Cientistas Realizam Nova Marcha pela Ciência
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria postada dia (02/09) no site do
Jornal “O Estado de São Paulo”, destacando que cerca de 200 cientistas protestaram em São Paulo (bem como em outras cidades do país) contra os cortes orçamentários que ameaçam parar a pesquisa científica no Brasil.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Cientistas Realizam Nova Marcha pela Ciência
Cerca de 200
cientistas protestaram na Avenida Paulista contra
os cortes
orçamentários que ameaçam parar pesquisas no País
Por Herton
Escobar,
O Estado de
S.Paulo
02 Setembro 2017
| 20h56
Cerca de 200
cientistas protestaram hoje na Avenida Paulista, na segunda Marcha pela
Ciência, contra os cortes orçamentários que ameaçam parar a pesquisa científica
no Brasil. O grupo caminhou meio quilômetro, desde o vão do MASP até o prédio
onde fica o escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina com
a rua Augusta.
Foto: Felipe Rau
Cerca de 200 cientistas protestaram na Avenida Paulista
contra
os cortes que ameaçam parar a pesquisa científica no País.
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A caminhada
ocorreu sobre a faixa de ônibus no sentido Consolação, escoltada pela Polícia
Militar, sem incidentes. Os cientistas levavam cartazes e entoavam frases de
protesto, convocando as pessoas para virem à rua “pela ciência” e “contra o
desmonte”.
“A gente precisa
da sociedade do nosso lado”, disse o estudante Vinícius Soares, da Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). “O corte não vai sacrificar só o presente,
nem só este mandato; são as futuras gerações que vão sofrer as piores
consequências”, disse a estudante Fabiane Nakagawa, de 23 anos, que levava um
cartaz com a frase “Sem ciência não há futuro”.
O orçamento do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vem
encolhendo desde 2013, e neste ano foi cortado em 44%, com um limite de empenho
de aproximadamente R$ 3,3 bilhões — metade do valor de dez anos atrás. Vários
laboratórios e centros de pesquisa inteiros correm risco de fechar as portas
até o fim do ano por falta de dinheiro, além do risco de atraso no pagamento de
bolsas. E a previsão para 2018 é de um novo corte.
“Está na hora de
sairmos do laboratório”, disse a pesquisadora Nathalie Cella, do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, que ajudou a organizar esta e
a primeira Marcha pela Ciência, realizada em abril. “Não podemos mais nos dar ao
luxo de fazer só ciência, porque daqui a pouco não vai ter mais ciência.
Precisamos nos mexer.”
Apesar do número
de pessoas ter sido pequeno, ela disse ter ficado satisfeita com o resultado.
“Acho que conseguimos fazer algum barulho. Se não temos 500 pessoas aqui, que
pelos menos 500 pessoas nos ouçam.”
O protesto foi
organizado às pressas, com menos de uma semana de antecedência. A data foi
escolhida por conta da votação do projeto de lei orçamentária para 2018 no
Congresso, que deve ocorrer na semana que vem.
Protestos também
ocorreram no Rio de Janeiro, em Brasília e Porto Alegre, organizados pelo
movimento Conhecimento sem Cortes, em parceria com a Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência (SBPC), a ANPG e outros grupos ligados às áreas científica
e acadêmica.
No Rio, o
professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) presidente da SBPC,
Ildeu Moreira de Castro, estima que cerca de mil pessoas tenham passado pela
manifestação, realizada na frente do Museu do Amanhã.
“Neste momento
em que o orçamento prevê um corte ainda maior para 2018, precisamos ficar em
vigília permanente. Se neste ano há risco de não fecharmos setembro, a situação
que se anuncia para o ano que vem é assustadora”, diz a presidente da
Associação dos Docente da UFRJ e coordenadora da campanha Conhecimento sem
Cortes, Tatiana Roque, que ajudou a organizar a marcha do Rio.
Fonte: Site do
Jornal O Estado de São Paulo – 02/09/2017
Comentário:
Agora sim, é este tipo de atitude que a Ciência do país precisa adotar e não de
cartas de desgravo ou manifestos tendo como objetivo sensibilizar esses políticos
POPULISTAS de merda que não estão nem ai para o país e muito menos para Ciência
Brasileira. Vocês não estão lidando com políticos de ideologias diferentes e
verdadeiramente empenhados no desenvolvimento de sua Sociedade e de seu povo, como
se encontra nas verdadeiras nações deste planeta, e sim marginais de colarinho
branco vestidos de pinguim elevados ao poder pela nossa própria ignorância politica,
nosso egocentrismo e pela falta de
cidadania, prato cheio para proliferação de POPULISTAS, raposas do caos que se
aproveitam da situação para se dar bem. É verdade que os números de participantes
nestas manifestações em São Paulo, Rio, Brasília e Porto Alegre ainda foram
baixos e que essas marchas foram mais uma iniciativa de jovens pesquisadores (o
que por um lado e muito positivo) do que um movimento encabeçado pelos órgãos da
Cúpula da Ciência no Brasil como na realidade deveria ser, porém é um começo e
deveria estimular outras marchas em outros estados da federação, bem com a
elaboração de uma grande Marcha a ser realizada em Brasília com a participação
de pesquisadores de todo o país. O que está em jogo e o futuro do Brasil e o
jovem Vinícius Soares, da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) está corretíssimo,
para que esse movimento dê resultado será preciso trazer a Sociedade para o
movimento, e assim tirar esses vermes da “Zona de Conforto” que se encontram e
deixar de lado ações infantis como cartas de desgravo ou manifestos, tem de ir à
luta, acordar finalmente de uma fantasia de décadas perdidas onde esmolas e
promessas vazias levaram a Ciência Brasileira ao atual estagio, salvo algumas
áreas pontuais. Já passou da hora de acordar e a Comunidade Científica do país
tem um papel significativo e histórico nessa tentativa de planejar um melhor
futuro para esse “Território de Piratas”.
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