Detecção de Ondas Gravitacionais Vence o Prêmio Princesa das Astúrias. INPE Participou da Descoberta
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (23/06) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que com a
participação deste instituto, a pesquisa internacional que detectou Ondas Gravitacionais
venceu o prêmio “Princesa das Astúrias de Investigação Científica e Técnica
2017”.
Duda Falcão
Detecção de Ondas Gravitacionais Vence
o Prêmio Princesa
das Astúrias.
INPE Participou da Descoberta
Sexta-feira, 23 de Junho de 2017
A pesquisa internacional em torno do Observatório
Interferométrico de Ondas Gravitacionais LIGO (do inglês Laser Interferometer
Gravitational-wave Observatory) foi a vencedora do Prêmio Princesa de Astúrias
de Investigação Científica e Técnica 2017.
A detecção de ondas gravitacionais, que confirmou parte
fundamental da Teoria Geral da Relatividade formulada por Albert Einstein, foi
realizada por um time de vários países, entre eles cientistas do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).
Promovido pela Fundação
Princesa de Astúrias, da Espanha, o prêmio foi concedido neste mês
aos físicos Rainer Weiss, Kip Thorne e Barry Barish, e todo o grupo LIGO, por
“responder a um dos desafios mais importantes da física em toda sua história”.
A Colaboração Científica LIGO possui seis membros na
Divisão de Astrofísica do INPE: Odylio Denys Aguiar, César Augusto Costa,
Márcio Constâncio Jr, Elvis Camilo Ferreira, Allan Douglas dos Santos Silva e
Marcos André Okada.
O grupo do INPE trabalha no aperfeiçoamento da
instrumentação de isolamento vibracional e térmica do LIGO, na sua futura
operação com espelhos resfriados. O principal objetivo é aumentar a
sensibilidade dos detectores para observar mais fontes de ondas gravitacionais.
Além disso, o grupo atua na caracterização dos
detectores, buscando determinar as suas fontes de ruído e a minimização dos
seus efeitos nos dados coletados, permitindo que sinais de ondas gravitacionais
fortes sejam mais facilmente localizados.
A primeira detecção de ondas gravitacionais foi realizada
em 2015 e inaugurou um novo campo da astronomia. Depois disso, o LIGO fez
outras duas observações diretas, a última
anunciada no início deste mês.
Ondas gravitacionais carregam informações sobre suas
origens e sobre a natureza da gravidade que não podem ser obtidas de outra
forma. As ondulações no tecido do espaço-tempo provocadas pela colisão de
buracos negros haviam sido previstas, mas nunca observadas antes do LIGO.
De acordo com a relatividade geral, um par de buracos
negros orbitando entre si perde energia através da emissão de ondas
gravitacionais, fazendo-os se aproximarem gradativamente ao longo de bilhões de
anos e bem mais rápido nos minutos finais. Durante a fração final de segundo,
os buracos negros colidem um contra o outro com velocidade aproximadamente
igual à metade da velocidade da luz e formam um buraco negro mais massivo,
convertendo em energia uma porção da massa total do par, de acordo com a
fórmula de Einstein E=mc2.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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