14-X Aproxima-se do Seu Ensaio em Vôo Hipersônico
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na revista “Espaço Brasileiro” (Jul., Ago e Set. de 2009) sobre o projeto da espaçonave 14-X que está atualmente em desenvolvimento pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv).
Duda Falcão
14-X
IEAv se Aproxima de Ensaio
Hipersônico em Vôo
Assessoria de Comunicação Social / DCTA
Teste em túnel hipersônico de vento
A propulsão aspirada é uma promissora alternativa aos motores-foguetes atuais, funcionando, por exemplo, como opção em uma ou mais fases de missões de aceleração e acesso ao espaço. O interesse nela reside no fato de um estato-reator de combustão supersônica (scramjet) possuir uma séria de vantagens sobre o motor-foguete, dentre elas, maior impulso específico em velocidades hipersônicas, menor complexidade do sistema de apoio em solo, redução de tempo entre duas missões e maior capacidade em peso de carga útil.
Importante etapa a ser alcançada nessa tecnologia são os testes em vôo desse conceito. A Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica (EAH) do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), em conjunto com a Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), pretende construir um veículo waverider integrado a um combustor supersônico – veículo esse denominado 14-X, em homenagem ao pioneiro 14-Bis – e acelerá-lo horizontalmente, por meio de um foguete tipo VS-30 ou VS-40 modificado até March 6 (velocidade seis vezes maior do que a velocidade do som) . Mediante esse procedimento, o veículo poderia iniciar seu vôo autônomo acelerando até March 10. No curso do vôo, importantes medições de pressão e temperatura na superfície do modelo e no interior do motor poderiam ser auferidas.
Importante etapa a ser alcançada nessa tecnologia são os testes em vôo desse conceito. A Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica (EAH) do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), em conjunto com a Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), pretende construir um veículo waverider integrado a um combustor supersônico – veículo esse denominado 14-X, em homenagem ao pioneiro 14-Bis – e acelerá-lo horizontalmente, por meio de um foguete tipo VS-30 ou VS-40 modificado até March 6 (velocidade seis vezes maior do que a velocidade do som) . Mediante esse procedimento, o veículo poderia iniciar seu vôo autônomo acelerando até March 10. No curso do vôo, importantes medições de pressão e temperatura na superfície do modelo e no interior do motor poderiam ser auferidas.
Modelo de teste no Túnel de vento
No fim de 2008, concluíram-se, no túnel de vento hipersônico T3, do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu (IEAv), os testes preliminares de um modelo do veículo 14-X de 78 cm de comprimento. Obter a distribuição de pressão e observar o escoamento sobre o intradorso do modelo foram os principais objetivos dos ensaios. Em 2009, o estato-reator, em fase final de projeto, deverá ser submetido aos mesmos testes em túnel de vento. Nesse caso, pretende-se obter queima supersônica estável de hidrogênio no túnel T3, o que reproduzirá as condições de vôo.
Para os testes em vôo, duas opções ainda estão sendo estudadas. Na primeira, um C-130 Hércules da FAB adaptado levaria o foguete lançador integrado ao 14-X a uma altitude situada entre 5 a 9 Km, na qual o motor-foguete seria acionado. Na segunda, o foguete lançador e o 14-X seriam lançados no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Em ambas as alternativas, ao atingir o fim da queima, o foguete separar-se-ia do 14-X, que então poderia iniciar seu vôo autônomo.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - núm 06 - Ano 2 - Jul., Ago. e Set. de 2009 - Pags. 12 e 13
Comentário: Matéria que esclarece dúvidas sobre esse inovador projeto da espaçonave 14-X, mas que ao mesmo tempo gera outras dúvidas. Se não vejamos: Além de não confirmar a data de lançamento prevista (divulgada em outros meios com sendo 2012), desde que esse projeto foi apresentado pela primeira vez por volta do ano de 2006, fala-se no uso do foguete VS-40 como o seu lançador. Porém essa matéria da revista “Espaço Brasileiro” cita que poderá se usar o VS-40 ou o VS-30 e segundo uma matéria publicada no Correio Braziliense (veja aqui a nota Brasil Desenvolve Motor de Propulsão a Laser) de 18/10, a mesma confirma o uso do VS-40 em seu texto e o uso do VSB-30 na concepção artística publicada com a matéria, criando uma confusão até agora não explicada pelo jornal. Outra coisa a se notar é a interessante possibilidade que está sendo estudada pela FAB (segundo a matéria da revista) de lançar o foguete-espaçonave 14-X de um avião C-130 Hércules em vôo, opção essa adotada pelo foguete americano Pégasus para lançar seus satélites no espaço. Justamente como ocorreu com os satélites brasileiros SCD-1 e SCD-2, lançados pelo mesmo anos atrás. Se por um lado seria uma experiência interessante, por outro configuraria a primeira experiência brasileira nesse tipo de lançamento, o que a meu ver poderia aumentar as possibilidades de fracasso. Com a palavra os engenheiros que frequentam o blog.
Para os testes em vôo, duas opções ainda estão sendo estudadas. Na primeira, um C-130 Hércules da FAB adaptado levaria o foguete lançador integrado ao 14-X a uma altitude situada entre 5 a 9 Km, na qual o motor-foguete seria acionado. Na segunda, o foguete lançador e o 14-X seriam lançados no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Em ambas as alternativas, ao atingir o fim da queima, o foguete separar-se-ia do 14-X, que então poderia iniciar seu vôo autônomo.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - núm 06 - Ano 2 - Jul., Ago. e Set. de 2009 - Pags. 12 e 13
Comentário: Matéria que esclarece dúvidas sobre esse inovador projeto da espaçonave 14-X, mas que ao mesmo tempo gera outras dúvidas. Se não vejamos: Além de não confirmar a data de lançamento prevista (divulgada em outros meios com sendo 2012), desde que esse projeto foi apresentado pela primeira vez por volta do ano de 2006, fala-se no uso do foguete VS-40 como o seu lançador. Porém essa matéria da revista “Espaço Brasileiro” cita que poderá se usar o VS-40 ou o VS-30 e segundo uma matéria publicada no Correio Braziliense (veja aqui a nota Brasil Desenvolve Motor de Propulsão a Laser) de 18/10, a mesma confirma o uso do VS-40 em seu texto e o uso do VSB-30 na concepção artística publicada com a matéria, criando uma confusão até agora não explicada pelo jornal. Outra coisa a se notar é a interessante possibilidade que está sendo estudada pela FAB (segundo a matéria da revista) de lançar o foguete-espaçonave 14-X de um avião C-130 Hércules em vôo, opção essa adotada pelo foguete americano Pégasus para lançar seus satélites no espaço. Justamente como ocorreu com os satélites brasileiros SCD-1 e SCD-2, lançados pelo mesmo anos atrás. Se por um lado seria uma experiência interessante, por outro configuraria a primeira experiência brasileira nesse tipo de lançamento, o que a meu ver poderia aumentar as possibilidades de fracasso. Com a palavra os engenheiros que frequentam o blog.
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