Corte no Orçamento do INPE Ameaça Satélites e Monitoramento da Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo uma
interessante matéria publicada ontem (25/11) no site do jornal “O Estado de São
Paulo”, destacando que Corte no orçamento do INPE ameaça satélites e monitoramento
da Amazônia.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Corte no Orçamento do INPE Ameaça
Satélites e Monitoramento da Amazônia
Orçamento real
do instituto encolheu quase 70% nos últimos sete anos; dispositivo
feito em
parceria com a China corre risco de ficar pronto e não chegar ao espaço
Herton Escobar,
O Estado de S.
Paulo
Enviado especial
25 Novembro 2017
| 20h00
SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS - Na grande sala de integração de satélites do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), um misto de engenheiros brasileiros e chineses se
aglomera ao redor do corpo metálico e ainda nu do novo Satélite Sino-Brasileiro
de Recursos Terrestres, o CBERS 4A. Vestindo jaleco, touca e sapatos especiais,
eles examinam e testam cada um dos equipamentos que planejam enviar ao espaço.
Previsto para
ser lançado em dezembro de 2018, mas já adiado para meados de 2019, o CBERS 4A
é uma das vítimas mais ilustres da crise de recursos humanos e financeiros que
ameaça paralisar projetos e serviços essenciais do INPE. Entre eles, o
monitoramento da Amazônia e as “previsões numéricas” do tempo, que são a base
de toda a meteorologia nacional.
“A situação é
terrível”, diz o diretor do instituto, Ricardo Galvão. O orçamento real do INPE encolheu quase 70% nos últimos sete anos, de R$ 326 milhões, em 2010, para R$
108 milhões, em 2017, segundo dados obtidos pelo Estado e
corrigidos pela inflação. Já o quadro de funcionários encolheu quase 25% em dez
anos.
Foto: Werther
Santana/Estadão
Engenheiros chineses estão no INPE para
iniciar montagem
do CBERS 4A.
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Para 2018, a
tendência é piorar. A proposta do governo é cortar 39% do orçamento de todos os
institutos e autarquias ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações, incluindo o INPE e a Agência Espacial Brasileira.
“Esse corte
certamente implicará a descontinuidade de alguns programas de grande relevância
no instituto”, alerta Galvão. “Tenho sérias dúvidas se vamos conseguir renovar
essa colaboração com a China.”
O CBERS 4A
(pronunciado “cibers”, na sigla em inglês) é o sexto satélite produzido em
parceria pelos dois países. Dotados de câmeras que escaneiam continuamente a
superfície terrestre, eles produzem imagens essenciais para o planejamento e
monitoramento de safras, gestão de recursos hídricos, planejamento urbano,
controle do desmatamento e outras aplicações. As imagens são distribuídas
gratuitamente online para milhares de usuários, principalmente do setor
agrícola.
Cegueira Espacial
Já existe a intenção
de renovar a parceria para a construção de mais dois satélites, mas o CBERS 4,
que é o único ainda operacional em órbita, dificilmente viverá o suficiente
para isso – sua expectativa de vida útil se encerra agora, em dezembro. A
partir daí, ele pode parar de funcionar a qualquer momento, deixando o Brasil
“cego” no espaço.
“O CBERS 4A foi
concebido para preencher essa lacuna entre o fim da vida do CBERS 4 e a
concepção da próxima geração de satélites”, diz o coordenador do Segmento
Espacial do programa, Antonio Carlos Pereira Junior. O projeto do 4A é quase
idêntico ao dos CBERS 3 e 4, aproveitando peças sobressalentes para encurtar ao
máximo o tempo necessário para colocá-lo em órbita. Ainda assim, os entraves
burocráticos, jurídicos e financeiros são muitos, diz Pereira Junior.
Por Dentro do
CBERS 4A
Conheça o novo
satélite que está sendo construído pelo Brasil e a China
Fonte: INPE e AEB - Estadão
Veja as informações da imagem acima na página de origem pelo
link: http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,corte-no-orcamento-do-inpe-ameaca-satelites-e-monitoramento-da-amazonia,70002097320
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Para voar em
dezembro de 2018, diz ele, o contrato de lançamento deveria ter sido assinado
em junho – com 18 meses de antecedência, pelo menos, por causa de todos os
preparativos necessários. A dúvida agora é se haverá recursos suficientes nas
contas do ano que vem para lançá-lo em 2019. “Corremos o risco de ter o
satélite pronto e não conseguir lançá-lo.”
O orçamento
aprovado para o programa CBERS neste ano foi de R$ 70 milhões. Em meio a cortes
e contingenciamentos, porém, o INPE recebeu menos da metade disso: R$ 31,5
milhões. O custo do lançamento é de US$ 15 milhões para cada país (cerca de R$
50 milhões, pela cotação do dólar).
Impactos
Outro projeto
ameaçado pelo aperto fiscal é o do Amazonia 1, primeiro satélite de observação
da Terra 100% brasileiro, que está em construção no Laboratório de Integração e
Testes (LIT) do INPE.
A meta é ter o
satélite pronto em janeiro de 2019, mas contratos e licitações que precisam ser
feitos com antecedência estão caindo em atraso. Dos R$ 58 milhões previstos no
orçamento deste ano, o projeto recebeu só R$ 15 milhões.
