Telescópio Russo Mapeia Lixo em Minas Gerais
Olá leitor!
Agora segue
abaixo a segunda matéria de um especial de três matérias publicado ontem (29/04)
no site do jornal “O Estado de São Paulo”, tendo como destaque o lixo espacial
que está se acumulando na Órbita da Terra.
Duda Falcão
CIÊNCIA –
ESPECIAL
Telescópio Russo
Mapeia Lixo em Minas Gerais
Agencia Espacial
Russa financiou construção de instrumento que
monitora
detritos há um ano em observatório brasileiro
Fábio de Castro,
O Estado de
S.Paulo
29 Abril 2018 |
03h00
Fotos: Nilton
Fukuda/Estadão
Equipamento funciona em noite de céu limpo.
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O Brasil começou
a participar concretamente do esforço internacional de “faxina espacial” há
exatos dois anos, quando o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) assinou
com a Agência Espacial Russa (Roscosmos) um acordo para mapear os detritos
espaciais. Há um ano, foi inaugurado em Brazópolis, no sul de Minas Gerais, um
telescópio russo-brasileiro exclusivamente dedicado ao monitoramento de lixo espacial.
De acordo com o
diretor do LNA, Bruno Castilho, o Brasil entrou na iniciativa por causa de sua
localização geográfica. Para mapear o lixo espacial com precisão, os russos
precisavam de um parceiro no Hemisfério Sul. “A Roscosmos tem um telescópio dedicado
ao rastreamento na Rússia, que funciona em conjunto com o que operamos aqui.
Com um telescópio em cada hemisfério, conseguimos localizar os detritos com
mais precisão, porque sua posição é marcada pelos dois lados da Terra”,
explicou Castilho.
Quando as
coordenadas do objeto detectado são obtidas, os dados são enviados para a
Agência Espacial Europeia (ESA) e para a NASA, a agência espacial americana,
para serem registrados em um catálogo internacional. “Mesmo que as iniciativas
de remoção ativa do lixo espacial ainda não tenham começado de fato, essas
informações já são muito úteis. Quando um satélite novo é enviado, ele é
programado para evitar aquela rota com detritos”, disse.
O telescópio do
LNA, que fica no Observatório do Pico dos Dias, a mais de 1,8 mil metros de
altitude, funciona diariamente, em noites de céu aberto. De acordo com o
cientista, ele tem mapeado de 500 a 800 detritos espaciais por noite.
“O pessoal da
Rússia produz os dados principais e define para onde apontar o telescópio do Hemisfério
Norte. Eles então enviam os dados para o Brasil e nossos técnicos fazem as
observações. Um software caracteriza exatamente o que é o detrito, envia os
dados à Rússia e lá eles fazem o processamento final.”
Segundo
Castilho, o governo da Rússia financiou toda a construção e a instalação do
telescópio e contratou os funcionários brasileiros que atuam no projeto. “A
operação envolve seis cientistas e técnicos brasileiros contratados pela
Roscosmos. Não sabemos o valor investido no equipamento, mas estimamos em R$ 10
milhões”, disse.
O LNA emprestou
o terreno para a instalação do instrumento e, como contrapartida, os cientistas
brasileiros podem utilizar todas as imagens produzidas por ele em estudos
astronômicos. “Esse instrumento tem uma resolução mais baixa que os telescópios
astronômicos, mas possui um campo de visão maior. Quando procuramos uma estrela
variável, ou uma região onde há uma explosão de supernova, por exemplo, ele é
muito eficiente”, explicou.
Brasil passou a participar da 'faxina espacial' após
acordo entre o Laboratório Nacional de Astrofísica
(LNA) e a Agência Espacial
Russa (Roscosmos).
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Um
dos pontos que favorecia o Brasil era sua posição geográfica. |
Há um ano, foi inaugurado em Brazópolis, em Minas,
um
telescópio russo-brasileiro para
monitorar o lixo espacial.
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Fonte: Site do
Jornal O Estado de São Paulo – 29/04/2018
Comentário: Pois é, olhem ai amigo leitor a participação brasileira (graças a ajuda russa) neste esforço de mapeamento do lixo espacial. Aproveitamos para agradecer publicamente ao nosso leitor Bernardino Silva pelo envio desta matéria.
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