Proposta de Orçamento 2018: Defesa Sofre Cortes Expressivos
Olá leitor!
Normalmente não postamos notícias da Área de Defesa em
nosso Blog, mas como esta notícia em questão aborda a Área Espacial trazemos
para você este artigo publicado dia (02/11) no site da revista “Tecnologia & Defesa”.
Chamo sua atenção para o que o TEMER fará com o PEB em 2018.
Duda Falcão
Proposta de Orçamento 2018:
Defesa Sofre Cortes Expressivos
Por Roberto Caiafa
Revista T&D
Nov 2, 2017
O Governo Brasileiro apresentou na última terça-feira
(31/10) a Proposta de Orçamento definitiva para o ano de 2018 e, com
isso, indicou os valores disponíveis para serem aplicados em políticas públicas
e investimentos no próximo ano.
Comparando esses números com os do orçamento de 2017,
conclui-se que a previsão para o valor total de gastos subiu 2,98%, totalizando
R$ 3,5 trilhões, em linha com o teto de gastos (que permite um aumento de
até 3% em 2018).
Os valores incluem gastos com pessoal e encargos,
despesas correntes, investimentos, gastos financeiros, reserva de contingência,
juros, encargos e amortização da dívida.
Do total de R$ 3,5 trilhões, R$ 1,77 trilhão foi reservado
para o serviço da dívida e, outro R$ 1,72 trilhão, para gastos com pessoal,
despesas correntes, investimentos e reserva de contingência.
A indicação de valores, neste primeiro momento, não
significa necessariamente que estes recursos serão gastos. Isso porque o Congresso
Nacional ainda tem de avaliar a proposta e pode fazer alterações.
Além disso, o governo também pode optar por bloquear
recursos (contingenciar) no próximo ano para cumprir a meta fiscal, ou seja, o
resultado pré-fixado para as contas públicas, que é de déficit (despesas
superiores às receitas) R$ 159 bilhões nas suas contas – algo que é muito
comum.
Quem perdeu dinheiro?
A proposta de orçamento para o próximo ano mostra que
houve uma forte queda de recursos disponibilizados para algumas áreas, entre as
quais a Defesa Nacional.
Fortemente atingida pelos cortes, a Defesa Nacional terá
de lidar em 2018, com uma previsão orçamentária de R$ 11,03 bilhões, contra R$
13,3 bilhões neste ano, uma queda de 16,97%, o equivalente a R$ 2,25 bilhões.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que
essa é a “realidade” do governo neste momento. Ele acrescentou que o Executivo
procurou manter o funcionamento dos programas sociais em um “nível bom” e,
também, dar andamento às obras mais importantes de infraestrutura.
(José Cruz/Agência Brasil)
Brasília – O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira,
anuncia medidas para reduzir os gastos públicos.
|
“Temos de fazer escolhas. Temos de ter equilíbrio entre
as diversas atividades. O governo não tem nenhuma atividade desnecessária.
Fizemos uma proposta que está muito equilibrada dentro das dificuldades que
temos, pois há uma parte do orçamento, que são as despesas, crescendo o dobro
do limite do orçamento. Tem uma parte que está comendo o orçamento das outras:
a Previdência”, afirmou.
Dentro do escopo de interesse desse artigo, é importante
citar que foram beneficiados com mais recursos no próximo ano os sistemas de
gestão de riscos e de desastres (+86%, ou R$ 803 milhões a mais) e de energia
elétrica (+8,37%, ou R$ 81 milhões).
ORÇAMENTO – Comparativo Entre 2017 e 2018
Na tabela abaixo, divulgada pelo Ministério do
Planejamento, selecionamos áreas de atuação governamental relacionadas
direta ou indiretamente com Defesa Nacional e Segurança Pública, Ciência,
Tecnologia e Inovação (Pesquisa & Desenvolvimento), Comércio Exterior,
Política Nuclear, Política Espacial, Indústria de Óleo & Gás e Ministério
da Defesa.
Área ou programa
|
R$ em 2017
|
R$ em 2018
|
variação %
|
Ciência, tecnologia e inovação
|
3,5 bilhões
|
2,8 bilhões
|
-18,09%
|
Gestão de riscos e desastres
|
925 milhões
|
1,7 bilhão
|
86,8%
|
Petróleo e gás
|
123,9 milhões
|
82,2 milhões
|
-33,6%
|
Política espacial
|
266,8 milhões
|
151,4 milhões
|
-43,2%
|
Defesa nacional
|
13,2 bilhões
|
11 bilhões
|
-16,9%
|
Política nuclear
|
1 bilhão
|
614,6 milhões
|
-40,5%
|
Política externa
|
1,1 bilhão
|
935 milhões
|
-21,8
|
Ministério da Defesa
|
54,9 bilhões
|
58,7 bilhões
|
7,04%
|
Fonte: Ministério do Planejamento
|
Um Orçamento Para Se Lamentar
A grave crise na Ciência Brasileira pode ser
medida pelo corte expressivo de 18% no orçamento do próximo ano.
