Comissão da Câmara Debateu Hoje R. Humanos para o PEB
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (15/10) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) informando que foi realizado hoje (como o blog já havia previsto, veja a nota Comissão da Câmara Debate Política Espacial Brasileira) na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara um debate sobre recursos humanos para o Setor Espacial.
Duda Falcão
Comissão de Ciência e Tecnologia Debate
Recursos Humanos para o Setor Espacial
Coordenação de Comunicação Social/AEB
15/10/2009
Um dos pilares de sustentação do Programa Espacial Brasileiro - a formação de recursos humanos e o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica - foi tema, nesta quinta-feira (15), de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, em Brasília. Representando o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o diretor de Política Espacial e Investimentos da Agência, Himilcon Carvalho, traçou um panorama completo sobre a política espacial e seus principais gargalos.
O diretor da AEB destacou, por exemplo, a limitação orçamentária como um dos principais fatores que dificultam o desenvolvimento do programa. Outros assuntos também mereceram destaque na explanação como a falta de domínio de tecnologias críticas (sensores inerciais e ópticos, propulsão líquida etc.). Sobre a capacitação humana, Himilcon Carvalho lembrou que em 2008, foi destinado apenas 0,2% do orçamento total para esta finalidade. “Mas, neste sentido algumas providências estão sendo encaminhadas, como o alocamento de R$ 13 milhões que serão destinados ao SINDAE (Sistema Nacional de Atividades Espaciais), além de acordos internacionais e outras ações oriundas de fundos setoriais”, completou.
Ainda segundo ele, o negócio espacial no mundo movimenta cerca de U$ 270 bilhões. “Apenas este fato justifica a manutenção do programa brasileiro, juntamente com a manutenção da soberania e das soluções dos problemas nacionais”, enfatizou.
A discussão também contou com as explanações do representante do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Brigadeiro-engenheiro Maurício Pazini, do diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Eugenius Kaszkurewicz e do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Vale do Paraíba (SindCT), Fernando Morais Santos.
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), autor do requerimento, argumentou que alguns exemplos implementados por outros ministérios poderiam sanear parte das dificuldades de recursos humanos. O deputado citou o exemplo da Marinha Brasileira que fez um contrato com uma empresa para a fabricação do casco do submarino nuclear. Os participantes e membros da Comissão foram unânimes em concluir, ao final da discussão, que o Programa Espacial Brasileiro deve ser tratado como um assunto de Estado.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Como eu já havia dito na nota anterior essa discussão era de suma importância para o PEB e já deveria ter ocorrido a mais de dez anos. Afinal não se pode realizar qualquer programa sem os recursos humanos necessários e com o PEB isso não é diferente. No entanto, o governo tem de achar uma forma de investir nesses profissionais, evitando a perda da maioria deles para a iniciativa privada e para outras agencias espaciais de outros países, criando uma política séria para o setor. E isso tem de ser feito urgentemente, pois o quadro atual de servidores, que já é bastante restrito, esta envelhecendo e logo terá de ser substituído. Além disso, o mesmo precisa também ser ampliado tanto em número de profissionais quanto em qualidade. Sinceramente torço para que esse debate tenha servido para se caminhar nessa direção e não acabe em mais um blá-blá-blá político. Quanto a se o PEB deve ser tratado ou não como assunto de estado, não é unicamente uma certeza e sim uma necessidade também para a sua própria sobrevivência.
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