Foguete Nacional Ganha Selo para Produção em Série
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (16/10) no jornal Folha de São Paulo destacando a certificação e o reconhecimento internacional do foguete brasileiro VSB-30 que agora se encontra pronto para a sua industrialização e conseqüente produção em série.
Duda Falcão
Foguete Nacional Ganha Selo para Produção em Série
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos
16/10/2009 - 08h42
A Aeronáutica anunciou ontem a certificação do foguete VSB-30, usado para realizar estudos científicos em ambiente de microgravidade. Este é o primeiro foguete certificado pelo país. Agora, a Aeronáutica quer repassar a tecnologia do veículo a empresas privadas para a produção em escala comercial.
O vice-diretor de Espaço do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que desenvolveu o veículo, coronel Carlos Antônio Kasemodel, disse que o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, antigo CTA, órgão vinculado à Aeronáutica), deve fazer uma seleção entre as empresas que se mostrarem interessadas em produzir o foguete
O vice-diretor de Espaço do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que desenvolveu o veículo, coronel Carlos Antônio Kasemodel, disse que o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, antigo CTA, órgão vinculado à Aeronáutica), deve fazer uma seleção entre as empresas que se mostrarem interessadas em produzir o foguete
Jamil Bittar -11.jul.07/Reuters
Cientistas trabalham em Alcântara (MA), no foguete VSB-30, que ganhou selo de produção em série; é o primeiro certificado do país
Segundo Kasemodel, ainda não foi definido se a indústria vai ter de pagar ao governo brasileiro para ter acesso às tecnologias. O mais provável, disse, é que a empresa selecionada para produzir o veículo se comprometa a pagar royalties, ou seja, repassar ao governo uma porcentagem dos lucros obtidos com a venda do foguete a clientes. Cada unidade do VSB-30 custa cerca de 300 mil.
"[A certificação] é um marco. Temos agora o reconhecimento, um selo de qualidade, que permite que o foguete seja comercializado com empresas e outros países", disse o coronel.
O desenvolvimento do VSB-30 começou em 2001 e é resultado de uma parceria entre o Brasil e a DLR (Agência Espacial Alemã). O foguete tem capacidade para levar uma carga útil de 400 kg a até 250 km de altura. Ele não consegue colocar um objeto em órbita ao redor do planeta, mas leva experimentos a altitudes onde a gravidade é menos intensa.
Até o momento, de acordo com Kasemodel, já foram feitos sete lançamentos com o VSB-30 -dois no Brasil e cinco na Suécia, os últimos sob encomenda da DLR.
Falha
Em julho de 2007, a carga útil de um VSB-30 com nove experimentos se perdeu após o lançamento em Alcântara (MA). De acordo com Kasemodel, os experimentos não foram recuperados devido a falha na carga útil e não no foguete.
A cerimônia de certificação do foguete, em São José dos Campos (SP), contou com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Fonte: Site do Jornal Folha de São Paulo
Comentário: Essa notícia que é mais completa que a anterior postada aqui no blog (veja a nota VSB-30 é Certificado em Evento em São José dos Campos) não deixa dúvida quanto à importância desse evento ocorrido dia 15/10. Com a certificação e o reconhecimento internacional do foguete VSB-30, caberá agora ao DCTA/IAE e ao governo Brasileiro não só a transferência da tecnologia desse foguete para a indústria, mas antes de tudo demonstrar a essa mesma indústria a viabilidade comercial desse foguete. Para tanto, será necessário que o governo amplie o número de operações de lançamento do VSB-30 no Brasil (o que seria muito bom para a comunidade científica brasileira e para o PEB) e procure outros países (além da Alemanha) interessados no uso do mesmo (pelo menos nesse primeiro momento) aumentando assim a demanda e conseqüentemente a viabilidade comercial desse produto e assim atraindo naturalmente o interesse da indústria na industrialização do mesmo. Não é uma tarefa fácil, é verdade, mas é possível de ser realizada, caso haja competência e planejamento.
"[A certificação] é um marco. Temos agora o reconhecimento, um selo de qualidade, que permite que o foguete seja comercializado com empresas e outros países", disse o coronel.
O desenvolvimento do VSB-30 começou em 2001 e é resultado de uma parceria entre o Brasil e a DLR (Agência Espacial Alemã). O foguete tem capacidade para levar uma carga útil de 400 kg a até 250 km de altura. Ele não consegue colocar um objeto em órbita ao redor do planeta, mas leva experimentos a altitudes onde a gravidade é menos intensa.
Até o momento, de acordo com Kasemodel, já foram feitos sete lançamentos com o VSB-30 -dois no Brasil e cinco na Suécia, os últimos sob encomenda da DLR.
Falha
Em julho de 2007, a carga útil de um VSB-30 com nove experimentos se perdeu após o lançamento em Alcântara (MA). De acordo com Kasemodel, os experimentos não foram recuperados devido a falha na carga útil e não no foguete.
A cerimônia de certificação do foguete, em São José dos Campos (SP), contou com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Fonte: Site do Jornal Folha de São Paulo
Comentário: Essa notícia que é mais completa que a anterior postada aqui no blog (veja a nota VSB-30 é Certificado em Evento em São José dos Campos) não deixa dúvida quanto à importância desse evento ocorrido dia 15/10. Com a certificação e o reconhecimento internacional do foguete VSB-30, caberá agora ao DCTA/IAE e ao governo Brasileiro não só a transferência da tecnologia desse foguete para a indústria, mas antes de tudo demonstrar a essa mesma indústria a viabilidade comercial desse foguete. Para tanto, será necessário que o governo amplie o número de operações de lançamento do VSB-30 no Brasil (o que seria muito bom para a comunidade científica brasileira e para o PEB) e procure outros países (além da Alemanha) interessados no uso do mesmo (pelo menos nesse primeiro momento) aumentando assim a demanda e conseqüentemente a viabilidade comercial desse produto e assim atraindo naturalmente o interesse da indústria na industrialização do mesmo. Não é uma tarefa fácil, é verdade, mas é possível de ser realizada, caso haja competência e planejamento.
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