Disputa Emperra o Programa Internet Para Todos do SGDC-1
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (16/04) no site “Tele.Síntese”
destacando que disputa está emperrando o "Programa Internet Para Todos" do trambolho
francês SGDC-1.
Duda Falcão
DESTAQUE
Disputa Emperra o
Programa Internet Para Todos
Briga envolvendo provedor Via Direta, de um lado, Telebras
e VIASAT, do outro, adia
uso do satélite brasileiro SGDC-1 para cobrir com banda
Ka regiões remotas do país
Por Rafael Bucco
Tele.Síntese
16 de abril
de 2018
A disputa judicial que coloca, de um lado, a estatal
Telebras e sua parceira comercial VIASAT, e do outro, o provedor manauara Via
Direta, já impacta o programa Internet para Todos. A política pública é vista
como principal legado
da gestão de Gilberto Kassab à frente do MCTIC, mas, por estar
diretamente ligada ao uso da capacidade do satélite brasileiro SGDC-1, acabou
refreada pela Justiça.
Há duas semana Kassab chegou a anunciar a ativação de
antenas na cidade de Pacaraima, em Roraima. Foram instalados equipamentos para
atender 28 escolas e um posto de fronteira do Exército. A VIASAT diz que já
estava preparada para conectar outra centena de postos nas semanas
subsequentes, em outras localidades.
Kassab chegou a anunciar que, a partir de junho, 200
antenas seriam instaladas por dia para o programa, com o objetivo de
cobrir 53 milhões de brasileiros com sinal de internet. Mas o trabalho foi
interrompido após notificação judicial, em função da briga.
A Via Direta reclama que a Telebras passou por cima de
negociações para uso de parte da capacidade civil do SGDC-1. Teria induzido a
empresa amazonense a considerar o acordo fechado, o que a fez investir em
infraestrutura para se conectar ao satélite. Durante as negociações, foi
anunciado o acordo entre a estatal e a VIASAT, prevendo que esta explorasse
100% da capacidade civil do artefato.
Sem acesso ao satélite, a Via Direta moveu ação na
Justiça do Amazonas, por perdas e danos. O processo depois caminhou para a
Justiça Federal. Uma liminar foi concedida logo na primeira instância,
suspendendo o contrato entre Telebras e VIASAT. A decisão foi mantida em duas
outras ocasiões pela Justiça
Federal. Uma conciliação está marcada para acontecer em 25 de abril.
Carta Conjunta
Telebras e VIASAT emitiram um comunicado conjunto na
sexta-feira (13) à noite, no qual dizem que a concorrente tenta espalhar
desinformação para prejudicar a parceria.
“A desinformação e as pretensões judiciais descabidas
podem se tornar um obstáculo de curto prazo para a Telebras e a VIASAT.
Contudo, estamos investindo no longo prazo. A Telebras e a VIASAT permanecem
confiantes de que a parceria será mantida nos tribunais e reconhecida pelo que
realmente é: uma abordagem lícita e inovadora para trazer benefícios sociais
importantes, como internet de alta velocidade a todo o Brasil”, dizem as
empresas.
A VIASAT afirma, na carta, que já investiu
“milhões de dólares para apoiar a parceria com a Telebras, e está
comprometida em investir muito mais”. Reitera que a parceria prevê
compartilhamento de receita, enquanto a estatal e o Exército serão os únicos
operadores do satélite. A prioridade, alegam, será cobrir o Brasil e acelerar a
política pública. Depois disso a VIASAT buscaria seus clientes.
A Telebras continuaria como a condutora principal
das políticas públicas. “A Telebras tem o direito exclusivo de fornecer
conectividade a milhares de escolas, postos de saúde, instituições governamentais
e comunidades isoladas. O único papel da VIASAT nesses locais é dar suporte à
Telebras com a instalação de equipamentos terrestres e na garantia do bom
funcionamento da rede. A VIASAT não tem direito de explorar comercialmente a
capacidade direcionada à Telebras no atendimento a clientes governamentais”,
ressaltam as empresas. Reiteram,
também serem as Forças Armadas as únicas a acessar a Banda X, de
uso militar.
Fonte: Site Tele.Síntese - http://www.telesintese.com.br/
Comentário: Pois é, tudo que começa errado e neste caso também motivado pelas razão erradas, só pode terminar errado.
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