Nova Revisão do PNAE
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada na revista “Espaço Brasileiro” (Jul., Ago e Set. de 2009) destacando a revisão do “Programa Nacional de Atividades Espaciais” ora em curso.
Duda Falcão
Revisão Contribuirá para o
Desenvolvimento Geopolítico
Programa Nacional de Atividades Espaciais
passará pela sua quarta revisão.
Trabalhos começaram em junho deste ano
e devem se encerrar em fevereiro de 2010
Raíssa Lopes - CCS / AEB
Desde 8 de dezembro de 1994, o Brasil tem uma Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE). A política estabelece objetivos e diretrizes a serem materializados nos programas e projetos nacionais relativos à área espacial por meio do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O objetivo desse programa é capacitar o país para desenvolver e utilizar as tecnologias espaciais na solução de problemas nacionais e em benefício da sociedade brasileira, de modo a propiciar um aumento tangível na qualidade de vida da população. A próxima revisão do Programa será dividida em duas fases. A primeira faz uma retrospectiva e avalia os principais resultados e deficiências do Programa Espacial Brasileiro. Em seguida, haverá a formulação de uma visão de longo prazo e uma política, que buscarão inserir o Programa, de maneira concreta, na estratégia de desenvolvimento social, econômico, geopolítico e tecnológico do país. Para isso, serão envolvidos setores como a sociedade, indústria, academia e quaisquer segmentos interessados no assunto.
“Queremos partir para uma discussão muito maior, que identifique as demandas nacionais em termos de informações e serviços fornecidos por sistemas espaciais e, sobretudo, o papel do Programa e da Agência Espacial Brasileira (AEB) frente aos desafios a serem enfrentados, como por exemplo, as mudanças climáticas e o fortalecimento da soberania do país no cenário geopolítico atual”, ressalta o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Himilcon de Castro Carvalho.
Projetos
A partir dessa análise, que abrange um horizonte de 20 anos, a carteira de projetos do PNAE será revisada, de modo que os satélites, foguetes e infra-estrutura de centros de lançamento e laboratórios sejam alinhados com a nova visão estratégica. “Podemos ter boas surpresas com propostas de novos projetos, de substituição ou adaptação de alguns projetos para que cumpram melhor a sua função ou, mesmo, reestruturações organizacionais, que permitam melhor gestão das atividades espaciais e maior inclusão do setor privado e da sociedade”, completa.
Participarão, de maneira muito intensa, da organização de revisão do Programa os dois organismos executores do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), coordenado pela AEB: O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), subordinado ao Comando da Aeronáutica, do Ministério da Defesa, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O resultado dessa revisão será submetido, em 2010, ao Conselho Superior da AEB, instância deliberativa da Política Espacial Brasileira, composta por representantes de vários ministérios, indústria e academia, que orientará e acompanhará todos os trabalhos.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - núm 06 - Ano 2 - Jul., Ago. e Set. de 2009 - Pag. 8
Comentário: Para, para, para tudo. PNDAE? A senhora deve está de brincadeira dona Raíssa, ou simplesmente seguindo ordens, o que é mais provável. Esse PNDAE que a senhora se refere nunca foi aplicado para começo de conversa, pois para que isso acontecesse seria necessária a devida operacionalização do documento citado pela senhora conhecido como PNAE. Acontece que o PNAE dona Raíssa, que agora a AEB quer revisar pela quarta vez em 12 anos, deveria ser para um período decenal e pelo seu histórico isso jamais foi respeitado. Os objetivos alcançados pelos PNAEs anteriores são risíveis (motivo de chacota) se comparamos com as vitórias alcançadas por outros países nesse mesmo período de 12 anos, que pela quantidade de PNAEs deveria ser de 30 anos. As maiores vitórias do PEB alcançadas até hoje dona Raíssa, são frutos da antiga MECB. Desde o primeiro PNAE, existem objetivos claros, no entanto, nunca, em momento algum existiu a vontade política de realizá-los e nem o foco necessário para torná-los uma realidade, já que pelo histórico do mesmo, o tempo de vida de cada documento que deveriam ser decenal, nunca ultrapassou os cinco anos. Tome como exemplo o atual PNAE que foi estabelecido para o período de 2005 a 2014. Então, vamos deixar de brincadeira, pois um Programa Espacial é algo muito sério, que envolve muitos recursos de ordem financeira e humana e riscos da mesma forma tão grandes quanto. Quando essas variáveis não são adequadamente levadas em conta pelos gestores do Programa Espacial de uma nação dona Raíssa, podem ocorrer acidentes, como o que ocorreu em 2003 no projeto do VLS, vitimando, ceifando a vida de 21 técnicos brasileiros e causando o maior desastre até hoje com perdas de vidas humanas em toda história da astronáutica. Portanto dona Raíssa, o que precisa realmente ser feito é deixar de papo furado, de politicagem, de jogo de cena e meter a mão na massa. O PNAE atualmente em vigor atende perfeitamente os objetivos do programa se o mesmo for levado com seriedade e competência. E é isto que falta dona Raíssa, ou seja, levar a sério o Programa Espacial Brasileiro. Do jeito que está dona Raíssa, os documentos citados pela senhora valem menos do que um rolo de papel higiênico. Sinceramente dona Raíssa, torço para que em 2020 não estejamos na décima versão do PNAE, discutindo a décima primeira versão desse documento. Leitor, não se surpreenda se nos próximos meses você venha a ler em algum jornal brasileiro a seguinte manchete: "Governo cancela projeto do VLS e planeja novo acordo com a Ucrânia". Vamos aguardar
Cara, concordo plenamente contigo!
ResponderExcluirEsse PNAE vale menos que meu papel higiênico, que concerteza cumpre com seu objetivo melhor que este documento de m @!?!# erda !!!
Pois é Ramir!
ResponderExcluirInfelizmente o PNAE apesar de ser um documento muito bem elaborado (principalmente o que está em vigor atualmente) nunca, em momento algum de sua existência foi levado a sério. As vitórias alcançadas na época dos PNAEs foram insignificantes se compararmos com o que foi alcançado por outros países (China, Índia, Coréia e outros) no mesmo período. Essa insignificância é grande também no Brasil se comparamos com a época da antiga MECB (Missão Espacial Completa Brasileira), quando produzimos cinco satélites (SCD-1, SCD-2, SCD-2A, Saci-1, Saci-2) e fizemos duas tentativas de lançamentos do VLS-1, além de termos iniciado o desenvolvimento dos satélites CBERS 1 e 2. Já na época dos PNAEs, com exceção dos satélites CBERS, pouco se viu e o mais relevante só irá ocorrer mesmo provavelmente em 2010 com o lançamento da SARA Suborbital e em 2011 com o lançamento do Amazônia 1 e com o vôo teste do VLS-1.
Abs
Duda Falcão