Programa Espacial: Debatedores Apontam Avanço Tecnológico Como Essencial Para a Defesa

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (27/11) no site da “Agência Senado” tendo como destaque a Audiência Pública sobre o Programa Espacial Brasileiro (PEB) realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal no dia de ontem.

Duda Falcão

COMISSÕES

Programa Espacial: Debatedores Apontam Avanço Tecnológico Como Essencial
Para a Defesa

Da Redação,
Agência Senado
27/11/2017, 20h38
Atualizado em 28/11/2017, 10h42

Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

Em audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta segunda-feira (27), os especialistas convidados foram unânimes em apontar o avanço tecnológico como um importante fator para a defesa nacional.

O chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva, disse que o programa espacial já alcançou uma competência significativa, mas ainda está aquém do que seria necessário para o país. Ele lembrou que o programa compreende a pesquisa e o desenvolvimento das tecnologias de veículos lançadores, de produção de satélites e da exploração espacial em geral no Brasil.

De acordo com Alvani Adão da Silva, a falta de concursos regulares e a pouca previsão orçamentária para o setor são pontos negativos. Enquanto o orçamento anual dos Estados Unidos destina US$ 40 bilhões de dólares para seu programa espacial, o Brasil destina apenas US$ 100 milhões. Já a Argentina investe mais de US$ 1 bilhão.

O militar sugeriu mudanças na gestão do programa e apresentou um histórico da evolução aeronáutica do Brasil. Ele apontou a importância da Base de Alcântara, no Maranhão, como ponto estratégico para o programa espacial. E afirmou que a defesa sempre foi estímulo para o avanço tecnológico e para o desenvolvimento econômico. Como exemplo, ele apontou o uso de celulares e aplicativos, que dependem necessariamente de um satélite ativo.

— É muito difícil pensar em soberania sem pensar em autonomia tecnológica no campo da defesa — declarou.

Agência Espacial

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, disse que a missão da entidade é extremamente complexa, pois envolve a defesa do governo e da sociedade. A agência é a responsável pelo programa espacial brasileiro desde 1994. Ele defendeu o uso comercial da Base de Alcântara, com o lançamento de um satélite mais moderno, capaz de atender a demandas empresariais. Coelho ainda sugeriu mudanças na governança do setor, com uma agência mais leve e ágil, a exemplo do que é a Nasa, nos Estados Unidos, e outras agências europeias.

— O desenvolvimento tecnológico é um pilar muito importante para o desenvolvimento econômico, para o bem-estar da Nação e para a sua defesa — ressaltou.

Para o diretor de Assuntos de Defesa e Segurança da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Joanisval Brito Gonçalves, é impossível dissociar o desenvolvimento tecnológico da defesa nacional, pois “não é possível defender um país com paus e pedras”. Gonçalves disse que foram os programas espaciais que permitiram o desenvolvimento de itens usados no dia a dia — como o velcro, o pincel atômico e o micro-ondas ou ainda celulares e aplicativos de localização.

Gonçalves ainda apontou a Base de Alcântara como um projeto estratégico e de localização privilegiada — o que daria à base um diferencial competitivo — mas observou que o centro está “subutilizado”. Ele também defendeu uma governança mais moderna e mais investimentos em planejamento, para que o programa espacial brasileiro seja mais eficiente.

— Precisamos de reflexão estratégica, precisamos pensar em um projeto de Brasil. Não dá para tocar um programa espacial com contingência e sem vontade política — argumentou.

A realização da audiência pública foi uma sugestão do presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL), que a coordenou. A presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), militares e embaixadores estrangeiros no Brasil também acompanharam a audiência.




Fonte: Site da Agência Senado

Comentário: Resumindo em poucas palavras, mais uma palhaçada desses vermes. Todo e qualquer evento que envolva este Fórum vergonhoso e esse banana do Sr. Braga Coelho, não pode em hipótese nenhuma ser levado a sério. Ainda mais uma Comissão que tem como presidente uma pessoa como Fernando Collor de Melo, faça-me uma garapa. Este país não tem memoria ou a mesma é manipulada em favor dos interesses de grupos de marginais que se alternam no poder saqueando a nação.

Comentários

  1. O Projeto Espacial Brasileiro nunca irá pra frente neste país, sabe porque?

    Porque lançamento de foguetes no Brasil não trás nenhuma benéfice para os políticos, não gera vantagens políticas visando votos, posteriomente.

    Nesse país infelizmente é assim que as coisas funcionam.

    Mais da metade da nossa população nem tem conhecimento do que seja Programa Espacial Brasileiro e que ele exista e a sua importância para a Nação.

