou nesta terça-feira (6), em audiência da Comissão de Relações Exteriores, que o País não tem projetos estratégicos conseqüentes fora da área econômica. "Qualquer burocrata de terceiro escalão nos ministérios da Fazenda ou do Planejamento barra os recursos para um projeto nacional estratégico", lamentou Amaral. "O detonador que provocou o acidente (em Alcântara) foi a dieta de recursos", acusou.
A empresa Alcântara Cyclone Space foi criada em 2006 pelo Brasil e a Ucrânia para operar e comercializar serviços de veículos lançadores de satélites a partir de Alcântara, no Maranhão. O mercado mundial de lançamentos de satélites é da casa de 6 bilhões de dólares (cerca de R$ 10,4 bilhões) por ano.
Entraves
O diretor Roberto Amaral mencionou os entraves que têm impedido a concretização do lançamento brasileiro. Problemas de localização, de logística - o governo desistiu da construção do porto previsto -, de formação e manutenção de pessoal, de conflitos com a comunidade local e de licenciamento ambiental vêm atrasando o programa de lançamentos. Também existe a pressão dos países detentores da tecnologia, que chega até à proibição do fornecimento de componentes.
A atuação do Ibama foi fortemente questionada pelo diretor. Os custos para o licenciamento já chegam a R$ 20 milhões, o que não se justificaria em se tratando de um projeto estratégico, de interesse nacional. "É o governo trabalhando contra o governo" resume o deputado Ribamar Alves (PSB-MA), que sugeriu que a Câmara, e especialmente o Partido Verde, auxiliassem na solução desse entrave junto ao Ibama e ao próprio ministro do Meio Ambiente.
Mas, segundo Amaral, de todas as dificuldades, a falta de uma política permanente e de recursos adequados é a principal. "O Brasil foi ultrapassado por Israel, Irã e Coreia do Sul, e agora, ao que tudo indica, também pela Coreia do Norte".
O programa espacial brasileiro foi iniciado em 1961, quando foi criada a Comissão Nacional de Atividades Espaciais. "Estávamos à frente da Índia e da China", informa Amaral. "A China lançou seu primeiro satélite em 1970; hoje lança um voo tripulado, tem 27 mil empregados; e nós não conseguimos cumprir nenhuma das metas estabelecidas em 1961", compara.
Em 1977, o Brasil estava em condições de igualdade em tecnologia de veículos espaciais com a Índia. Hoje, a Índia domina a tecnologia de propulsão líquida criogênica, e junto com a China se destaca pelos seus programas espaciais com lançamentos de veículos e satélites de grande porte e o domínio completo da tecnologia espacial.
Perspectivas Comerciais
O Brasil paga, por lançamento, de 25 a 50 milhões de dólares a outros países toda vez que precisa colocar um satélite em órbita. Ao dominar a tecnologia de lançamento, poderá cobrar isso para lançar satélites de terceiros. O custo do lançamento em Alcântara, pela proximidade com o Equador, pode ser 30% mais barato do que nos países lançadores do hemisfério norte.
Segundo Amaral, temos os mercados "cativos" brasileiro e ucraniano; também há perspectivas comerciais no mercado latinoamericano. Argentina, Venezuela e Colômbia têm planos de lançamento, e o próprio mercado americano, apesar das fortes restrições políticas e de segurança, é um cliente potencial.
Quilombolas não são Obstáculo, diz Diretor
O diretor da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, afirmou hoje que a demarcação das terras quilombolas, que chegou a ser objeto de uma disputa judicial de seis anos com a empresa, não é mais problema. A Cyclone tem uma área dentro do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), sem nenhum conflito com a comunidade.
Amaral concorda com o deputado Domingos Dutra (PT-MA), ligado a essa comunidade, da qual foi advogado desde 1983, para quem a relação com os quilombolas não é a componente fundamental do atraso no lançamento brasileiro. Para Dutra, uma solução seria titular a área quilombola; posteriormente, caso o Estado venha a precisar dela, poderia negociar com a comunidade, como faz com qualquer proprietário.
Quanto à população urbana das redondezas, também já foram aparadas eventuais arestas, segundo Amaral. "A prefeitura cedeu um prédio, onde a empresa vai instalar um centro de atendimento à comunidade, inclusive com atividades culturais", explicou o diretor.
Fonte: Site da Agência Câmara
Comentário: Na realidade leitor, todo esse projeto da ACS começou errado desde o seu início. Não houve um pré-estudo de viabilidade e de implantação. Essas dificuldades que o senhor Roberto Amaral está comentando podem está até acontecendo, mas em grande parte é fruto de sua incompetência gerencial e incapacidade política de resolver problemas que eram mais que esperados. É inadmissível que órgãos do governo estejam atrapalhando o programa, se é que o mesmo é do interesse da presidência da república. Isso não existe, pois bastaria uma intervenção do presidente para que as coisas se resolvessem. Na realidade, o que acontece, é que o mesmo é incompetente e talvez até de difícil convivência e isso sim pode está atrapalhando o projeto. Lembrando ao leitor que na realidade os verdadeiros problemas do projeto ainda não ocorreram, ou seja, a dificuldade de lançar satélites com componentes americanos sem um acordo de Salvaguardas Tecnológicas (algo em torno de 60% do mercado), a liberação da parte dos russos do uso de componentes sensíveis que serão utilizados na fabricação do Cyclone 4 e o problema do uso de combustível altamente tóxico no foguete, que certamente gerará protestos de ONGs e do Greenpeace durante as operações de lançamento. Pepino Puro e de difícil solução para um gerenciador e negociador incompetente. E o pior disso tudo é que o senhor Roberto Amaral é “Companheiro” do presidente Lula. Ou seja, o Lula tem que engoli-lo por está preso a acordos políticos e assim decretando um futuro negro para essa empresa.