Projetos estratégicos como o Acelerador de Luz
Sincroton, em fase final de construção em São José dos Campos (SP), ou o Reator
Multipropósito Brasileiro de grande porte (RMB), que terá 30 megawatts
de potência e capacidade de atender à demanda nacionais em áreas como
testes de irradiação de materiais e combustíveis nucleares ou a
realização de pesquisas científicas e tecnológicas com feixes de nêutrons,
estão correndo sério risco.
O reator RMB será construído no município paulista
de Iperó, a 130 quilômetros de São Paulo, junto ao Centro Experimental de
Aramar, da Marinha do Brasil, local onde é desenvolvido o protótipo
do Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro.
Parte do terreno – uma área de 1,2 milhão de metros
quadrados – foi cedida pela Marinha para a Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN), e a parte complementar de 800 mil metros quadrados
necessária foi cedida pelo Governo do Estado de São Paulo.
No total, o empreendimento RMB conta com uma área
de mais de 2 milhões de metros quadrados, o que possibilitará a transformação
do local no principal polo de tecnologia nuclear do país, pois terá dois
reatores nucleares (o de pesquisa, RMB, e o de teste, Labgene) e toda
uma importante infraestrutura laboratorial de tecnologia nuclear.
A descontinuidade ou abandono desses programas trará como
consequência imediata o exôdo de cientistas e pesquisadores brasileiros de
altíssimo nível para nações mais avançadas cientificamente, onde a Ciência é
levada a sério e entendida como fator de desenvolvimento nacional.
A Gestão de riscos e desastres vai receber um incremento
de 86,8%, um salto quântico expressivo. Projetos como o Sistema Nacional de
Comunicações Críticas (SISNACC) e o Centro Nacional de Gerenciamento de
Riscos e Desastres receberão um novo alento, atuando com mais eficácia no
gerenciamento dos desastres naturais e climáticos, especialmente na época das
chuvas (de janeiro a abril).
Dando continuidade a crise que assola a Petrobras,
o corte de 33,6% significa que encomendas de navios tanques e plataformas de
exploração, necessárias no Pré-Sal, ficarão postergadas para um segundo
momento. A revitalização da construção naval brasileira, muito dependente de
encomendas da indústria de óleo & gás, permanece também em segundo
plano durante 2018.
A “Política Espacial”, para esse autor algo inexistente
no País, sofreu um corte de 42,3%. Apesar do Governo sinalizar com a provável
encomenda do 2º satélite SGDC, enquanto vai gradativamente colocando o
primeiro em operação, o corte anunciado significa que a utilização da Base
de Alcântara como centro espacial para lançamento de satélites, pelo
Brasil, torna-se a cada dia uma visão impossível de ser alcançada.
Considerando que a Base de Alcântara tem a melhor
localização no mundo para lançamentos de satélites, pois os foguetes lançadores
partindo dali gastariam menos combustível (consequentemente sendo mais leves),
e levando-se em conta os estágios atuais dos programas de desenvolvimento para
propulsores, cargas úteis, sensores e tecnologias associadas, todos evoluindo a
passo de tartaruga, pode-se concluir que a tal “Política Espacial” é um engodo
midiático do Governo Brasileiro, pois o País preferiu pagar a Agência
Espacial Européia para lançar o SGDC a partir da Guiana Francesa,
algo que poderia ser feito em Alcântara se nos anos anteriores essa “Política
Espacial” tivesse auferido alguma efetividade, em que pese os hercúleos
esforços da Força Aérea Brasileira e pesquisadores/cientistas envolvidos
para alavancar o Programa Espacial Brasileiro.
Sucessos pontuais no lançamento de foguetes de
pesquisa em parceria com outros Países e o desenvolvimento de novos propulsores
merecem destaque positivo.
A Defesa Nacional sofreu corte de 16,9%, o que
significa mais atrasos em vitais Projetos Estratégicos das Três Forças.
Somado a isso, o corte de 40,5% na “Política Nuclear”, majoritariamente tocada
pela Marinha do Brasil, associada com entidades civis, significa que o PROSUB,
na sua vertente nuclear, está acumulando atrasos e perdas expressivas, o que já
começa a levantar questionamentos internos quanto a capacidade do Governo em
concluir o Programa de Submarinos da forma como foi planejado.
No entanto, foram registrados avanços importantes. O Centro
Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) executa, atualmente, a montagem
eletromecânica do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica (LABGENE),
localizado no Centro Experimental Aramar, em Iperó (SP).
A partir do LABGENE, sistemas navais para
propulsão a vapor serão testados, principalmente na parte nuclear, o que é
vital para o Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro. Nesse programa
de testes, incluiu-se a operação conjunta de diversos sistemas eletromecânicos,
em escala 1:1, como turbinas a vapor saturado, condensadores, painéis
elétricos, bombas de circulação, sistemas de controle e instrumentação
associada.
A maioria dos componentes ora em montagem foi projetada e
construída no Brasil. Com a diminuição dos recursos, essa vital parte do
programa pode sofrer atrasos difíceis de serem recuperados posteriormente.