    As coisas são feitas ao trancos e barrancos, com dificuldades devido aos recursos escassos e, mesmo assim, quando se tenta lançar, algo dá errado, como aconteceu em 2015 e 2016.

    Pior 2017 que está chegando ao fim e nada foi lançado.

    Não sou pessimista mas sim realista com relação ao nosso PEB, e infelizmente enquanto não houver vontade política, porque depende deles a liberação de recursos, estamos fadados a assistir pela TV os lançamentos de outros países.

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    1. Agora mesmo o governo teve vontade política para conceder uma isenção fiscal às transnacionais que levarão nosso petróleo o que significará para elas um ganho de 1 trilhão de reais.

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  2. Não adianta esse tipo de reunião para debater o PEB quando o problema apresentado sempre é a falta de recursos e só. Já tenho dito isso aqui e reitero, colocar mais dinheiro no PEB é jogá-lo fora.
    Não que não sejam necessários mais recurso, o que acontece é que a legislação para administrar esses recursos não apenas paralisa e desincentiva a atividade de pesquisa como aterroriza os gestores. Sempre há a possibilidade de alguém utilizar essa legislação esdrúxula para abrir um processo. Soma-se a isso a baixíssima produtividade do servidor público que, protegido por uma legislação corporativista e leniente, não tem nenhum pudor ao não cumprir expediente e/ou usá-lo para fins particulares.
    O PEB precisa sim do novo formato de governança e com uma legislação adequada - mire-se nos exemplos dos países que fazem atividade espacial seriamente

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    1. Olá Sr. Heisenberg!

      O senhor está com toda a razão, colocar mais dinheiro nesses institutos sem antes arrumar a casa e sem a garantia de compromisso do governo para com resultados, é mesmo que jogar dinheiro no lixo. Programa espacial se faz com a presença governamental, sem ela o setor não se desenvolve.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. " QUANTO VALE O TEMPO PERDIDO PARA O PEB ?"

    Não há tempo melhor para fazer o que é CERTO do que no próximo ano de votações. O futuro nunca está aqui, está distante para nos torcedores do PEB. Qual quer progresso só pode acontecer no próximo ano, acredite Brasonautas!!!Agora é o único momento em que todo e qualquer avanço cientifico pode ser feito, é concentrarmos nossos esforços, para levar ao próximo presidente, nossas súplicas em prol do Programa.
    Quem ainda não ouviu falar que o tempo é valioso? Quanto tempo perdido desde que foi inaugurado a Barreira do Inferno.Não sou uma pessoa supersticiosa, para mim a razão social da Base em Natal, não seria uma ' Barreira" e nem " INFERNO", mais sim, " ACESSO DO CÉU".
    A palavra tempo, pode ter vários significados, dependendo do contexto humano, para os políticos abestados corruptos, não significa nada, simplesmente nada!!! para nos entusiastas do PEB, tem significado melancólico, tristeza, decepção, principalmente angustia, em ser testemunhas dos outros países, que começaram junto com o Brasil, em suas pesquisas, e hoje são um potência, quer exemplo: O programa Espacial Indiano. Quer entra em desespero, aguarde em data próxima o sucesso da Argentina no setor.
    Essa briga com os ponteiros do relógio, é o tema recorrente nas discussões entre os espaçomodelistas e também no âmbito do nosso "Blog" Brazilian Space, já foi debatido contundentemente.
    Metáforas e debates à parte, não deixaremos de brigar, comentar, criticar aqueles que nada fazem para a ordem e progresso do PEB.
    O próximo governo, tem por obrigação e dever de recuperar o tempo PERDIDO, estabelecendo prioridades emergenciais no PEB. Contudo, não adianta planejar, prometer, todas as tarefas de ajudas de socorro, e não ter disposição financeira contábil, a grosso calibre, para realizá-las. O meu medo é tornar-se escravo do relógio da espera.
    O tempo é, sem dúvida, uma das coisas que mais passam rápido na vida de um abstrato programa espacial, que andam pulando como Saci-Pererê,num campo minado de governos incompetentes.
    Em fim, não existem ferramentas que compensem a falta de objetividade, e honestidades dos propósitos de uma nação prospera, que é o Brasil. Mais há um belo prêmio de honra, para quem for governar com democracia e responsabilidades em 2018, com o nosso sofrível PEB, que há anos vem sucumbindo ao acaso.
    Por isso, é preciso perceber que, na época em que vivemos, cheios de conquistas, veículos pousando na vertical,
    façanhas da SpaceX, é algo fundamental e precioso recuperarmos o tempo perdido. Com ele, podemos fazer praticamente o mesmo, ou melhor!! quase tudo. Então, melhor não perdê-lo a partir de 2019. Só tempo dirá!!

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