Consultor da NASA Fala Sobre Viagem Colaborativa ao Espaço; Leia Entrevista
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (15/06) no site “G1”
do globo.com, destacando que consultor da NASA falou sobre viagem colaborativa
ao espaço durante a realização da “Campus Party BSB”.
Duda Falcão
DISTRITO FEDERAL
Consultor da NASA Fala Sobre Viagem
Colaborativa ao Espaço; Leia Entrevista
Matthew F. Reyes fez palestra na Campus Party BSB, nesta
quinta. Para ele,
é preciso mudar visão sobre exploração aeroespacial,
pensar em
naves e robôs infláveis e financiamento coletivo.
Por Mateus Rodrigues,
G1 DF
15/06/2017 17h15
Atualizado 15/06/2017 17h15
(Foto: Mateus Rodrigues)
Consultor NASA, Matthew da F. Reyes,
fez palestra na
Campus Party BSB.
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Para um consultor estratégico da NASA com anos de
experiência no Vale do Silício, como o norte-americano Matthew F. Reyes, os
projetos de jovens programadores e empreendedores poderiam parecer "coisa
de criança". Talvez por isso, a palestra desta quinta-feira (15) na Campus
Party Brasília tenha atraído tanta atenção. Por quase uma hora, Reyes mostrou
as possibilidade do "faça-você-mesmo" na exploração aeroespacial.
"Eu não sabia fazer satélites até começar a fazer e
treinar", disse, no palco. "Se voltarmos ao espaço, seria
interessante que nossas estações fossem modulares, de fácil construção."
Em entrevista ao G1, depois da palestra, Reyes detalhou a ideia.
"Uma das coisas que não explorei no palco é que,
quando comecei na NASA, isso não existia. Após uns dois anos, eu consegui
trazer uma feira de makers [realizadores] dentro da NASA. Esse é o nível mais
básico, e precisamos entender como isso torna os voos mais baratos".
As iniciativas tomadas por Reyes na NASA se assemelham a
alguns projetos da Campus Party BSB. Ele conta que, há alguns anos, construiu
um "fab lab" – laboratório livre de tecnologia compartilhada – dentro
de uma das bases da agência norte-americana, em parceria com o MIT.
"Fui contratado para acompanhar um programa de
estágio, e ajudar estudantes a resolver problemas tecnológicos nos projetos. O
que eu via eram sempre os mesmos problemas, ano após ano. Então, montamos esse
lab com impressoras 3D, serras, corte a laser, para que eles pudessem inovar e
resolver as coisas mais rápido", diz.
Exploração Aeroespacial
Durante a palestra, Reyes mostrou alguns dos testes que
podem alterar, por completo, a visão que temos da exploração aeroespacial nos
próximos anos. Em vez de chapas pesadas de metal e roupas de baixa mobilidade,
há desenvolvedores pensando em naves e robôs infláveis, de plástico resistente,
e até em naves "pré-moldadas" cortadas na madeira.
"A NASA não conseguia fazer essas coisas por causa
da burocracia, e porque entendia a falha como morte. Eles confundiam a vida dos
astronautas com o hardware. Quando você dá um passo para trás, percebe que é
diferente, e permite que as coisas deem errado sem surtar".
Reyes garante que todos os exemplos mostrados ao público
da Campus Party Brasília – incluindo celulares e chips de pequeno porte
lançados ao espaço – têm viabilidade comercial e econômica. A maior parte
surgiu de financiamento coletivo, de pequenas startups americanas ou europeias.
Questionado sobre o dinheiro necessário para impulsionar
esse tipo de pesquisa, Reyes afirma que os governos podem ser parceiros, mas
rejeita a ideia de esperar financiamento público para colocar uma ideia em
prática.
Colaboração Criativa
"A NASA não recebe tanto dinheiro, temos 0,1% do
orçamento [dos Estados Unidos]. É tão pequeno, e meu papel é baratear os
projetos. Se você cria um projeto, pode dizer ao governo: 'caramba, se eu
tivesse uma base de lançamento, um foguete para testar', já é uma forma de
começar. Há muito concreto, metal, infraestrutura pesada para o setor privado,
que o governo pode absorver", afirma o consultor.
Além de toda a filosofia "faça-você-mesmo",
Matthew Reyes diz acreditar em uma "colaboração criativa" para
superar barreiras e ampliar as iniciativas de exploração espacial. Segundo ele,
a grandiosidade do desafio é justamente o motor de propulsão para essa atitude
cooperativa.
"Colaborar é um ato de humildade, é você admitir que
não consegue fazer tudo. Quando falamos de algo muito difícil, que é ir ao
espaço, as pessoas já partem desse ponto de humildade. As estrelas inspiram as
pessoas", conclui Reyes.
Fonte: Site “G1” do globo.com – 15/06/2017
Comentário: Louvável esta palestra deste consultou da
NASA e bem realista também, pois Programa Espacial se faz e se sempre se fez (mesmo
na esfera governamental) com grande colaboração, sendo o Projeto APOLLO da NASA
um grande exemplo disto. Entretanto o Sr. Reys vive em uma outra realidade bem
diferente da realidade brasileira, onde o Egocentrismo continua sendo um grande
problema, fruto de uma sociedade desastrosa que só pensa em seu próprio umbigo,
ou seja, no eu, nunca no nós (há não ser em projetos pontuais como a exemplar Missão
Garatea-L) e enquanto esta atitude não mudar jamais esta mudança de visão
poderá ser empregada no Brasil com eficiência, infelizmente. No entanto, fico
na torcida para que essa galerinha de Engenheiros Aeroespaciais e de outras
áreas que estão sendo formados agora em nossas universidades possam entender
isso definitivamente, e quem sabe assim sensibilizar investidores do mercado da importância
em se apostar no setor espacial. Por enquanto, na atual conjuntura, acho muito difícil
e bastante improvável que isso aconteça, mas não há como negar que missões como
a Garatéa-L pode ajudar a mudar isso. Aproveitamos para agradecer ao leitor
Jahyr Jesus Brito pelo envio dessa notícia.
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