Dez Estudantes Vão Representar o Brasil em Competições Internacionais de Astronomia
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada ontem (01/09) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que Dez
Estudantes irão em breve representar o Brasil em competições internacionais de
Astronomia.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Dez Estudantes Vão Representar o Brasil em
Competições
Internacionais de Astronomia
Por Ascom do MCTIC
Publicado 01/09/2017 - 10h38
Última modificação 31/08/2017 - 18h40
Dez estudantes que se destacaram na Olimpíada Brasileira
de Astronomia e Astronáutica (OBA) em 2016 vão representar o país em
competições internacionais. Os alunos, todos do ensino médio, serão divididos
em dois grupos. Um deles vai participar da Olimpíada Latino-Americana de
Astronomia e Astronáutica (OLAA), no Chile, em outubro, enquanto o outro vai à
Tailândia, em novembro, para disputar a Olimpíada Internacional de Astronomia e
Astrofísica (IOAA), na Tailândia.
Representam o Brasil na 11ª IOAA, Bruno Gorresen Mello
(PA), João Vitor Guerreiro Dias (SP), Nathan Luiz Bezerra Martins (CE), Pedro
Pompeu de Sousa Brasil Carneiro (CE), Vinicius Azevedo dos Santos (CE). Já a
equipe na 9ª OLAA conta com Bruno Caixeta Piazza, Danilo Bissoli Apendino,
Fernando Ribeiro de Senna, Henrique Barbosa de Oliveira e Miriam Harumi Koga,
todos do estado de São Paulo.
Pedro Pompeu de Sousa Brasil Carneiro, 17 anos, é de
Fortaleza (CE). Ele conta que o interesse pela astronomia começou aos 11 anos,
quando um professor criou um clube sobre esse tema na escola em que estudava. O
interesse na disciplina é tanto que o ele já escolheu a carreira que deseja
seguir: ser engenheiro espacial. Além disso, há o orgulho em representar o
Brasil em uma competição internacional.
“Poder representar o Brasil em uma competição
internacional é a realização de um sonho. Ter sido chamado junto com
mais dois cearenses foi motivo de muito orgulho. Nunca participei de nada desse
nível, somente de competições regionais e nacionais de química, física, matemática
e história. Ainda mal consigo acreditar que estou com essa grande
responsabilidade”, diz o estudante, que irá participar da IOAA.
Miriam Harumi Koga, 17, vive em Guarulhos (SP) e já
ganhou 42 medalhas em olimpíadas nacionais, estaduais e regionais de diversas
disciplinas, mas a OLAA é a sua primeira experiência internacional. Única
menina do grupo que vai ao Chile, ela considera que é necessário incentivar
cada vez mais garotas a participarem de competições desse tipo.
“Existe uma participação notavelmente menor de garotas em
olimpíadas de exatas comparada a de garotos, e a desigualdade vai se
intensificando conforme a idade dos alunos cresce. Provavelmente, este cenário
está ligado a um menor incentivo que as garotas recebem da sociedade como um todo
para se aprofundar nas exatas. Trata-se de uma consequência do fato de crianças
de gêneros diferentes receberem tratamentos diferentes, e não de um menor
interesse inato por parte das mulheres como muitas vezes se pensa”, afirma.
O estudo da astronomia, para a jovem, é fundamental para
o avanço da sociedade e o desenvolvimento de novas tecnologias. Miriam aspira
uma carreira na área de engenharia de materiais.
O paraense Bruno Gorresen Melllo, 17, é de Belém e ficou
muito feliz por ter sido escolhido para a equipe que vai para a
Tailândia, ainda mais por, nas palavras dele, “ter superado outros bons
competidores”. O jovem sempre gostou de física e matemática e no 2º ano do
ensino médio conheceu a OBA e se interessou muito por astronomia e astrofísica,
matérias que influenciaram seus objetivos para o futuro.
“Pretendo prestar o vestibular para o Instituto
Tecnológico de Aeronáutica [ITA], na área de aeronáutica ou engenharia
aeroespacial. A participação na olimpíada me ajudou a descobrir sobre essas
áreas, nas quais me interessei bastante, então acredito que houve uma
influência da OBA na minha decisão”, relata.
Seleção
O processo de seleção para as competições internacionais
começou com três mil alunos, que passaram por provas online desenvolvidas pelo
Observatório Nacional (ON) e pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)
depois da 19ª edição da OBA, em 2016. Na fase seguinte, cem jovens participaram
de uma seletiva presencial, em Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro.
As provas envolveram conhecimentos teóricos de astronomia
e astrofísica, manuseio de telescópios e reconhecimento do céu. Agora, os dez
estudantes escolhidos vão passar por um período de preparação com
especialistas em grupos de estudo, oficinas, observação do céu noturno com
instrumentos e a olho nu, para se prepararem para a IOAA e a OLAA.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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