A empresa Alcântara Cyclone Space foi criada em 2006 pelo Brasil e a Ucrânia para operar e comercializar serviços de veículos lançadores de satélites a partir de Alcântara, no Maranhão. O mercado mundial de lançamentos de satélites é da casa de 6 bilhões de dólares (cerca de R$ 10,4 bilhões) por ano.
Entraves
O diretor Roberto Amaral mencionou os entraves que têm impedido a concretização do lançamento brasileiro. Problemas de localização, de logística - o governo desistiu da construção do porto previsto -, de formação e manutenção de pessoal, de conflitos com a comunidade local e de licenciamento ambiental vêm atrasando o programa de lançamentos. Também existe a pressão dos países detentores da tecnologia, que chega até à proibição do fornecimento de componentes.
A atuação do Ibama foi fortemente questionada pelo diretor. Os custos para o licenciamento já chegam a R$ 20 milhões, o que não se justificaria em se tratando de um projeto estratégico, de interesse nacional. "É o governo trabalhando contra o governo" resume o deputado Ribamar Alves (PSB-MA), que sugeriu que a Câmara, e especialmente o Partido Verde, auxiliassem na solução desse entrave junto ao Ibama e ao próprio ministro do Meio Ambiente.
Mas, segundo Amaral, de todas as dificuldades, a falta de uma política permanente e de recursos adequados é a principal. "O Brasil foi ultrapassado por Israel, Irã e Coreia do Sul, e agora, ao que tudo indica, também pela Coreia do Norte".
O programa espacial brasileiro foi iniciado em 1961, quando foi criada a Comissão Nacional de Atividades Espaciais. "Estávamos à frente da Índia e da China", informa Amaral. "A China lançou seu primeiro satélite em 1970; hoje lança um voo tripulado, tem 27 mil empregados; e nós não conseguimos cumprir nenhuma das metas estabelecidas em 1961", compara.
Em 1977, o Brasil estava em condições de igualdade em tecnologia de veículos espaciais com a Índia. Hoje, a Índia domina a tecnologia de propulsão líquida criogênica, e junto com a China se destaca pelos seus programas espaciais com lançamentos de veículos e satélites de grande porte e o domínio completo da tecnologia espacial.
Perspectivas Comerciais
O Brasil paga, por lançamento, de 25 a 50 milhões de dólares a outros países toda vez que precisa colocar um satélite em órbita. Ao dominar a tecnologia de lançamento, poderá cobrar isso para lançar satélites de terceiros. O custo do lançamento em Alcântara, pela proximidade com o Equador, pode ser 30% mais barato do que nos países lançadores do hemisfério norte.
Segundo Amaral, temos os mercados "cativos" brasileiro e ucraniano; também há perspectivas comerciais no mercado latinoamericano. Argentina, Venezuela e Colômbia têm planos de lançamento, e o próprio mercado americano, apesar das fortes restrições políticas e de segurança, é um cliente potencial.
Quilombolas não são Obstáculo, diz Diretor
O diretor da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, afirmou hoje que a demarcação das terras quilombolas, que chegou a ser objeto de uma disputa judicial de seis anos com a empresa, não é mais problema. A Cyclone tem uma área dentro do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), sem nenhum conflito com a comunidade.
Amaral concorda com o deputado Domingos Dutra (PT-MA), ligado a essa comunidade, da qual foi advogado desde 1983, para quem a relação com os quilombolas não é a componente fundamental do atraso no lançamento brasileiro. Para Dutra, uma solução seria titular a área quilombola; posteriormente, caso o Estado venha a precisar dela, poderia negociar com a comunidade, como faz com qualquer proprietário.
Quanto à população urbana das redondezas, também já foram aparadas eventuais arestas, segundo Amaral. "A prefeitura cedeu um prédio, onde a empresa vai instalar um centro de atendimento à comunidade, inclusive com atividades culturais", explicou o diretor.
Fonte: Site da Agência Câmara
Comentário: Na realidade leitor, todo esse projeto da ACS começou errado desde o seu início. Não houve um pré-estudo de viabilidade e de implantação. Essas dificuldades que o senhor Roberto Amaral está comentando podem está até acontecendo, mas em grande parte é fruto de sua incompetência gerencial e incapacidade política de resolver problemas que eram mais que esperados. É inadmissível que órgãos do governo estejam atrapalhando o programa, se é que o mesmo é do interesse da presidência da república. Isso não existe, pois bastaria uma intervenção do presidente para que as coisas se resolvessem. Na realidade, o que acontece, é que o mesmo é incompetente e talvez até de difícil convivência e isso sim pode está atrapalhando o projeto. Lembrando ao leitor que na realidade os verdadeiros problemas do projeto ainda não ocorreram, ou seja, a dificuldade de lançar satélites com componentes americanos sem um acordo de Salvaguardas Tecnológicas (algo em torno de 60% do mercado), a liberação da parte dos russos do uso de componentes sensíveis que serão utilizados na fabricação do Cyclone 4 e o problema do uso de combustível altamente tóxico no foguete, que certamente gerará protestos de ONGs e do Greenpeace durante as operações de lançamento. Pepino Puro e de difícil solução para um gerenciador e negociador incompetente. E o pior disso tudo é que o senhor Roberto Amaral é “Companheiro” do presidente Lula. Ou seja, o Lula tem que engoli-lo por está preso a acordos políticos e assim decretando um futuro negro para essa empresa.
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