Tanto o CBERS
quanto o Amazonia são considerados essenciais para que o Brasil não dependa
exclusivamente de satélites estrangeiros para monitorar seu território. O INPE gasta US$ 250 mil por ano comprando imagens dos satélites Landsat (americano) e
Resourcesat (indiano), indispensáveis para o monitoramento do desmatamento na Amazônia
– complementadas pelo CBERS 4.
Mas até para
isso o INPE está sem recursos, afirma Galvão. “Não paguei o contrato do Landsat
este ano, e não sei como vou pagar no ano que vem.”
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 25/11/2017
Comentário: E o que mais intriga é a surpresa do Estadão e
da mídia em geral quanto a esta situação. Galera da mídia, o PEB vem se
desintegrando desde Fernando Collor de Mello e hoje é uma piada e vive do
esforço de seus profissionais sérios que teimam em não entregar o osso, enquanto
o governo vende uma imagem para a Sociedade Brasileira que não condiz com a realidade
dos fatos. São todos bandidos, mentirosos, irresponsáveis, vermes populistas de merda que se beneficiam do caos e vão continuar se beneficiando ainda por muito tempo, já que a própria Sociedade é parte omissa, parte interessada e uma grande parte ignorante.
" OS POVOS SEM CIÊNCIA E SEM TECNOLOGIA DE PONTA, NÃO PASSARÃO DE CORTADORES DE LENHA E SIMPLES CARREGADORES DE ÁGUA PARA OS POVOS MAIS DESENVOLVIDOS, DE VISÃO FUTURÍSTICA E ACIMA DE TUDO, ESCLARECIDOS" - " ALERTA: JÁ ESTÁ ACONTECENDO!!!!"
ResponderExcluirO orçamento de 2018 para ciência apresenta um enorme corte que precisamos reverter. MAIS COMO? Qual á formula para combatermos o grande MAL ? Alguém tem uma saída? Na realidade já estamos todos, anestesiados, a mente já lavada, amarrados pela incompetência, desleixos, e acima de tudo nas mãos destes bastardos, transvestidos de ovelhas em corpos de lobos!!!! que representam o socialismo, o marxismo. É bom lembrar que tudo que está acontecendo, foi culpa da ANISTIA. Não se pode dar uma de bonzinho, (PERDÃO para os inimigos da nação, NUNCA!!)Em fim, o general Figueiredo, se não me falhe a memória em 1976, MASSAGEOU de forma contundente os larápios comunistas, satisfazendo as suplicas da Mídia abstrata e, de outros cegos da época, que vivem até hoje ao sabor das farras, novelas, futebol, etc. Acorda pessoal abestado! um olho na missa e outro no vigário. Ainda não aprendemos com a história vivida pelos Venezuelanos, Coreanos do Norte, Bolivarianos, e até mesmo a encubada Rússia.
Não é necessário muito para verificarmos que entre os temas mais importantes da atualidade na área científica estão os estudos para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para cura ou tratamento das doenças que assolam a humanidade, as pesquisas genômicas com o objetivo de entender e curar doenças atualmente incuráveis (cada vez mais frequentes), como o câncer ou o Mal de Alzheimer.
Há também os grandes avanços em informática e comunicação, como as novas metodologias 5D, a nanotecnologia e os novos materiais que podem substituir a pele humana e outros tecidos, além das fantásticas descobertas em outros planetas, a origem e a observação para a compreensão do universo.
Cada vez mais as grandes potências investem em ciência e tecnologia, bem como nas grandes áreas, dentre estas, os estudos sobre doenças terminais, energias renováveis, água e qualidade de vida.E o nosso tão sofrível PEB-PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO, onde andas realmente? Anda senhores, nos corredores do ESQUECIMENTOS, em direção da PULSÃO DE MORTE, é a pura realidade, que tristeza, que melancolia.
Toda nossa inteligência e capacidade interdisciplinar têm se voltado para estes assuntos dentre outros tão importantes. Porém esses filhos bastardos da pátria, nos impede de progredir, de lançarmos de vez, nosso BRASIL, rumo ao espaço.
No Brasil, não foi diferente. Nosso sistema de ciência e tecnologia se desenvolveu no decorrer do século XX, embora os investimentos tenham sido sempre menores ( PÍFIOS). Para eles não importa, o decálogo de "max", é bem claro, missão: Destruir á base da essência da família, delapida toda a riqueza da nação,e mais!!!! Volatizar a EDUCAÇÃO, CASTRAR o DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO e finalmente introduzir o espirito peromiscos nas escolas, a que ponto chego o BRASIL.
Mesmo assim, houve grandes avanços na área da Medicina, Física, Antropologia, Geografia, Astronomia e Sociologia.
Não raro, cientistas brasileiros figuram entre os maiores e mais proeminentes do mundo, apesar da falta de condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisas, que vão desde de poucos recursos até a falta de pessoal ou de infraestrutura.
O cientista brasileiro é antes de tudo um malabarista, um bandeirante audaz, que se destaca por sua simplicidade criativa, capacidade de interagir e compartilhar, aliada a uma invejável interdisciplinaridade natural.
Que Deus salve o nosso BRASIL! Amém!!!!
Da mesma forma que a Lei da Responsabilidade Fiscal proíbe o governo de gastar mais da metade do orçamento com salários também deveria proibi-lo de gastar mais de 50% do seu orçamento com o pagamento de juros.
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