UnB Desenvolve Nanosatélite Para Análise Ambiental
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (13/07) no site da “Universidade
de Brasília (UnB)” tendo como destaque o desenvolvimento do Nanosatélite SERPENS-1.
Duda Falcão
CIÊNCIA
UnB Desenvolve Nanossatélite
Para Análise Ambiental
Projeto da Agência Espacial Brasileira é liderado pela
Universidade
de Brasília, em parceria com instituições nacionais e estrangeiras
Marcela D´Alessandro
Da Secretaria de
Comunicação da UnB
UnB Agência
13/07/2014
Fotos: Divulgação / Projeto SERPENS
Já está em
Tsukuba, no Japão, o satélite de pequeno porte CubSat desenvolvido por
estudantes da Universidade de Brasília e de outras instituições de nível superior
nacionais e internacionais.
Criado pela
Agência Espacial Brasileira (AEB), o projeto SERPENS – Sistema Espacial para a
Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – buscará coletar,
armazenar e retransmitir dados ambientais, usando bandas de frequência de
rádio.
Ele pode
captar qualquer tipo de informação, porém, neste início, enviará dados
relacionados às condições do clima perto das universidades que integram o
consórcio acadêmico. Da Terra, o pessoal envolvido no projeto poderá fazer o
download desses dados.
A previsão é
de que nesta terça-feira (14) ele seja integrado ao veículo lançador japonês que,
em 16 de agosto, o levará até Estação Espacial Internacional – já em órbita.
De lá, em
outubro, o nanossatélite será ejetado e iniciará sua missão, inspirada no
Sistema Brasileiro de Coleta de Dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), responsável por colher informações ambientais do Brasil.
Nanossatélite Serpens mede 10 x 10 x 30 cm e pesa cerca de 3 kg. |
Aluno do
sétimo semestre de Engenharia Aeroespacial da UnB, Igor Kinoshita foi um dos
responsáveis por levar o nanossatélite SERPENS até Tsukuba e acompanha de
perto, no Japão, a etapa de integração do artefato ao veículo lançador.
"A
experiência de construção do Serpens foi única, pois tivemos a oportunidade de
ter contato com diversos profissionais da área de sistemas espaciais, o que
possibilitou a absorção de um conhecimento de extrema complexidade de que o
Brasil carece", avalia.
Os estudantes
dos cursos de Engenharia Aeroespacial e de Engenharia Elétrica dividiram
tarefas com alunos das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), do ABC
(UFABC), de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Federal Fluminense (IFF), além de
universidades da Espanha (Universidade de Vigo), dos Estados Unidos (Morehead
State University e California State Polytechnic) e da Itália (Sapienza
Università di Roma).
"Há também o crescimento pessoal, de trabalho em
equipe, já que, para tirar do papel um sistema tão complexo quanto um satélite,
todos devem desempenhar sua atividade de forma eficaz", ressalta
Kinoshita.
Ex-aluno de Engenharia Mecatrônica da UnB e hoje bolsista
da Agência Espacial Brasileira, Gabriel Figueiró teve oportunidade de
participar da construção do Serpens com os estudantes – e também está no Japão
acompanhando o projeto pela AEB. "A experiência foi muito enriquecedora.
Para tornar esse projeto possível, tivemos que lidar com desafios técnicos,
dificuldades burocráticas, regulamentações nacionais e internacionais, entre
outros. Eu [no papel de líder de investigação] emprestei meus conhecimentos
técnicos aos estudantes e mantive todas essas atividades em andamento, sempre
envolvendo pelo menos um estudante em cada processo", conta Figueiró, que
foi aprovado dentro das vagas no primeiro concurso realizado pela AEB e aguarda
nomeação.
Segundo ele, uma das atividades mais importantes na
Agência Espacial é o apoio ao desenvolvimento tecnológico junto às
universidades. "Fui estudante universitário em formação com apoio da AEB.
Trabalhar lá dentro é muito legal, principalmente pelo órgão estar em conjunto
com as universidades e por estender oportunidades semelhantes às que tive para
os atuais estudantes", diz Figueiró.
Equipe do SERPENS (de azul) junto à equipe do Laboratório
de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (LIT/INPE),
em São José dos Campos (SP).
|
Coordenadora do projeto na UnB, a professora Chantal Cappelletti,
da Faculdade UnB Gama, explica que a Universidade assumiu a liderança do
Serpens porque há diversos docentes com experiência na área de microssatélites
– há pelo menos outros quatro colegas envolvidos.
Chantal, por exemplo, desenvolveu e lançou quatro
satélites nos últimos quatro anos. "Depois de compartilhar conhecimento
com as outras universidades, a liderança passa para uma delas. O Serpens II
[que dará sequência ao projeto atual] será liderado pela Universidade Federal
de Santa Catarina", afirma.
A professora ressalta que um dos usos mais relevantes dos
nanossatélites é justamente em projetos educacionais. "Como envolvem menos
recursos e podem assumir mais riscos, atividades espaciais, que eram muito
exclusivas, passam a ser mais acessíveis a diferentes grupos. Missões de baixo
custo com nanossatélites podem ser conduzidas com o envolvimento direto de
jovens engenheiros, cientistas ou mesmo estudantes sem muita experiência",
detalha.
"O efeito esperado é que eles aprendam na prática
sobre tecnologia espacial e, no futuro, possam contribuir com diferentes
atividades-chave para o avanço da área no Brasil", conclui.
Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)
Comentário: Bom leitor, como eu disse anteriormente, em
respeito ao esforço feito pelos alunos que aparecem e não aparecem nessas fotos,
o BLOG desistiu de trazer a tona os graves erros de coordenação ocorridos com
este projeto, e também os caminhos estranhos questionáveis que levaram a AEB do
Sr. Braga Coelho a estabelecer o mesmo. Mesmo reconhecendo a relevância de
alguns pontos apresentados na nota acima, devido ao que ocorreu, não podemos
deixar de estamos temerosos do que poderá acontecer com este nanosatélite no
espaço. Porém, como já disse em comentário anterior, vamos ser positivos e
torcer para que tudo venha dar certo, e que o esforço dos estudantes tenha sido
suficiente para resolver os problemas de coordenação deste primeiro
nanosatélite do Projeto SERPENS. Seja como for e o resultado alcançado, vale
dizer que se aprende mais com os erros do que com os sucessos, e neste caso
creio que a experiência vivida por todos esses jovens engenheiros será de
grande valia em suas carreiras. Avante SERPENS-1
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