Nanossatélite SERPENS Está no Japão Para Ser Integrado a Lançador
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota da postada hoje (14/07) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Nanosatélite SERPENS já está
no Japão para ser Integrado a lançador.
Duda Falcão
Nanossatélite SERPENS Está no Japão
Para Ser Integrado a
Lançador
UnB
Foto: Divulgação/AEB
Modelo de voo do SERPENS
quando na fase de integração no Laboratório
de Integração e Testes (LIT) do INPE,
em São José dos Campos (SP).
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Brasília, 14 de julho de 2015 –
O satélite de pequeno porte SERPENS, desenvolvido por estudantes da
Universidade de Brasília (UnB) em parceria com alunos de outras instituições de
nível superior nacionais e internacionais já está em Tsukuba, no Japão.
A
previsão é de que hoje (14) ele seja integrado ao veículo lançador japonês que,
em 16 de agosto, o levará até Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em
inglês) de onde será colocado em órbita em outubro.
Criado
pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o projeto SERPENS – Sistema Espacial
para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – buscará
coletar, armazenar e retransmitir dados ambientais, usando bandas de frequência
de rádio. Sua missão é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável por colher
informações ambientais do país.
Em
órbita ele pode captar qualquer tipo de informação, porém, neste início,
enviará dados relacionados às condições do clima perto das universidades que
integram o consórcio acadêmico. Da Terra, o pessoal envolvido no projeto poderá
fazer o download desses dados.
Aluno
do sétimo semestre de Engenharia Aeroespacial da UnB, Igor Kinoshita foi um dos
responsáveis por levar o nanossatélite Serpens até Tsukuba, e acompanha a etapa
de sua integração ao veículo lançador. “A experiência de construção do SERPENS foi
única, pois tivemos a oportunidade de ter contato com diversos profissionais da
área de sistemas espaciais, o que possibilitou a absorção de um conhecimento de
extrema complexidade e que o Brasil carece”, avalia.
Os
estudantes dos cursos de Engenharia Aeroespacial e de Engenharia Elétrica
dividiram tarefas com alunos das universidades federais de Santa Catarina
(UFSC), do ABC (UFABC), de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Federal Fluminense
(IFF), além de universidades da Espanha (Universidade de Vigo), dos Estados
Unidos (Morehead State University e California State Polytechnic) e da Itália
(Sapienza Università di Roma).
“Há
também o crescimento pessoal, de trabalho em equipe, já que, para tirar do
papel um sistema tão complexo quanto um satélite, todos devem desempenhar sua
atividade de forma eficaz”, ressalta Kinoshita.
Desafios - Ex-aluno de Engenharia Mecatrônica da UnB e hoje bolsista
da AEB, Gabriel Figueiró participou da construção do SERPENS e também está no
Japão acompanhando o projeto pela Agência. “A experiência foi muito
enriquecedora. Para tornar esse projeto possível, tivemos que lidar com
desafios técnicos, dificuldades burocráticas, regulamentações nacionais e
internacionais, entre outros. No papel de líder de investigação emprestei meus
conhecimentos técnicos aos estudantes e mantive todas essas atividades em
andamento, sempre envolvendo pelo menos um estudante em cada processo”, conta
Figueiró, que foi aprovado no primeiro concurso realizado pela AEB e aguarda
nomeação.
Segundo
ele, uma das atividades mais importantes na AEB é o apoio ao desenvolvimento
tecnológico junto às universidades. “Fui estudante em formação com apoio da
AEB. Trabalhar na Agência é muito legal, principalmente pelo órgão estar em
conjunto com as universidades e por estender oportunidades semelhantes às que
tive para os atuais estudantes”, diz Figueiró.
Coordenadora
do projeto na UnB, a professora Chantal Cappelletti, da Faculdade de
Tecnologia, explica que a instituição assumiu a liderança do Serpens porque há
diversos docentes com experiência na área de microssatélites – há pelo menos
outros quatro colegas envolvidos.
Chantal,
por exemplo, desenvolveu e lançou quatro satélites nos últimos quatro anos.
“Depois de compartilhar conhecimento com as outras universidades, a liderança
passa para uma delas. O SERPENS 2 (que dará sequência ao projeto atual) será
liderado pela Federal de Santa Catarina”, afirma.
A
professora ressalta que um dos usos mais relevantes dos nanossatélites é
justamente em projetos educacionais. “Como envolvem menos recursos e podem
assumir mais riscos, atividades espaciais, que eram muito exclusivas, passam a
ser mais acessíveis a diferentes grupos. Missões de baixo custo com
nanossatélites podem ser conduzidas com o envolvimento direto de jovens
engenheiros, cientistas ou mesmo estudantes sem muita experiência”, detalha.
“O
efeito esperado é que eles aprendam na prática sobre tecnologia espacial e, no
futuro, possam contribuir com diferentes atividades-chave para o avanço da área
no Brasil”, conclui.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bom leitor na verdade a coordenação desse
projeto foi um desastre e se agora este satélite esta pronto, é graças aos
esforços dos estudantes que participaram do seu desenvolvimento, especialmente
aqueles ligados a Universidade de Brasília (UnB). Anteriormente eu havia até
prometido escrever um artigo sobre a desastrosa coordenação deste projeto e de
fatos estranhos que envolveram o seu estabelecimento, mas em respeito aos
jovens envolvidos no mesmo resolvi não mexer neste vespeiro, já que até onde
sei eles não tiveram nada haver com isso. Espero sinceramente que a dedicação
desses estudantes tenha sido suficiente para resolver os problemas de projeto e
de coordenação do nanosatélite SERPENS (e não nanossatélite como a incompetente
CCS da AEB teima em escrever), mesmo quem não merece recebendo os louros. Caso
não, infelizmente estaremos colocando mais um peso morto no espaço. Mas vamos
ser positivos e torcer que dê tudo certo. Avante SERPENS-1.
Comentário Off topic, mas com certeza de interesse do blog :)
ResponderExcluirSaiu uma entrevista sobre a Alcantara Cyclone Space, a visão dos ucranianos.
http://defesanet.com.br/space/noticia/19751/Alcantara-Cyclone-Space---A-visao-da-Ucrania/
Parece que eles ainda acreditam que esse projeto pode continuar...
Valeu uma vez mais Felipe!
ExcluirJá publiquei a entrevista no Blog.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
De nada :D
ExcluirParece que aquele site defesanet resolveu prestar mais atenção na área espacial ultimamente. hehe
abs,
Felipe Dias
Olá Felipe!
ExcluirNa verdade eles já fazem isto há muito tempo e eu sempre uso matérias deles.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Ah tá. Não tinha reparado anteriormente.
Excluirabs,
Felipe Dias