A perenidade de recursos para a “Política Nuclear”
brasileira ainda é uma quimera, um desejo sem resposta, um sonho distante.
Nesse cenário desalentador, verificar um corte de 21,8%
na política externa é algo sintomático. Se o Brasil não consegue cumprir os
deveres de casa internos, como pode almejar algo maior entre nações “sérias”,
assim reconhecidas por apresentarem democracias verdadeiras e não uma “ditadura
jurídico-parlamentar” eivada de escândalos de corrupção, narcotráfico, tráfico
de influências e disputas entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
sempre em detrimento do bem estar da população?
Por fim, o aumento de 7,04% no orçamento do Ministério
da Defesa deverá cobrir despesas de custeio da própria pasta.
Não se sabe ainda de onde virão os recursos necessários
para treinar tropas e preparar equipamentos para novas participações
brasileiras em missões de paz no exterior.
A propalada participação brasileira em ações na África
Central, a partir de meados de 2018, está assim bastante comprometida.
Como exemplo, a aquisição de viaturas IVECO LMV,
selecionadas pelo Exército Brasileiro em 2016 para serem empregadas
nessas missões, ainda não decolou por falta de recursos.
Fonte: Site da Revista Tecnologia & Defesa - http://tecnodefesa.com.br
Comentário: Pois é leitor, do Desgoverno Collor de Melo ao
Desgoverno Temer esses vagabundos populistas de merda destruíram o Programa
Espacial do país. Não é por acaso que os gringos estão entrando com força por todas
as áreas e tomando conta. Não há mais como acreditar que isto seja por pura ignorância
desses vermes mal intencionados. Está claro que este é um plano engendrado para
entregar o controle do setor a outros países em uma tremenda festa do exterior.
Como posso defender um programa como este junto aos jovens estudantes que me
procuram interessados em trabalharem no PEB? Não há como fazer isto leitor,
seria uma tremenda irresponsabilidade de minha parte incentivar esses jovens,
se nem eu mesmo acredito mais nesta fantasia chamada Programa Espacial
Brasileiro. O sonho acabou leitor, e literalmente fracassamos, nós a Sociedade
Brasileira, responsável pela produção desses vermes que nos governam. Recordo
ao leitor que pouco antes da necessária queda da DEBI DILMA, eu disse em meus
comentários que isto não significaria necessariamente numa melhora na Politica
Espacial e poderia até piorar como se nota está acontecendo. Veja você no
orçamento previsto para 2018 que apesar do aumento do orçamento do Ministério
da Defesa (7.04%) em relação a 2017 (de 54,9
milhões para 58,7 milhões) todos os projetos estratégicos dos setores de Ciência
e Tecnologia, da Defesa Nacional, Petróleo e Gás, Política Nuclear e Politica
Espacial, foram seriamente prejudicados (no caso da Politica Espacial eu diria
mortalmente prejudicado). Enquanto isso áreas como “Gestão de Riscos e Desastres”
obteve um aumento de 86,8% e a área de Politica Externa que, apesar de sofrer um
corte de 21,8, terá a seu dispor 935 milhões, um valor varias vezes superior ao
destinado a Politica Espacial. Vale aqui dizer para os menos informados que essas
duas áreas não foram privilegiadas por acaso, são áreas que Populistas de Merda
adoram, pois delas pode-se colher frutos políticos enormes, seja junto ao eleitorado,
junto a comunidade internacional (atraindo investimentos e possíveis possibilidades
de falcatruas), bem como na venda de uma imagem de governo fantasiosa que só
trará benefícios em médio e longo prazos aos interesses nefastos desses vermes.
Porém eu pergunto a culpa é desta Classe Política, ou da nossa própria sociedade egocêntrica, estúpida, ignorante, hipócrita e desinteressada? Fica a pergunta. Gostaria aqui de agradecer ao Pe.
Paulo Giovanni pelo envio deste artigo.
Defesa Sofre Cortes Expressivos , essas notícias são um Colírio Moura Brasil para os IMPERIALISTAS GLOBAL, se antes na ERA PT , com todos os esquemas de Mensalão , Petrolão , Lava-Jatos , etc. tinha Dinheiro para todos esses investimentos , por quê que agora com a Venda dos Blocos no Pré-Sal , vendas de Hidrelétricas, aumentos dos Combustíveis, aumento da Luz, etc, etc, etc, ---- agora eu pergunto a todos , para onde está indo todo esses Bilhões do Governo Temer ?
ResponderExcluirCortes asfixiantes na Defesa,na saúde,na educação,na moradia popular,na ciência e na tecnologia,na segurança,na cultura etc;mas para que esse estrangulamento?Se antes o governo empenhava 40% do orçamento para o pagamento de juros ,agora 55% é para o pagamento de juros a taxas que beiram a agiotagem.Tudo para enriquecer ainda mais os rentistas.Aquela casta de 1% que detêm mais da metade da renda produzida pela sociedade.Forças Armadas para defender o que,se tudo está sendo rifado a precinhos camaradas.
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