Mais um Adiamento e Nenhuma Surpresa: A Novela da PSM Continua
Caros amantes das Atividades Espaciais!
No dia de ontem (16/09), o portal Revista Foguetes Brasileiros, mantido pelo nosso jovem e atento amigo Raul Carlos, trouxe mais um capítulo da já conhecida falta de rumo do programa espacial brasileiro oficial.
Lembram da tão aguardada "Operação Potiguar – Fase 2", prevista para ocorrer ainda em outubro de 2025? A missão tinha como objetivo qualificar em voo a Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), um dos poucos projetos espaciais do governo que ainda, para os menos antenados, gerava alguma expectativa.
Pois bem. Em contato com a "Piada Espacial Brasileira (AEB)", o portal confirmou (veja aqui) que a segunda fase da operação foi mais uma vez adiada. Agora, a nova previsão é para 2026. E, claro, sem maiores explicações. Segundo o portal, uma nova solicitação de esclarecimento foi enviada à agência, que até o momento segue em silêncio. Nenhuma nota oficial foi emitida.
E assim segue o triste espetáculo. A PSM, um equipamento fundamental para qualquer programa espacial autônomo — e nisso não há controvérsias —, arrasta-se há quase duas décadas. Desde o início, o projeto está sob responsabilidade da Orbital Engenharia, empresa do Old Space Brasileiro especializada no desenvolvimento de protótipos que raramente chegam à etapa final de operação. Infelizmente, tudo indica que o destino da PSM será o mesmo de tantos outros: uma peça de museu no Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), em São José dos Campos-SP. Com direito, é claro, a ufanismo oficial e à velha narrativa do "avanço do nosso Patinho Feio".
Vale lembrar amantes do espaço que, algo semelhante já ocorreu com a PSO (Plataforma Suborbital), um projeto anterior desenvolvido dentro do INPE. Chegou a ser testado em voo, mas morreu antes mesmo de nascer de fato.
O que temos, na prática, é a constante criação de projetos para alimentar narrativas e favorecer apadrinhados do sistema. Gente sem compromisso, sem escrúpulos e com um único objetivo: sugar recursos públicos enquanto vendem a ilusão de um programa espacial sério ao povo brasileiro.
Fica aqui o reconhecimento ao jovem Raul Carlos, que vem acompanhando e investigando esse e outros projetos com energia e seriedade. Sempre que ele trouxer novidades sobre o nosso patético programa espacial governamental, trarei aqui para nossos leitores. Confesso que já não tenho mais paciência para garimpar informações nesse mar de promessas vazias e incompetência institucionalizada. Ainda bem que a nova geração vem aí — e que venha com gás.
Brazilian Space
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É necessário cobrar o poder público "governo federal" e ao MPF para averiguar e investigar do porque ao não andamento do nosso programa espacial que a década do pós desastre de Alcântara vive rastejando projetos com financiamentos públicos sem ao menos mostrar um mínimo de resultado dos tais projetos. O governo tem uma meta de longo prazo para o setor espacial, financia a partir de instituiçoes públicas como FINEP e BNDS porém parece que tais instituições que se diziam de reputação elibada dentro das forças armadas vem sabotando o avanço dessa meta. É necessário que haja uma investigação do MPF e PF sobre a AEB, FAB e IAE em questões para sabermos do porque os projetos financiados não estarem em andamentos que faz perdurar anos sem resultado algum. Algo estranho! Onde há fumaça, há fogo! E vamos cobrar!
ResponderExcluirA partir de agora teremos que cobrar ao governo federal e ao MPF para que haja investigação sobre a AEB, FAB e IAE do porque dos atrasos dos projetos já financiados. Pra mim, tem alguma coisa estranha nisso tudo!
ResponderExcluirVLM atrasado, motor foguete S-50 e o andamento da fabricação do VS-50 atrasado e agora esse projeto PSM atrasado. Sem falar que o próprio IAE que deveria está reformado por conta dos financiamentos que a FAB vem recebendo do governo e nada. Tá muito estranho isso aí! Vamos cobrar!
ResponderExcluirBom dia Themonion!
ResponderExcluirPois é amigo, estamos nessa luta para desmascarar esses 'agentes do caos' desde que criamos o BS em 2009. Entretanto essa luta tem se mostrado infrutífera, pois a Sociedade Brasileira não está interessada resolver esses desmandos, e muito menos em relação as atividades espaciais, que sequer, tem sua crucial importância reconhecida. Um verdadeiro prato cheio para os vagabundo e oportunistas.