Aos 17 anos, Blumenauense é Uma das Cotadas Para Representar o Brasil em Olimpíada Internacional de Astronomia no Chile
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (17/08) pelo site
do “Jornal de Santa Catarina” destacando que jovem Blumenauense de 17 anos é
uma das cotadas para representar o Brasil em olimpíada internacional de
Astronomia no Chile.
Duda Falcão
Educação
Aos 17 anos, Blumenauense é Uma das
Cotadas Para Disputar Olimpíada de Astronomia
Helena Buschermöhle integra uma espécie de "Seleção
Brasileira" do assunto
Por Aline Camargo
Jornal de Santa Catarina
17/08/2017 - 07h12
Atualizada em 17/08/2017 - 10h51
Foto: Lucas Correia / Agência RBS
Olhar para o céu em noites estreladas, além de encantar,
sempre dá motivos para a estudante Helena Buschermöhle, 17 anos,
refletir. Encarando os astros em seu momento mais brilhante aos olhos de quem
está na Terra – à exceção do Sol, é claro –, ela gosta de pensar em como as
coisas funcionam. E quando o dia amanhece, ela estuda sobre como as coisas
funcionam. Foi esta curiosidade que lhe garantiu um lugar na equipe de
estudantes que forma uma espécie de Seleção Brasileira de Astronomia e
Astrofísica e que vai disputar a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e
Astronáutica (Olaa) no Chile.
O caminho até a vaga foi longo e começou muito antes dela
planejar competir usando seus conhecimentos. Helena sempre questionou o
porquê das coisas e como elas funcionavam. Daí para a Física e para
a Astronomia foi mais um passo:
– (A Física) É uma espécie de manual de instruções da
natureza, que se torna muito divertido quando você aprende a ler. Sempre
tive interesse por Astronomia, pois é quase impossível olhar para uma noite
estrelada e não se maravilhar. E a Astrofísica é basicamente Física aplicada
às coisas mais legais do universo.
O entusiasmo pelos astros cresceu no início do ensino
médio, quando ela começou a participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia
e Astronáutica (OBA), evento no qual ela esteve três vezes e conquistou uma
medalha de ouro e duas de bronze.
Após a classificação na OBA, Helena iniciou os testes
para integrar o "time Brasil", que consistem em treinamentos e
provas a cada dois meses até a seleção final, onde definem-se os 29 estudantes
que vão compor as equipes principais que disputam a Olimpíada Internacional de
Astronomia e Astrofísica (IOAA) – do 1º ao 5º classificados – e a Olimpíada
Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (Olaa) – do 6º ao 10º colocados.
Os outros 19 estudantes formam o grupo de suplentes. Helena é suplente do grupo
que vai disputar a Olaa.
Engenharia Aeroespacial Está Entre os Planos Para o Futuro
Agora aluna de um curso pré-vestibular, Helena não para
enquanto espera um chamado para a competição. Para estar entre os 29
selecionados ela contou com o apoio e o auxílio não apenas dos professores, da
coordenadora Silvana Silva Busetti e da diretora do Colégio Sagrada Família,
irmã Ana Besel, onde estudou a vida toda. Também teve a ajuda de especialistas
da área, como o astrônomo de Florianópolis Alexandre Amorim, o astrônomo
Silvino de Souza, coordenador do Observatório Astronômico de Brusque, e o
professor Eslley Escatena, da UFSC.
O foco é ingressar no ensino superior. Ela quer estudar
Engenharia Aeroespacial ou Astrofísica e atualmente participa do processo de
seleção para universidades americanas, com as quais está envolvida desde o
início do ano.
– Meu sonho é estudar fora, voltar e aplicar este
conhecimento aqui – conta a estudante, que vê a Ciência como forma de
desenvolvimento para o país.
Informada sobre diversos assuntos, Helena acredita que a
Ciência está diretamente ligada à criatividade, uma das principais
características do brasileiro para ela, o que faz com que o país tenha
potencial para ser um berço dos estudos e da inovação científica. Mas destaca
que é preciso mais investimento para que isto, de fato, ocorra:
– É curioso que, ao mesmo tempo que temos potencial para
grandes descobertas e invenções revolucionárias, temos tão pouco ou nenhum
incentivo.
Para Helena, a negligência com a educação tem relação
direta com redução do campo de trabalho e causa a fuga das mentes mais
brilhantes:
– Há vários cientistas brasileiros desenvolvendo projetos
importantes no mundo todo, somos muito respeitados e bem vistos na comunidade
científica internacional, menos na nossa própria casa.
A busca pela formação e a vontade de fazer parte da
mudança do cenário científico no país também dividem espaço com a vida de
adolescente, que gosta de passar o tempo com os amigos, ir ao cinema, fazer
maratonas de seriados e comer uma boa pizza. Enquanto corre em busca de seus
objetivos, Helena vive cada dia, um pouco na Terra, um pouco entre estrelas.
Fonte: Site do Jornal de Santa Catarina - http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br
Comentário: O Blog BRAZILIAN SPACE parabeniza esta jovem de
Blumenau pela intenção de aplicar no Brasil o conhecimento adquirido durante a
sua formação, exercendo assim sua cidadania e responsabilidade para com seu país
e o seu povo. Quiçá fosse assim entre a
maioria dos jovens que hoje frequentam as nossas universidades defendendo bandeiras
deturpadas e atitudes egocêntricas que não ajudam em nada na criação de uma verdadeira
nação. Ficaremos na torcida para que a jovem Helena Buschermöhle não se deixe
contaminar por esses maus acadêmicos escolhendo o caminho certo, juntando-se assim
a aqueles que realmente lutam por um país melhor, missão esta que creio seja
facilitada para ela pela sua intenção de estudar fora do país, onde terá a
oportunidade de compreender melhor o que é CIDADANIA. Isto é, caso venha
estudar em uma universidade de um país onde a mesma seja exercida em sua
plenitude.
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