AEB Investe em Projeto Que Aumenta Vida Útil de Satélites e Naves Espaciais
Olá leitor!
Segue abaixo a nota postada hoje (21/09) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB), destacando que a agência está investindo em projeto
que aumenta vida útil de satélites e naves espaciais.
Duda Falcão
AEB Investe em Projeto Que Aumenta
Vida Útil de Satélites
e Naves Espaciais
Coordenação de Comunicação Social – CCS
21/09/2017
Fotos: Laboratório de Física de Plasmas (LFP)
Uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e
a Universidade de Brasília (Unb), por meio do programa Uniespaço, vai
impulsionar nos próximos anos a área espacial brasileira. Trata-se do
desenvolvimento de pesquisas de propulsores a plasma tipo Hall, que entre
diversas funcionalidades, otimizam e aumentam a vida útil de satélites
geoestacionários e naves espaciais.
As pesquisas são desenvolvidas no Laboratório de Física
de Plasmas da UnB e os resultados aplicados no projeto científico voltado para
a realização de trabalhos técnicos de professores e estudantes. O projeto tem o
objetivo de integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de
Atividades Espaciais (PNAE), a fim de atender à demanda tecnológica do setor no
desenvolvimento de produtos e processos, análises e estudos, para formar uma
base sólida de pesquisa capazes de executar projetos de interesse da área
espacial.
Precursor em universidades brasileiras, o LFP estuda
também as aplicações dos plasmas para o aprimoramento de tecnologias
ambientais, novos materiais, nanotecnologia e pesquisas relacionadas com a
fusão termonuclear controlada.
De acordo com o coordenador do projeto, José Leonardo
Ferreira, professor de Física da UnB, o estudo da propulsão espacial com
plasmas é essencial para o aperfeiçoamento de missões espaciais de longa
duração. O estudo da propulsão elétrica muito nos últimos 20 anos com a
aplicação desses propulsores no controle de satélites de órbita baixa, média e
geoestacionária, bem como de veículos espaciais em missões no sistema solar.
Ele ressaltou ainda, que a expectativa é que a tecnologia de propulsores a
plasma seja utilizada em missões tripuladas a Marte a partir de 2050.
Componente
O plasma é um gás ionizado composto por igual número de
elétrons e de íons também conhecido como o quarto estado da matéria. Ele possui
as mais altas temperaturas é o componente principal das estrelas, nebulosas e
galáxias e por isso constitui 99% da matéria do universo visível.
Segundo o professor Leonardo, na Terra o plasma precisa
de condições especiais para ser produzido, por isso o desenvolvimento e teste
de propulsores a plasma precisarem de recipientes a vácuo e de equipamentos
especiais para produção de forma controlada.
Desenvolvido com a colaboração de pesquisadores da Rede
Brasileira de Propulsão Elétrica, participam do projeto pesquisadores dos
Laboratórios Associados de Plasma e de Combustão do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA),
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e Faculdades de Tecnologia da UnB (FT e FGA) com destaque para
os laboratórios de propulsão Aeroespacial do recém-criado curso de Engenharia
Aeroespacial da UnB.
Investimento
Para realizar pesquisas e testes dos propulsores a plasma
no laboratório da UnB, a Agência Espacial investiu na instalação de
equipamentos adequados e de uma nova câmara de vácuo, adquirida em janeiro de
2017. O equipamento deve contribuir em breve para a realização das pesquisas
desenvolvidas por alunos dos cursos de Física e Engenharia, e também para
realização de trabalhos de iniciação científica, estágios, mestrado e
doutorado.
Foto: Nova câmara de vácuo instalada no LFP.
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O laboratório desenvolve propulsores a plasma do tipo
Hall designados como Phall. Já foram desenvolvidos os modelos Phall I
Phall IIa, IIb e IIc. Eles possuem em comum um arranjo de imãs permanentes
posicionados em um canal com geometria cilíndrica. A posição dos imãs e as
dimensões do canal da corrente Hall são calculados a partir de simulação
computacional para obter as características do plasma e dos campos magnéticos
com maior eficiência do propulsor. O campo magnético obtido a partir de imãs
permanentes produz uma substancial economia na potência elétrica do propulsor.
O Phall IIc é o propulsor que está sendo aperfeiçoado
hoje na UnB. Um dos principais objetivos imediatos do projeto é tornar o Phall
mais compacto para testá-lo no espaço em pequenos satélites, com potência
inferior a 100 watts.
“Esperamos que no futuro seja possível desenvolver e
testar propulsores a plasma do tipo Hall mais potentes que possam vir a serem
utilizados em missões espaciais brasileiras a lua ou mesmo a planetas e
pequenos corpos do sistema solar.
Foto: Propulsor Phall montado na câmara de vácuo
para testes e diagnósticos de plasma.
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Foto: Propulsor Phall em funcionamento
no interior
da câmara de vácuo.
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José Leonardo ressaltou ainda que o LFP tem participado
de forma ativa nas ações propostas para o desenvolvimento do Programa Espacial
Brasileiro contribuindo com novas e desafiadoras missões espaciais, como por
exemplo, a Missão ASTER (Missão a um asteroide triplo próximo utilizando
propulsão elétrica), proposta para a AEB alavancar a primeira missão brasileira
de espaço profundo.
A propulsão elétrica foi testada no espaço pela primeira
vez na década de 1960, no lançamento dos satélites SERT I e II, ambos operados
pela Agência Espacial Norte Americana (Nasa). Desde a época, missões espaciais
que utilizam essa tecnologia têm como principal objetivo controlar altitude e
órbita de satélites geoestacionários. A participação de empresas na área é cada
vez maior, uma vez que esta tecnologia contribui significativamente para o
aumento da vida útil desses satélites.
O LFP desenvolve propulsores elétricos do tipo Hall desde
2004, com o apoio de agências de fomento, como a Fundação de Apoio à Pesquisa
do Distrito Federal (FAPDF), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação
de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Aplicações Espaciais
O LFP foi criado em 1995, sendo o desenvolvimento de
fontes de plasma para aplicações espaciais iniciado em 2002, com a montagem do
primeiro propulsor a plasma do tipo Hall com imãs permanentes, como o Phall I
que serviu para demonstrar a viabilidade dessa nova tecnologia.
O projeto possibilita a elaboração e publicação de vários
trabalhos técnico- científicos e a participação de estudantes e professores em
congressos nacionais e internacionais, assim como a elaboração de cursos e
disciplinas com foco na área espacial ministradas anualmente na UnB.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bom leitor sou um admirador do trabalho que
vem sendo realizado pelo Prof. José
Leonardo Ferreira na UnB nesta área de Propulsão a Plasma desde que tomei
conhecimento de sua existência. Entretanto, vamos falar sério, se juntarmos a atual
conjuntura política que o país enfrenta, a forma descompromissada e desinteressada
de como o PEB é conduzido por esses vermes do atual desgoverno TEMER, e a incompetência
reinante na gestão dessa desprestigiada e insignificante Agencia Espacial de
Brinquedo (AEB), não existe a menor possibilidade dessa tecnologia ser
utilizada em voo em alguma missão espacial brasileira, e deverá ser objeto de pesquisas
acadêmicas que se repetirão por décadas sem que o investimento feito traga o
resultado prático que deveria trazer. Servirá apenas para formar especialistas
na área que acabarão se debandando para outros projetos espaciais sérios ao redor
mundo ou optarão por seguir outros rumos em outras áreas onde essa tecnologia a
plasma pode ser aplicada.
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