Planeta Descoberto Recentemente Por Brasileiros Tem Temperaturas de 1.000°C
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada hoje (07/09)
no site do “Sputniknews - Brasil”, destacando que o recente planeta descoberto por
brasileiros tem temperaturas de 1.000°C.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Espaço Quente: Planeta Descoberto Por
Brasileiros Tem Temperaturas de 1.000°C
Sputnik News Brasil
07/09/2017 - 09:15
Atualizado 07/09/2017 - 09:23
Fonte: NASA. ESA/Hubble & NASA
Um planeta situado a 1.200 anos-luz da Terra, localizado
na direção da Constelação Monoceros, com temperaturas variando de 1.100 a 1.200
graus. Esta é a descoberta realizada por sete cientistas brasileiros e que já
mereceu amplo destaque na revista científica britânica Monthly Notices of the
Royal Astronomical Society.
À frente dos sete cientistas responsáveis pela
descoberta, o astrônomo paranaense Rodrigo Boufleur, pesquisador do
Observatório Nacional, contou em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil como
encontrou o planeta, situado muito além do Sistema Solar:
"A pesquisa consistiu no estudo de mais de 65 mil
estrelas. Porque, a priori, a gente não tem como saber se vai encontrar algum planeta
ou não. Então, durante os cinco anos em que realizei meu doutorado, a gente
fez a análise dessas mais de 65 mil estrelas e teve a felicidade de poder
anunciar a descoberta."
Segundo Boufleur, há vários métodos de detecção de
planetas extra solares [fora do Sistema Solar]. O que eles utilizaram foi a
técnica de espectroscopia com um dos melhores instrumentos para esse fim, o
HARPS (High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher), situado num observatório
em La Silla, Chile.
"É o Método de Trânsito. Por esse método, procuramos
detectar o momento em que o planeta passa pela estrela que está sendo
observada. Com as nossas sucessivas observações do corpo celeste, nós nos
certificamos de que ele possuía massa planetária suficiente para ser
classificado como tal. Mas este é um trabalho muito longo, que demandou cinco
anos de estudos e comprovação de teses e elementos até que nós pudéssemos
atribuir, com total segurança, a classificação de planeta para esse corpo
celeste."
Ainda de acordo com o astrônomo, a distância entre a Terra
e esse planeta equivale a 10 quatrilhões de quilômetros, ou 1.200 anos-luz.
"Isto significa que a sua luz chegou ao nosso
planeta 1.200 anos depois de sair de lá. Ou seja, quando esta luz deixou o
planeta, nós ainda estávamos na Idade Média", destacou o especialista,
explicando que o planeta em questão recebe uma grande incidência de luz da estrela
que orbita.
"Isso faz com que a sua temperatura média seja
enormemente superior à da Terra. Calculamos que a sua temperatura varie de
1.100 a 1.200 graus Celsius."
O planeta em questão ainda não tem nome. A tendência,
conforme relatou Rodrigo, é a de que o nome acompanhe a missão da descoberta.
Como eles utilizaram as observações feitas pelo satélite CoRoT (COnvection
ROtation and Planetary Transits), construído e operado pela Agência Espacial
Francesa, pela Agência Espacial Europeia e pelo Brasil, "é bastante
provável que o planeta ganhe o nome CoRot acompanhado de um número".
Além de muito quente e muito distante, o planeta
descoberto também tem outra característica marcante, a incidência de ventos
fortes:
"Isso ocorre pelo fato de ele ser o que chamamos de
planeta extremo e inóspito. Como é um planeta de temperaturas elevadíssimas,
ele está sujeito a fenômenos meteorológicos, digamos, violentos. Isso pode
explicar os fortes ventos que o atingem, de acordo com as nossas
estimativas."
Fonte: Site Sputniknews - http://br.sputniknews.com/
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