Comandante Sugere Novos Processos de Governança Para Área Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial da Aeronáutica publicada hoje
(16/08) no site da Força Aérea Brasileira (FAB), tendo como destaque a
participação do Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo
Luiz Rossato, na palhaçada (audiência pública) realizada hoje para debater o
PEB na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática (CCT) do Senado.
Duda Falcão
ESPAÇO
Comandante Sugere Novos Processos
de Governança Para Área
Espacial
Tenente-Brigadeiro Rossato apresentou diagnóstico da
área espacial e proposta de desenvolvimento do setor
Por Tem. Gabrielli Dala Vechia,
Agência Força Aérea
Publicado: 16/08/2017 - 17:00h
Audiência pública aconteceu na manhã desta quarta-feira. |
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar
Nivaldo Luiz Rossato, esteve no Senado Federal nesta quarta-feira (16/08), para
falar sobre o andamento dos projetos espaciais no Brasil. Ele foi convidado
pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática,
presidida pelo Senador Otto Alencar (PSD-BA).
Segundo o Tenente-Brigadeiro Rossato, investimentos na
área estão relacionados a ganhos sociais e econômicos para o País, já que
soluções espaciais trazem benefícios como: mais ferramentas para segurança
pública, vigilância de fronteiras, defesa de recursos naturais, integração do
Brasil por meio da conexão em banda larga, reconhecimento da malha urbana e
para tomada de decisões em grandes desastres naturais.
Além disso, o potencial brasileiro - principalmente no
que se refere a centros de lançamento - pode gerar recursos ao País. O Centro
de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, devido à sua privilegiada
posição geográfica, permite uma economia de 30% de combustível em lançamentos -
sendo mais vantajoso que o Centro Espacial de Kourou na Guiana Francesa, por
exemplo. "O mercado mundial no setor espacial está estimado em U$ 342
bilhões, o que dá mais de R$ 1 trilhão. Ninguém investiria esses valores se a
área não tivesse importância estratégica", disse o Comandante da
Aeronáutica.
Porém, para ele, os resultados dos esforços brasileiros
no desenvolvimento espacial estão aquém das ambições e expectativas do País e,
também, levando-se em consideração o cenário internacional. A Índia, membro do
BRICS, iniciou seus investimentos na área espacial em uma época próxima a do
Brasil, na década de 1960, e fez da área uma prioridade de governo. Até hoje,
já lançou 48 satélites próprios e mais de cem de clientes internacionais. Com o
mesmo investimento anual da Índia - 1,2 bilhão de dólares - a Argentina lançou
dois satélites geoestacionários, está finalizando um satélite SAR (Synthetic
aperture radar) e prevê, para 2019, apresentar seu próprio lançador. Para a
Índia, o valor investido corresponde a 0,06% do PIB; para a Argentina, 0,20%.
No Brasil, o investimento está em torno de U$ 100 milhões
(0,006% do PIB). Entretanto, segundo avalia o Tenente-Brigadeiro Rossato, a
inconstância orçamentária é só um dos fatores que prejudicam o desenvolvimento
espacial. "São várias as razões para que o nosso programa não decole.
Falta gestão estratégica; o modelo de governança não está adequado. Há
outros desafios, como a necessidade de desenvolvimento tecnológico próprio e
uma grande quantidade de projetos sendo conduzidos em paralelo; é preciso
priorizar. "Nessa área ninguém ensina ninguém, temos que desenvolver
sozinhos. Há riscos na área espacial que precisamos correr", explica o
Comandante.
A proposta da Aeronáutica para fomento no setor é a
adoção de novos processos de governança, com a criação de um comitê executivo
de espaço - para decidir orçamento, prioridades, acordos internacionais - e um
conselho nacional de espaço, como estrutura executiva.
Segundo o Senador Otto Alencar, as dificuldades de
execução orçamentárias são quase um problema crônico no Brasil e destacou o
papel dos parlamentares para assegurarem os recursos necessários à questão
espacial. Ele também destacou a importância do Satélite Geoestacionário de
Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) que já funciona para comunicações
militares seguras. "Vamos trabalhar para que a Força Aérea tenha as
condições de desenvolvimento tecnológico condizentes com o Brasil",
afirmou.
Veja mais detalhes sobre a audiência pública no vídeo:
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentários
Postar um comentário