Aurora Alienígena: Pesquisadores Descobrem Nova Onda de Plasma na Aurora de Júpiter
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Credito: Space Daily
No dia de hoje 21/08, o portal Space Daily noticiou que pesquisadores da Universidade de Minnesota Twin Cities fizeram uma descoberta inovadora ao observar e analisar um novo tipo de onda de plasma na aurora de Júpiter. Essa pesquisa nos ajuda a entender a “aurora alienígena” em outros planetas, o que, por sua vez, nos ensina mais sobre como o campo magnético da Terra nos protege da radiação solar prejudicial.
De acordo com a nota do portal, a pesquisa foi publicada na Physical Review Letters, uma revista científica multidisciplinar de alto impacto e revisada por pares.
A observação baseia-se em dados da espaçonave Juno da NASA, que realizou um voo histórico em baixa órbita sobre o polo norte de Júpiter, onde a equipe pôde usar sua experiência em análise de dados para estudar, pela primeira vez, informações das regiões polares do norte de Júpiter.
"O Telescópio Espacial James Webb nos forneceu algumas imagens infravermelhas da aurora, mas a Juno é a primeira espaçonave em órbita polar ao redor de Júpiter", disse Ali Sulaiman, professor assistente da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Minnesota.
O espaço ao redor de planetas magnetizados como Júpiter está cheio de plasma, um estado superaquecido da matéria em que os átomos se separam em elétrons e íons. Essas partículas são aceleradas em direção à atmosfera do planeta, fazendo com que os gases se iluminem como uma aurora. Na Terra, isso é visível como as conhecidas luzes verdes e azuis. No entanto, a aurora de Júpiter é normalmente invisível a olho nu e só pode ser observada com instrumentos ultravioleta e infravermelhos.
A análise da equipe revelou que, devido à densidade extremamente baixa do plasma polar de Júpiter combinada com seu poderoso campo magnético, as ondas de plasma têm uma frequência muito baixa, diferente de tudo o que já foi observado ao redor da Terra.
"Embora o plasma possa se comportar como um fluido, ele também é influenciado por seus próprios campos magnéticos e por campos externos", disse Robert Lysak, professor da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Minnesota e especialista em dinâmica de plasma.
O estudo também esclarece como o campo magnético complexo de Júpiter permite que partículas invadam a calota polar, diferente da Terra, onde a aurora forma um padrão em anel de atividade ao redor da calota. Os pesquisadores esperam coletar mais dados à medida que a missão da Juno continua, para apoiar pesquisas futuras sobre esse novo fenômeno.
Além de Lysak e Sulaiman, a equipe de pesquisa incluiu Sadie Elliott, pesquisadora da Escola de Física e Astronomia, juntamente com pesquisadores da Universidade de Iowa e do Southwest Research Institute.
Relatório de Pesquisa: New Plasma Regime in Jupiter's Auroral Zones
Brazilian Space
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