ITA Capacita Profissionais para o Setor Espacial


Olá leitor!

Segue abaixo um artigo publicado na revista “Espaço Brasileiro” (Jul., Ago e Set. de 2009) destacando a capacitação para o setor espacial que esta atualmente em curso no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

Duda Falcão

Capacitação para o Setor Espacial

Assessoria de Imprensa / ITA

Há pouco mais de cinco décadas, alunos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), atento ao inicio das atividades espaciais no mundo, estavam preparados para receber os sinais do primeiro satélite americano, o Explorer, Mas, antes disso, os soviéticos lançavam o Sputnik. Diante desta surpresa, os iteanos conseguiram adaptar a estação que tinham e captar os sinais do primeiro satélite artificial em órbita da Terra e, assim, acompanharam de perto a largada para a corrida espacial.

Desde então, docentes, pesquisadores e alunos do ITA tem interagido com a área espacial, seja na formação de profissionais que passaram a atuar em projetos diretamente relacionados ao desenvolvimento de foguetes e satélites, seja na participação em grupos de gestão do Programa Espacial.

Num esforço conjunto ITA/DCTA, vale ressaltar a decisiva contribuição quanto à escolha da localização e implantação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, cujos primeiros pesquisadores se formaram no ITA. Assim com o engenheiro aeronáutico Marcos Cesar Pontes - Primeiro astronauta brasileiro a bordo da Estação Espacial Internacional – formado pelo ITA em 1993.

Como um forte componente de capacitação de recursos humanos, teve inicio em 2005, no ITA, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), o ITASAT - um projeto de desenvolvimento e construção de um microssatélite universitário. A missão desse satélite será coletar dados ambientais e, também, servir como plataforma de testes para validação espacial de novo equipamentos.

Laboratório de Plasma

O programa surgiu com o intuito de estimular a participação direta da academia no setor espacial, a fim de estimular o desenvolvimento de tecnologia espacial pelas universidades, além de despertar talentos e incentivar a formação de profissionais para o setor espacial.

A Incorporação da tecnologia de ponta gerada pelo projeto pode promover a inovação nas empresas, contribuir para a criação de produtos derivados com maior valor agregado e permitir maior inserção dessas empresas no mercado internacional.

Especializações

Na área de pós-graduação são oferecidos pelo ITA dois cursos de Mestrado Profissionalizante em Engenharia Aeroespacial. Um deles em parceria com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA) e o Moscow Aviation Institute (MAI), da Rússia, tem como objetivo capacitar engenheiros para a área de desenvolvimento de motores-foguetes a propelente líquido no Brasil. O outro é fruto de um convênio entre o ITA, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e tecnológico do Maranhão (FAPEMA).

Aula de Aerodinâmica

Esse curso visa capacitar recursos humanos para o Instituto de Tecnologia Espacial do Maranhão (ITEMA), que atua integrado ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Numa metodologia inovadora ao final do curso é apresentado um projeto único: a construção de um protótipo de foguete, alcançado a partir da consolidação de projetos distintos desenvolvidos pelos alunos de cada uma das quatro áreas propostas - Combustão e Propulsão, Controle e Guiagem, Ciências Geoambientais e Ciências e Engenharia de Materiais.

Atualmente o desafio é implantar no ITA um curso de graduação em Engenharia Espacial que contribuirá para capacitar recursos humanos e atender à demanda nacional nesta área. Um grupo de estudos, formados por representantes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), avalia as condições e os critérios necessários para viabilizar esta iniciativa.


Fonte: Revista Espaço Brasileiro - núm 06 - Ano 2 - Jul., Ago. e Set. de 2009 - Pag. 27

Comentário: Isso é tudo muito bom, mas o PEB foi iniciado nos anos 60. Porque que só de seis ou sete anos para cá se pensou nisso? Esses cursos e inclusive esse novo de graduação em engenharia espacial deveriam ter sido implantados no máximo ainda na década de 80 e não agora.

Comentários

  1. Creio que foi a política militar vigente na época do Regime Militar, que impediu a implementação destes cursos. Como vc mesmo sabe, o Programa Espacial nasceu vinculado a área militar, para as necessidades militares das três armas, em especial a FAB. Agora, com a possibilidade de uma visão comercial futura e a longa e penosa estrada para colocar nosso programa espacial nos eixos, e a desmilitarização da área, passamos a caminhar mais um pouco. Nunca, no governo militar, iria ter qualquer cooperação com RUSSOS, mas a Guerra Fria acabou, e o comunismo também. E quem era INIMIGO (será que os russos estavam preocupados com isto, que nem nossos governantes de farda ?) agora é AMIGO e aliado comercial.

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  2. E você tem toda razão Ricardo, mas existia outras opções como a França, a Alemanha e o próprio Estados Unidos entre outros. Foi na realidade, falta de visão e competencia dos gestores da época que se preocuparam mais com a Engenharia Aeronáutica deixando de lado a área espacial.

    Abs

    Duda Falcão

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