Alunos da UERJ Levam Brasil a Mundial de Foguetes
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (01/04) no site “R7
Notícias” destacando que alunos da Universidade do Estado do Rio de janeiro
(UERJ) irão representar o Brasil na Spaceport
America Cup de 2018 nos EUA.
Duda Falcão
RIO DE JANEIRO - SOCIAL
Alunos de Universidade do Rio
Levam Brasil a Mundial de Foguetes
Com 120 instituições inscritas, UERJ é a única
representante do RJ na Spaceport
America Cup. Campeonato vai ocorrer nos Estados Unidos,
em junho.
Por Juliana Valente, do R7*
01/04/2018 - 05h00
Fotos: Divulgação / Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro
Canalle Platinado, lançado no Festival Brasileiro
de
Minifoguetes em abril de 2017.
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Com quase três metros, o Atom, que vem sendo construído
desde setembro passado, é a aposta do GFRJ (Grupo de Foguetes do Rio de
Janeiro) da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) para a disputa
da maior competição de foguetes do mundo.
A equipe, composta por 35 alunos de engenharia, física,
ciência da computação e pedagogia, vai representar a universidade na Spaceport
America Cup.
Com 120 instituições inscritas, a UERJ é a única
representante do Rio de Janeiro no campeonato mundial, que vai ocorrer no Novo
México, nos Estados Unidos, entre os dias 19 e 23 de junho. Outras três
instituições brasileiras também participam da competição.
As fases da competição permitem aos
alunos mergulharem no mundo da engenharia aeroespacial. A SA CUP consiste
na apresentação do projeto e no lançamento do foguete. As categorias de
premiação variam de acordo com a elaboração do projeto do motor, além de
prêmios por inovações tecnológicas.
Projetado para atingir uma distância de 10 mil pés —
equivalente a 3.048 metros — o Atom está na fase final de construção.
Enquanto realizam testes estáticos do motor, os estudantes correm contra o
tempo para arrecadar recursos que viabilizem a participação no campeonato
internacional. Para o estudante de Física, Thiago Espírito Santo, de 21 anos,
essa competição é uma chance de mostrar ao mundo que, mesmo sem ter no Estado
uma referência na engenharia aeroespacial, o grupo conseguiu juntar
interessados em produzir uma experiência de ponta.
— Somos a primeira equipe da UERJ a sair do país para
alguma competição e participar com as melhores faculdades do mundo, onde a
população é fascinada pela engenharia aeroespacial. Conquistamos tudo
isso sem ter nenhuma referência no Estado para a área. Estamos realmente
produzindo conhecimento do zero.
O presidente do GFRJ, Wallace Rosendo, de 23 anos,
ressalta que a maior dificuldade enfrentada pelo projeto é a falta de
infraestrutura da UERJ.
— É um desafio enorme. Estamos em uma fase onde os
recursos são escassos e, por isso, precisamos nos adaptar a uma realidade que
exige maior procura por materiais e ferramentas para alinhar com o que há de
melhor entre as universidades de todo o mundo.
Além de buscar empresas parceiras, o grupo organiza rifas
e pretende ministrar minicursos para conseguir verbas. Com 2.000 curtidas, as
redes sociais do GFRJ são usadas pelos estudantes para a divulgação de
conhecimentos e apresentação da iniciativa.
Equipe GFRJ é composta por 35 alunos.
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Fundado no dia 7 de abril de 2016, o grupo se
autodenomina como um núcleo de resistência na Universidade e que tem como
objetivo principal a contribuição para o desenvolvimento do cenário
aeroespacial brasileiro. Criado em meio a maior crise da história da UERJ, o
GFRJ, formado por voluntários, presenciou a desistência de muitos integrantes.
Thiago conta que, como os estudantes não tinham aula, muitos ficaram
desmotivados.
— O grupo começou e se estruturou bem no início da maior
greve da UERJ. Muitas pessoas saíram da faculdade, não tinham aula, não
recebiam e ficavam muito desmotivadas em permanecer na equipe. Tivemos que
tirar dinheiro do nosso próprio bolso para manter o projeto. Em contrapartida,
temos integrantes que só ficaram na universidade por causa do GFRJ.
Segundo Wallace, o GFRJ funciona de maneira colaborativa,
onde os estudantes desempenham diferentes funções.
— Dividimos a equipe em grupos menores e cada um fica
responsável por uma parte do foguete. Ao final de cada prazo, as equipes
precisam apresentar seus relatórios. Durante a construção são feitos testes para
compararmos o que foi produzido com o planejado. Em seguida, testamos o foguete
em voo para verificarmos se será possível obter sucesso na missão. Depois
disso, nos preocupamos com o descarte do material que não será mais usado.
Além de contribuir para o desenvolvimento aeroespacial
brasileiro, Thiago ressalta a importância do projeto em difundir uma área pouco
valorizada no país.
— Estamos nos tornando referência no assunto. Colégios de
todo o Brasil pedem a nossa presença para ensinar e iniciar com os estudantes
projetos similares. Muitos alunos do Ensino Médio se interessam pela área, mas
não têm contato e não sabem o que está sendo produzido no Brasil.
O GFRJ realiza, uma vez por mês, uma oficina de
construção de foguetes no Centro Educacional Batista, em Casimiro de Abreu, no
interior do Estado. O objetivo é que, até o final do ano, os 70 inscritos
estejam qualificados a produzir um foguete com 500 metros de alcance. Para
Wallace, que sonha em ser professor, a oportunidade de capacitar os alunos é gratificante.
— Os jovens de Casimiro têm grande interesse no
aprendizado e são esforçados, mesmo tendo como desafio diário o limite de
recursos. É extremamente motivante ver jovens de ensino médio e fundamental,
imbuídos numa economia rural, buscar na engenharia aeroespacial a realização de
um sonho.
Interessados em apoiar o projeto devem entrar em contato
pelo gfrj.rio@gmail.com ou pela página no Facebook Grupo de Foguetes Rio de
Janeiro.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa
Fonte: Site R7 Notícias - https://noticias.r7.com
Comentário: Pois é leitor, um grande avanço para essa
equipe carioca com apenas dois anos de fundada, e muito se deve aos esforços do
jovem Ronaldo (apesar de seus erros) e também a todos integrantes desta jovem
equipe de fogueteiros carioca, bem como ao Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle
que acreditou e apoiou esta iniciativa.
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