Estudo Elaborado Pelo INPE Traça o Mapa da Produção de Energia Solar no Território Nacional
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada ontem (27/06) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) destacando que um
estudo elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) traça o
Mapa da Produção de Energia Solar no Território Nacional.
Duda Falcão
Notícias
Estudo Elaborado Pelo INPE Traça o Mapa
da Produção de
Energia Solar
no Território Nacional
Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, país tem
enorme potencial para
produção de energia solar. Área que vai do Nordeste ao
Pantanal reúne as
principais condições para ampliar a capacidade produtiva.
"O potencial para
gerar energia solar no Brasil é gigantesco, especialmente
no Cinturão Solar",
diz o físico Enio Pereira.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 27/06/2017 | 17:16
Última modificação: 27/06/2017 | 18:16
Crédito: Reprodução da Internet
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) –
unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC) – lança em julho a segunda edição do Atlas
Brasileiro de Energia Solar com informações sobre o potencial de geração de
energia elétrica a partir da matriz fotovoltaica do país. Os dados apontam para
uma "enorme" capacidade de explorar esse recurso, principalmente no
chamado Cinturão Solar, área que se estende do Nordeste até o Pantanal, pegando
o norte de Minas Gerais, o sul da Bahia e o norte e nordeste de São Paulo.
A primeira versão do Atlas, produzido em 2006 com dados
compilados ao longo de dez anos, já apontava esse potencial de
expansão. Agora, a quantidade de material obtido por meio de satélites permitiu
uma análise mais profunda sobre a real capacidade do país no setor e indica a
possibilidade de expansão da produção total e dos meios de geração de energia
elétrica solar. A nova edição utilizou informações levantadas durante 17 anos.
Nela, já dados sobre a quantidade e disponibilidade da radiação solar, a
variação de potência dos raios, como os fatores climáticos – notadamente a
presença de nuvens – influenciam a disponibilidade e a influência da topografia
para a incidência dos feixes de luz solar.
Segundo o coordenador dos estudos, Enio Pereira, o Atlas
contribuirá para a tomada de decisões estratégicas nas políticas públicas do
setor de energia elétrica. "Para você usar qualquer forma de energia, tem
que conhecer a disponibilidade dela. O Atlas fornece a informação sobre a
quantidade, a disponibilidade da radiação solar e como ela varia, as questões
climáticas que influenciam, a topografia, a variação de disponibilidade. Ele
serve para tomada de decisões do governo, para a iniciativa privada definir
investimentos e para estudiosos entenderem a disponibilidade de energia solar
no Brasil", explica o físico, que atua no Laboratório de Modelagem e
Estudos de Recursos Renováveis de Energia (LABREM) do INPE
O Atlas também traz informações técnicas para a
instalação de equipamentos solares para uso doméstico, como geradores
locais de energia elétrica ou aquecedores de água.
Atualmente, a participação da fonte solar na matriz energética
brasileira representa apenas 0,02% do total produzido no país. Na avaliação de
Enio Pereira, a capacidade produtiva do Brasil pode crescer com a instalação de
novos empreendimentos. "O potencial para gerar energia solar no Brasil é
gigantesco, especialmente no Cinturão Solar. Toda essa área tem um potencial
enorme de geração, porque tem incidência de muita luz solar e durante um longo
período, especialmente entre maio e setembro, que é uma época de seca na maior
parte desse território", afirma o físico.
Entraves
Um dos desafios encontrados pelo setor é conseguir manter
a produção diante das variabilidades das condições atmosféricas, como em dias
chuvosos ou com alta nebulosidade. Esse é considerado um entrave-chave para a
expansão da produção solar, especialmente na comparação com a fonte
hidrelétrica.
"A hidrelétrica, tendo água, você consegue programar
de forma constante a sua produção. Na solar, você não tem controle de quanto
vai gerar porque tem uma nuvem passando. É uma energia que varia muito com o
tempo. Essa é uma questão que deve ser resolvida", diz.
O pesquisador do INPE ressalta que a alternativa apontada
pelo Atlas Brasileiro de Energia Solar para resolver este problema é
distribuir a produção. Assim, é possível manter o volume de geração, mesmo que
determinada área não tenha condições de gerar energia. Ele alerta, porém, que
ainda há um longo caminho a ser trilhado para garantir uma técnica eficiente de
produção.
"Uma saída é fazer geração descentralizada. Isso
pode render em uma produção mais ou menos constante. Técnicas estão sendo
desenvolvidas para minimizar a variabilidade, e isso depende de desenvolvimento
tecnológico. Estamos trabalhando para buscar soluções para isso. O INPE tem
tido um papel pioneiro no levantamento do levantamento de dados de energia
solar no Brasil, e esperamos contribuir para a expansão da energia solar no
Brasil", ressalta.
Para produzir o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o INPE contou com a participação de pesquisadores de várias instituições brasileiras,
como a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Instituto
Federal de Santa Catarina (IFSC). Serão produzidas 1.500 cópias do estudo, que
serão distribuídas para instituições do setor.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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