Falta de Verbas Compromete o Controle de Tráfego Aéreo e as Pesquisas Espaciais, Adverte Comandante da FAB
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na edição de maio do
“Jornal do SindCT” destacando que em audiência pública no Senado, o Comandante
da Aeronáutica, o Tenente Brigadeiro
Nivaldo do Ar Nivaldo Luiz Rossato, disse que a falta de verbas compromete o controle de tráfego
aéreo e as pesquisas espaciais.
Duda Falcão
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO FEDERAL
Falta de Verbas Compromete Controle de
Tráfego Aéreo, Adverte Comandante da FAB
Outro setor relegado cronicamente pelo país, segundo o brigadeiro
Nivaldo Rossato, é o de pesquisas espaciais. O Brasil investe somente
0,06% do PIB nessa área, cerca de U$ 100 milhões. A Argentina tem
investido U$ 1,2 bilhão por ano
Sergio Vieira
Agência Senado
Jornal do SindCT
Edição nº 57
Maio de 2017
Foto: Pedro França/Agência Senado
Comandante da FAB depõe à Comissão de Relações
Exteriores
e Defesa Nacional (CRE). A seu lado,
o senador Fernando Collor, presidente da CRE.
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Os cortes de verbas e restrições orçamentárias que
atingem o controle de tráfego aéreo nos últimos anos já afetam a confiabilidade
do sistema no Brasil. O alerta foi feito pelo comandante da Aeronáutica,
tenente brigadeiro-do-ar Nivaldo Luiz Rossato, em audiência pública realizada
em 18 de maio na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
“A Força Aérea se ressente dessa falta de recursos. É
relativamente grave. O país parou de investir enquanto o custeio não para de
aumentar. Isso acaba degradando em parte o sistema, a confiabilidade é
prejudicada”, alertou.
De acordo com o comandante, os recursos são
contingenciados apesar de serem oriundos de tarifas com destinação específica para
o setor, não provenientes do Tesouro Nacional.
Amazônia
O comandante também reclamou pelo fato de o Ministério
dos Transportes não estar mais repassando à Força Aérea a parte equivalente à
manutenção da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA). “A COMARA
está há dois anos à míngua. Ou voltam esses repasses ou vamos fechar a COMARA,
porque essa estrutura deteriora rapidamente sem manutenção”, lamentou.
Por isso, ele pede uma ação no âmbito do Legislativo ou
por meio do próprio Ministério dos Transportes para o retorno desses recursos,
que chegaram a representar R$ 300 milhões por ano. O setor, segundo o
comandante, está consciente da atual conjuntura de restrições orçamentárias,
mas acredita que a sociedade brasileira não pode abrir mão de investir pelo
menos R$ 100 milhões por ano.
“Talvez seja esse o interesse de grande parte do mundo,
que deixemos a Amazônia para que seja transformada numa reserva internacional.
Se queremos nossa presença lá, esta é uma responsabilidade da Força que tem que
ser dividida com toda a sociedade brasileira”, afirmou.
O comandante também pediu atenção urgente para a
necessidade de modernizar a frota de aviões-radares, que fazem avigilância das
fronteiras. A quantidade desses instrumentos também vem caindo devido à falta
de investimentos, informou Rossato.
Argentina
Outro setor negligenciado cronicamente pelo país, segundo
o comandante da Aeronáutica, é o de pesquisas espaciais. O Brasil, informou
Rossato, investe somente 0,06% do PIB nessa área, cerca de U$ 100 milhões. A
Argentina, observou ele, tem investido cerca de U$ 1,2 bilhão por ano, 12 vezes
mais que o Brasil.
“A Argentina, a despeito de ter as mesmas dificuldades
que nós, tem percebido melhor a potencialidade do espaço”, disse o militar,
lembrando que outros países, como EUA, Rússia, China e Índia, investem ainda
mais.
O lançamento do satélite geoestacionário no último dia 4
de maio foi um grande passo na avaliação do comandante. Para ele, a iniciativa
deve melhorar muito a infraestrutura de comunicação militar e dos serviços de
banda larga, inclusive para a Região Amazônica. Por isso, Rossato disse que a
Força Aérea está trabalhando na efetivação de um segundo satélite dessa
modalidade. “Investir em satélites, não só o geoestacionário, que ainda não
temos, é fundamental para aumentar a produtividade na agricultura e no controle
das fronteiras”, explicou.
A efetivação dos caças Grippen, uma parceria com a
Suécia, e da parceria público-privada visando à gestão da rede de comunicações
integradas da Aeronáutica foram outras notícias relacionadas à área destacadas
por Rossato durante a audiência na CRE.
O presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL),
disse acreditar que as necessidades básicas de recursos da Força Aérea
brasileira precisam ser providas pelo governo “de alguma forma”, devido a seu
caráter estratégico e a sua importância para a soberania nacional.
“Se vizinhos nossos estão investindo muito mais, temos
que estar alertas, não podemos perder essa vantagem que sempre tivemos, mas
estamos perdendo”, lamentou.
Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS)
também manifestaram preocupação com os investimentos em pesquisas espaciais.
Viana sugeriu que a CRE tenha como compromisso suprapartidário suprir a
Aeronáutica dos recursos mínimos demandados, em suas emendas ao Orçamento.
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 57ª - Maio de 2017
Comentário: Bom, primeiramente devo dizer que essas
Audiências Públicas só servem para fazer jogo de cena, pois não se resolve absolutamente
nada. Vale dizer que a falta de verbas não é o único problema que afeta o PEB, coisa que o comandante do COMAER esqueceu convenientemente de dizer, além do que a sua postura de Pedinte (ele parece ter esquecido que está a serviço do Povo Brasileiro e não de governo
nenhum - não fazem mais militares como antigamente) só facilita as coisas para esses vermes. E outra leitor, Collor presidindo uma
Comissão para falar de investimento em Defesa e em Pesquisas Espaciais? Só pode
ser brincadeira. A falta de memoria e a hipocrisia desta Sociedade de merda que
dorme em berço esplêndido é realmente insuperável. Triste.
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